Mercado mostra cautela na Black Friday
Investidor mostra pouca disposição em comprar ativos de risco, em meio à tensão entre EUA e China

O mercado financeiro não está em ritmo de compras nesta Black Friday. O sinal negativo prevalece entre as bolsas no exterior, em meio à cautela após o presidente Donald Trump assinar uma lei em apoio aos protestos em Hong Kong. O índice Hang Seng caiu 2%, liderando as perdas na Ásia, à espera de retaliações da China contra Washington.
Em Nova York, os índices futuros das bolsas estão em queda, pressionando o início da sessão na Europa, enquanto as commodities e as moedas estão de lado. Wall Street volta a funcionar hoje, porém a meio mastro, com as bolsas fechando mais cedo (15h), ainda em função do feriado de Ação de Graças.
Neste último dia do mês, a pausa pelo Thanksgiving ainda prejudica os ajustes finais nos ativos de risco, comprometendo o volume financeiro dos negócios. Uma melhor tendência só será mais relevante a partir da semana que vem, mas a proximidade das festas de fim de ano também tende a encurtar o fôlego dos negócios.
Com isso, os mercados já lançam luz sobre dezembro, sem saber o que esperar para o derradeiro mês de 2019. Lá fora, a expectativa é de que Estados Unidos e China assinem a primeira fase do acordo comercial em breve, impedindo uma nova rodada de tarifas norte-americanas contra produtos chineses a partir do dia 15.
Mas a piora da relação sino-americana envolvendo a ex-colônia britânica pode prejudicar as negociações para encerrar a guerra comercial. O governo chinês ainda não especificou quais medidas irá tomar, mas não descarta que a interferência dos EUA em assuntos internos da China pode atrapalhar a assinatura de algum acordo.
Diante disso, os consumidores norte-americanos vão às compras nesta Black Friday, cientes de que as sobretaxas prometidas por Trump às vésperas do Natal irão atingir em cheio itens da lista do fim de ano, como smartphones e laptops. A expectativa é de que as vendas pela internet nos EUA alcancem o recorde de mais de US$ 4 bilhões.
Leia Também
Black Friday brasileira
No Brasil, a data caiu de vez no gosto dos consumidores e tende a impulsionar as vendas no varejo antes da temporada de fim de ano. Em sua décima edição, a expectativa é de que a Black Friday brasileira registre recorde de vendas em 2019, com crescimento de 4% nas lojas físicas e no e-commerce.
Eletrônicos, roupas, calçados e eletrodomésticos aparecem na lista dos mais procurados, neste dia nacional de megadescontos e liquidação. A previsão é de que o gasto médio do consumidor seja em torno de R$ 1,1 mil. Afinal, o preço de alguns desses produtos deve estar mais salgado, com muitos sentindo o impacto da desvalorização cambial.
O dólar, aliás, segue no centro das atenções do mercado doméstico. Ontem, a moeda norte-americana conseguiu interromper uma sequência de três recordes seguidos em relação ao real e caiu cerca de 1%, voltando a se aproximar da faixa de R$ 4,20. Hoje, a disputa em torno da taxa de referência (Ptax) deve trazer volatilidade aos negócios.
De qualquer forma, a perspectiva de juro básico baixo tem ajudado a impedir uma escalada mais intensa do dólar, bem como dado algum ânimo ao Ibovespa. A espera, agora, é pela sinalização do Banco Central sobre os próximos passos na condução da política monetária, após mais um corte de meio ponto na Selic, para 4,50%, em dezembro.
Agenda traz dados sobre o desemprego
O calendário econômico desta sexta-feira traz como destaque dados sobre o mercado de trabalho - mas não é dia de payroll. No Brasil, a taxa de desocupação deve ser novamente influenciada pelo total recorde de pessoas na informalidade, seja por causa do aumento do emprego sem carteira assinada ou do número de trabalhadores por conta própria.
Desde o início do segundo semestre deste ano, o desemprego está estável em 11,8% da população. Por sua vez, a renda média mensal deve seguir em torno de R$ 2,3 mil. Os dados efetivos, referentes ao trimestre até outubro, serão conhecidos às 9h. No mesmo horário, sai o índice de preços ao produtor (PPI) no mês passado.
Antes, às 8h, é a vez da confiança no setor de serviços neste mês. Depois, o BC publica os dados consolidados sobre o resultado primário do setor público. Já no exterior, saem a taxa de desemprego na zona do euro em outubro, às 7h, juntamente com a prévia de novembro do índice de preços ao consumidor (CPI) na região da moeda única.
Do IPO bilionário ao “au revoir”: Carrefour Brasil (CRFB3) deixa a B3 com valor de mercado 44% menor desde o IPO
Após oito anos de altos e baixos na bolsa, Carrefour encerra trajetória na B3 com ações em queda de 44% desde o IPO; relembre o que aconteceu com a varejista
Ibovespa aos 150 mil pontos: XP prevê turbulência à frente, mas vê bolsa brasileira decolando em 2025
Mesmo com sinais de realização no horizonte, analistas mantêm visão otimista para a bolsa brasileira; veja as novas ações recomendadas
Azul (AZUL4) revela o que pesou para decisão de recuperação judicial nos EUA — e promete sair em tempo recorde do Chapter 11
Executivo da aérea diz que demora em liberação de crédito do governo pesou na decisão de pedir recuperação nos EUA
Agibank estreia no mercado de FIDCs com captação de R$ 2 bilhões com lastro em carteira de crédito consignado
O banco pretende destinar os recursos levantados com a captação para o funding das operações de crédito
Adeus, recuperação judicial: Ações da Gol (GOLL4) saltam na B3 após sinal verde para novo aumento de capital bilionário
Os acionistas deram sinal verde em assembleia para o aumento de capital bilionário previsto no plano de reestruturação; saiba os próximos passos
Embraer (EMBR3) quer voar ainda mais alto na Índia e cria subsidiária para expandir presença no mercado indiano
Companhia anunciou nesta sexta-feira (30) o estabelecimento de uma subsidiária no país com sede em Nova Delhi; entenda os objetivos por trás do lançamento
De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA
Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)
Fuga da bolsa brasileira: investidores abandonam as ações — mas sair da renda variável pode custar caro no futuro
Enquanto investidores se afastam cada vez mais da bolsa brasileira, o cenário se torna cada vez mais favorável para a renda variável local
Bolsas se animam com decisão de tribunal americano que barrou tarifas de Trump; governo já recorreu
Tribunal de Comércio Internacional suspendeu tarifas fixa de 10%, taxas elevadas e recíprocas e as relacionadas ao fentanil. Tarifas relacionadas a alumínio, aço e automóveis foram mantidas
Haddad está com os dias contados para discutir alternativas ao aumento do IOF — mas não há nenhuma proposta concreta até agora
O líder do governo no Congresso afirmou que o governo tem 10 dias para dialogar sobre alternativas ao decreto que elevou as alíquotas do IOF
Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil
Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas
Entenda a resolução do BC que estremeceu as provisões dos bancos e custou ao Banco do Brasil (BBAS3) quase R$ 1 bilhão no resultado do 1T25
Espelhada em padrões internacionais, a resolução 4.966 requer dos bancos uma abordagem mais preventiva e proativa contra calotes. Saiba como isso afetou os resultados dos bancões e derrubou as ações do Banco do Brasil na B3
Nvidia reporta balanço acima do esperado e ações saltam no after market, mas bloqueio de seus chips para China afeta guidance
Lucro por ação e receita bateram as estimativas, mas resultados trimestrais já viram impacto de bloqueio das exportações de chips para o Gigante Asiático
Se não houver tag along na oferta de Tanure pela Braskem (BRKM5), “Lei das S.A. deixou de nos servir”, diz presidente da Amec
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Fábio Coelho explica os motivos pelos quais a proposta do empresário Nelson Tanure pelo controle da Braskem deveria acionar o tag along — e as consequências se o mecanismo for “driblado”
Magazine Luiza (MGLU3) aprova novo programa de recompra de até R$ 93,4 milhões em ações
A operação prevê a aquisição de até 10 milhões de ações ordinárias e vai ocorrer no período de 18 meses
Braskem (BRKM5) na panela de pressão: petroquímica cai no conceito de duas das maiores agências de classificação de risco do mundo
A Fitch e a S&P Global rebaixaram a nota de crédito da Braskem de ‘BB+’ para ‘BB’ na última terça-feira. O que está por trás das revisões?
Época de provas na bolsa: Ibovespa tenta renovar máximas em dia de Caged, ata do Fed e recuperação judicial da Azul
No noticiário corporativo, o BTG Pactual anunciou a compra de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro; dinheiro será usado para capitalizar o Banco Master
Após alta do IOF, contas em dólar ainda valem mais a pena que cartões pré-pagos e cartões de crédito? Fizemos as contas
Comparamos cotações de contas como Wise, Nomad, Avenue e as contas globais de bancos com a compra de papel-moeda, cartões pré-pagos e cartões de crédito internacionais
Sem OPA na Braskem (BRKM5)? Por que a compra do controle por Nelson Tanure não acionaria o mecanismo de tag along
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro avaliam que não necessariamente há uma obrigatoriedade de oferta pública de Tanure pelas ações dos minoritários da Braskem; entenda
Ibovespa vai sustentar tendência mesmo com juros altos e risco fiscal? Sócio fundador da Polo Capital vê bom momento para a bolsa — mas há outros perigos no radar
No podcast Touros e Ursos desta semana, Cláudio Andrade, sócio fundador da gestora Polo Capital, fala sobre as perspectivas para a bolsa brasileira