🔴 ESTA FERRAMENTA PODE MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 285% – SAIBA MAIS

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Pessimismo

Dólar sobe a R$ 3,99 com cautela no front político; Ibovespa cai 0,51%

O cenário político conturbado e o clima ainda indefinido no exterior trouxeram pressão aos ativos locais. O Ibovespa caiu aos 91 mil pontos e o dólar à vista ficou a um triz dos R$ 4,00

Victor Aguiar
Victor Aguiar
15 de maio de 2019
10:31 - atualizado às 13:02
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Ibovespa reduziu perdas, mas ainda aparece na faixa de 91 mil pontos; dólar ronda os R$ 4,00 - Imagem: Seu Dinheiro

Uma nuvem negra pairou sobre a cabeça dos mercados brasileiros nesta quarta-feira (15). E, como resultado, tanto o Ibovespa quanto o dólar à vista tiveram mais um dia de pressão intensa.

A moeda americana, por exemplo, terminou a sessão em alta de 0,51%, a R$ 3,9967, enquanto o principal índice da bolsa brasileira teve perda de 0,51%, aos 91.623,44 pontos. Ambos foram na contramão do exterior: lá fora, o dólar recuou ante as divisas emergentes, enquanto as bolsas de Nova York fecharam no campo positivo.

Essa diferença de comportamento é explicada pela nebulosidade no cenário político local. O noticiário agitado, as informações desencontradas do governo e as manifestações populares elevaram a cautela dos mercados por aqui e culminaram nesse descolamento do o Ibovespa e do dólar em relação ao exterior.

Vale ressaltar, no entanto, que os mercados locais terminaram o dia longe do momento de maior estresse. Logo após a abertura, o dólar à vista chegou a tocar os R$ 4,0218 (+1,14%), enquanto o Ibovespa mergulhou aos 90.294,63 pontos (-1,95%).

E essa melhoria só foi possível porque, lá fora, os mercados passaram por um movimento de descompressão: as bolsas americanas, que abriram em queda de mais de 0,5%, fecharam em alta; e o dólar, que avançava ante os pares do real durante a manhã, perdeu força e virou para queda.

Tensão local

A quebra de sigilo fiscal e bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro e o acordo de colaboração premiada de um dos donos da Gol, Henrique Constantino — citando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia — trouxeram insegurança aos mercados e levantam dúvidas sobre o quanto esses fatores podem afetar a tramitação da reforma da Previdência.

E a articulação política confusa gerou ainda mais tensão. Ontem, deputados que haviam se reunido com o presidente Jair Bolsonaro disseram que o governo iria rever o bloqueio de recursos no orçamento da Educação, mas a informação, foi desmentida em seguida pela Casa Civil, pelo Ministério da Educação e pela equipe econômica.

Esse desencontro de informações, somado às manifestações populares contra o bloqueio de recursos e à convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para prestar esclarecimentos à Câmara, foi fundamental para que um tom de pessimismo tomasse conta dos mercados.

"O cronograma da Previdência vai atrasando... Hoje, o mercado está de olho para ver a capacidade do governo de formar uma base coesa para passar as pautas e, por enquanto, ele parece não ter essa capacidade", diz um analista.

Fraqueza econômica

No front de indicadores, mais um dado trouxe desânimo aos mercados: o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, recuou 0,28% em março, no comparativo com fevereiro. A queda no primeiro trimestre de 2019 foi de 0,68%.

"A recuperação está demorando a vir", diz a fonte, que prefere não ser identificada. "A expectativa ainda é que uma reforma da Previdência com um mínimo de potência seja aprovada, mas os sinais que o governo passa no curto prazo são ruins, tanto na economia quanto na parte política".

O único mercado local que reagiu de maneira relativamente calma nesta quarta-feira foi o de juros, uma vez que, em meio à fraqueza econômica, aumentam as apostas num eventual corte da Selic. Os DIs para janeiro de 2021 recuaram de 6,85% para 6,84%, os para janeiro de 2023 subiram de 7,99% para 8,00% e os para janeiro de 2025 avançaram de 8,56% para 8,61%.

Exterior respira

Assim como ontem, os mercados globais tiveram uma sessão de maior tranquilidade. O Dow Jones fechou em alta de 0,45%, o S&P 500 subu 0,58% e o Nasdaq teve ganho de 1,13%.

Essa melhoria no humor lá fora se deve a algumas notícias relacionadas à guerra comercial — a imprensa americana afirmou mais cedo que o presidente do país, Donald Trump, estaria planejando o adiamento da aplicação de tarifas sobre importações de automóveis.

Também cooperou positivamente uma fala do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmando que o mais provável é que ocorra "no futuro próximo" uma nova rodada de negociação em Pequim. Ele ainda reforçou que Trump pretende se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, durante a cúpula do G-20 no Japão, no fim de junho.

"O mercado internacional esteve melhor novamente, mas, aqui, as tensões políticas estão cada vez mais fortes", diz Paulo Nepomuceno, estrategista da Coinvalores. "Essa situação política atrapalha a confiança do mercado, e ele acaba exigindo prêmios maiores".

Mas, apesar da virada vista lá fora, operadores ponderam que o clima ainda é pesado em relação à guerra comercial e aos eventuais impactos que a disputa entre americanos e chineses poderá trazer à economia global. E dados mais fracos da atividade econômica na China em abril cooperam para aumentar a cautela.

A produção industrial do país subiu 5,4% no mês, abaixo das expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam acréscimo de 6,6%. Já as vendas no varejo tiveram expansão anual de 7,2% em abril, também inferior à alta de 8,8% projetada por economistas.

Na mira

O empresário Michael Klein confirmou que está de olho na Via Varejo, dona do Ponto Frio e das Casas Bahia. Para realizar a compra das ações da varejista, que foram colocadas à venda pelo Grupo Pão de Açúcar, ele disse estar no processo de contratação dos serviços de assessoria financeira da XP Investimentos.

Os papéis ON da Via Varejo (VVAR3), que já haviam subido nos últimos dias com os primeiros rumores sobre o interesse de Klein, hoje devolveram os ganhos: fecharam em queda de 5,49%, o pior desempenho do Ibovespa.

Kroton cai forte

As ações ON da Kroton (KROT3) tiveram o segundo pior desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira, fechando em queda de 5,22%. Analistas reagiram mal ao balanço trimestral da empresa: o lucro líquido caiu 47,4% em relação aos primeiros três meses de 2018, totalizando R$ 250,1 milhões.

Além disso, as projeções divulgadas pela companhia para 2019 também desagradaram o mercado. A Kroton prevê uma queda de 0,9% na receita líquida, para R$ 7,353 bilhões, mas a geração de caixa neste ano deve ficar positiva em R$ 800 milhões, um avanço de 40,1%. O lucro ajustado deve ficar em R$ 1,348 bilhões, alta de 14%.

Embraer sob pressão

Quem também teveuma sessão negativa é a Embraer: a fabricante de aeronaves encerrou o primeiro trimestre de 2019 com prejuízo líquido ajustado de R$ 229,9 milhões — um ano antes, a perda foi de R$ 208,9 milhões.

Para o BTG Pactual, os números da empresa foram mais fracos que o esperado, em especial a receita líquida — em reais, a linha chegou a R$ 3,1 bilhões, estável na base anual, mas, em dólares, somou US$ 823 milhões, uma queda de 14% na mesma base de comparação.

Como resultado, as ações ON da empresa (EMBR3) recuaram 4,17% — o terceiro pior desempenho do Ibovespa.

Vale na contramão

Os papéis ON da Vale (VALE3) destoam do Ibovespa e fecharam em alta de 0,76%, aparecendo entre os maiores ganhos do índice nesta sessão. As ações são beneficiadas por uma combinação entre dólar forte — as exportações têm papel fundamental para a empresa — e avanço expressivo do minério de ferro: hoje, a commodity subiu 2,77% na China.

Petrobras recua

As demais blue chips do Ibovespa — ações de grande peso individual na composição do índice e liquidez elevada — apareceram no campo negativo. Petrobras PN (PETR4) recuou 0,46% e Petrobras ON (PETR3) caiu 0,70%, apesar dos ganhos do petróleo no exterior: o Brent subiu 0,74% e o WTI avançou 0,39%.

Entre os bancos,  Bradesco PN (BDC4) caiu 1,07%, Bradesco ON (BBDC3) recuou 0,9% e Banco do Brasil ON (BBAS3) teve perda de 1,65%. A exceção foi Itaú Unibanco PN (ITUB4), que fechou em alta de 0,31%.

Guararapes desagrada

Fora do Ibovespa, destaque para os papéis ON da Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, que terminaram em queda de 5,06%, a R$ 16,70 — na mínima, chegaram a cair 12,79%, a R$ 15,34.

A empresa reportou lucro líquido de R$ 32,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 36,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os resultados decepcionaram os analistas, que destacaram o retração na margem bruta da Riachuelo e a fraca expansão das vendas no conceito mesmas lojas (SSS), entre outros pontos.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar