🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

A estrela solitária

Denúncia contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, revela origem do mal-estar nos bastidores da política entre Legislativo e Executivo

Olivia Bulla
Olivia Bulla
12 de abril de 2019
5:42 - atualizado às 9:53
Sob o codinome “Botafogo”, Maia teria recebido repasse de R$ 1,4 milhão da Odebrecht

Uma denúncia contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, revela a origem do mal-estar recente nos bastidores da política entre o Legislativo e o Executivo e ainda explica a dificuldade na tramitação da reforma da Previdência. Perícia em sistemas da Odebrecht indica repasse de R$ 1,4 milhão para campanhas do “Botafogo” e “Inca”, codinomes atribuídos respectivamente a Maia e seu pai, César Maia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A procuradora-geral da República, Raquel Dogde, pediu mais 60 dias para concluir um inquérito que investiga o presidente da Câmara. Caberá ao relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, decidir se prorroga ou não o prazo. Segundo a PGR, a Polícia Federal ainda precisa dar continuidade às investigações e levantar informações conclusivas.

Ao que tudo indica, já era sabido entre a elite da classe política que o cerco estava se fechando em torno do presidente da Câmara, indo muito além da prisão do ex-presidente Michel Temer e seu ex-ministro, sogro de Maia, Moreira Franco. Mais que isso, tal hipótese explica a relação difícil entre Maia e o presidente Jair Bolsonaro. Não se tratava, portanto, apenas de uma incapacidade do governo na articulação política com o Congresso.

Mas, principalmente, de um “jogo duro” por parte de Maia, que poderia ter buscado respaldo do Palácio do Planalto, em troca de apoio no andamento da proposta de reforma da Previdência e de facilidade na negociação com os parlamentares. Maia, porém, viu-se sozinho, na mira direta da Lava Jato e, agora, pode trabalhar contra o governo, tocando a agenda econômica de modo a usá-la a seu favor.

Pressão política na reforma

Essa tensão política pode aumentar nos próximos dias, travando o andamento da reforma da Previdência na Câmara, que já vinha encontrando obstáculos. A posição do Centrão, de inverter a pauta de votação na CCJ, com a proposta do Orçamento impositivo sendo colocando à frente da análise do parecer da Previdência, compromete o calendário na semana que vem, com a apreciação do texto ocorrendo somente após a Semana Santa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É válido lembrar que a proposta que engessa ainda mais as contas do governo foi votada às pressas no plenário da Câmara e foi vista como uma resposta do Congresso ao mal-estar com o presidente Bolsonaro, em meio à imposição da “nova política”, sem a troca de cargos ou liberação de verbas. Contudo, parece que a “velha política” irá se alinhar a Maia, uma vez que os casos de propina são generalizados e o governo segue sem base aliada.

Leia Também

Com isso, as discussões sobre a reforma da Previdência ganham certo nível de indefinição. E o mercado financeiro brasileiro tende a colocar no preço dos ativos o risco de atraso no cronograma - não apenas da votação da reforma na CCJ. Essa demora reduz a confiança dos investidores, que já estão está cada vez mais descrentes na capacidade do governo em angariar apoio para acelerar a tramitação da proposta.

Ao que tudo indica, o encaminhamento da reforma da Previdência para a comissão especial se dará já no início de maio, após mais um feriado, prolongando a discussão sobre o assunto ainda nas fases iniciais. É bom lembrar que é nessa comissão, com até 40 sessões, que podem haver mudanças no texto original do governo, “desidratando” a proposta da equipe econômica e reduzindo a economia fiscal.

Exterior pode trazer alívio

Apesar do ambiente político mais tenso em Brasília, o cenário externo pode trazer algum alento aos negócios locais. Os mercados internacionais recebem com alívio a recuperação da balança comercial chinesa em março, após o tombo em fevereiro, em meio às distorções por causa do feriado do Ano Novo Lunar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As exportações da China subiram 14,2% no mês passado, em base anual, depois de cair 20,7% no mês anterior. A previsão era de alta bem menor, de 8,7%. Já as importações recuaram 7,6%, na mesa base de comparação, intensificando o ritmo de queda, após ceder 5,2% em fevereiro. A estimativa era de baixa menor, de -1,2%.

Com isso, o superávit da balança comercial chinesa alcançou US$ 32,64 bilhões em março, ficando bem acima do resultado positivo de US$ 4,12 bilhões em fevereiro e da previsão de +US$ 6 bilhões. Ainda assim, as bolsas asiáticas encerraram a sessão com um desempenho misto, contaminadas pela comportamento lateral em Wall Street na véspera.

Hong Kong e Tóquio subiram 0,3% e +0,7%, ao passo que Xangai ficou de lado, com -0,04%. No Ocidente, porém, os índices futuros das bolsas de Nova York têm alta firme, tentando embalar a abertura do pregão na Europa, que é pressionada pelas ações de bancos e montadoras.

Nos demais mercados, o dólar perde terreno para as moedas rivais, de países desenvolvidos e emergentes, ao passo que o título norte-americano de 10 anos (T-note) volta a ser negociado acima de 2,50%. Entre as commodities, o petróleo avança, com o barril do tipo WTI caminhando para a sexta semana seguida de alta. O cobre também sobe.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como pano de fundo, o mercado financeiro ainda ecoa os alertas dos bancos centrais dos Estados Unidos (Fed) e da zona do euro (BCE) sobre a perda de tração da economia global e o desempenho sem brilho da atividade neste início de ano. Ao mesmo tempo, a política monetária está pouco estimulativa, com capacidade limitada para minimizar tal efeito.

Assim, cresce a cada dia o sentimento de que a economia mundial está se desacelerando. E o fim das incertezas em relação às negociações comerciais entre EUA e China e sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) ganha importância, pois esses focos de tensão têm potencializado o impacto na economia global.

Agenda segue fraca

A semana chega ao fim com uma agenda econômica mais fraca. No Brasil, destaque apenas para o desempenho do setor de serviços em fevereiro (9h). Os números, combinados com os dados sobre o varejo e a indústria no mesmo período, tendem a lançar luz sobre o ritmo da atividade doméstica no início deste ano.

Aliás, no exterior, merece atenção o resultado da produção industrial na zona do euro em março, logo cedo. Pela manhã, saem os preços de importação e exportação nos Estados Unidos em março (9h30), além da leitura preliminar deste mês sobre a confiança do consumidor norte-americano (11h).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na safra de balanços nos EUA, destaque para os resultados dos bancos JP Morgan e Wells Fargo referentes ao primeiro trimestre deste ano, antes da abertura do pregão em Wall Street.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

TOUROS E URSOS #249

Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção

26 de novembro de 2025 - 12:30

No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar