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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Gradual demais?

Crescimento não anima e dá argumento para debate sobre Selic menor

Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) tem alta de 1,15% em 2018, pouco acima do 0,93% de 2017

Eduardo Campos
Eduardo Campos
15 de fevereiro de 2019
10:16 - atualizado às 14:01
Imagem: Shutterstock

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) fechou 2018 com um crescimento de 1,15%, após avanço de 0,21% em dezembro, resultado acima do esperado pelo mercado. Ainda assim, o número não empolga e deve dar mais subsídios ao debate que assistimos em parte do mercado e da academia sobre o espaço para novas reduções da Selic.

O BC mantém a avaliação de que a recuperação acontece de forma gradual e defende sua atuação na condução da política monetária afirmando que uma aceleração no ritmo de crescimento da atividade depende da redução das incertezas com relação à aprovação e implementação das reformas, notadamente no lado fiscal.

Em entrevista ao “Estadão”, o presidente, Ilan Goldfajn, voltou a defender seu ponto, afirmando que novas reduções da Selic exigem cautela.

Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 6,5% ao ano e afirmou que os riscos de alta para inflação são maiores do que os vetores de baixa advindos desse fraco ritmo de recuperação da atividade. Esse é o tal “balanço de riscos assimétrico”.

Com o resultado divulgado hoje, o IBC-Br registra o segundo ano de variação positiva, após três anos de contração, mas o 1,15% de 2018 marca uma reocupação bastante “gradual” em comparação com a alta de 0,93% de 2017.

Essa falta de reação mais consistente da atividade aliada à inflação comportada e projeções em linha com as metas têm fomentado um debate sobre o espaço para novas reduções da Selic. Em outros termos, a política monetária poderia estar mais estimulativa, com juro real, que está na casa dos 2,3%, ainda menor.

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Esse debate começou no fim do ano passado e participamos dele aqui. Em janeiro, novos atores entrar na discussão e falamos disso na semana passada. Nesta semana, mais especialistas foram defender seu ponto no “Blog do Ibre” da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Desde o fim do ano passado, o BC tem advogado que: “a melhor forma de manter a trajetória da inflação em direção às metas é atuar com cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária, inclusive diante de cenários voláteis”.

E pelo o que Ilan disse ao “Estadão”, o indicado a tomar seu lugar no comando da instituição, Roberto Campos Neto, está “alinhado” com a atual gestão na condução da taxa básica de juros.

No dia 26 poderemos ter uma ideia melhor de como Campos Neto encara a política monetária, pois foi agendada sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Outras pistas podem vir em seu discurso de posse, ainda sem data definida, mas saberemos qual será seu estilo, de fato, na reunião do Copom dos dias 19 e 20 de março. Pouco depois dessa reunião, no dia 28 de março, Campos Neto dá entrevista coletiva na divulgação do Relatório de Inflação.

Até lá, devemos assistir a novos bons embates sobre se o BC poderia ou não ter dado mais contribuição à retomada da atividade. O ponto positivo, é que a agenda de reformas começou a andar, com o governo fechando o texto principal da reforma da Previdência (detalhes apenas no dia 20), e se a Selic não cai, também não sobe. Juro a 6,5% por longo período, continua sendo uma boa notícia para os ativos de risco, como bolsa de valores,  setor imobiliário e fundos imobiliários.

Não é o PIB do BC

Mesmo conhecido como PIB do BC, o IBC-Br tem metodologia de cálculo diferente das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em box no Relatório de Inflação (RI), o BC explicou que IBC-Br e PIB são indicadores agregados de atividade econômica com trajetórias similares no médio prazo. Mas há características que os diferenciam tanto do ponto de vista conceitual quanto metodológico.

O IBC-Br, de frequência mensal, permite acompanhamento mais tempestivo do comportamento da atividade econômica, enquanto o PIB, de frequência trimestral, descreve quadro mais abrangente da economia. Além disso, o BC alerta que o processo de dessazonalização pode ampliar diferenças pontuais entre os dois indicadores, o que demanda cautela em comparações nos horizontes mais curtos. No entanto, essas diferenças tendem a se compensar ao longo do tempo, favorecendo as comparações em horizontes mais longos, como o anual.

O PIB, calculado pelo IBGE, está previsto para o fim de fevereiro. O BC trabalha com um crescimento de 1,3% para 2018, avançando para 2,4% agora em 2019.

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