🔴 [EDIÇÃO SPECIAL] ONDE INVESTIR DEPOIS DO COPOM? VEJA AQUI

Cotações por TradingView
Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Maior nível em um mês

Quarta alta consecutiva: Ibovespa fecha no campo positivo e recupera os 103 mil pontos

Num dia em que os mercados se dividiram entre a cautela com a China e o otimismo com os BCs, o Ibovespa até chegou a subir mais de 1% na máxima, mas fechou em alta de 0,24%, aos 103.180,59 pontos

Victor Aguiar
Victor Aguiar
9 de setembro de 2019
10:26 - atualizado às 14:29
Dado mostrando quatro pontos
O Ibovespa se afastou das máximas, mas conseguiu engatar a quarta alta seguida - Imagem: Shutterstock

O Ibovespa bem que tentou alçar voos mais altos nesta segunda-feira (9), atingindo a faixa dos 104 mil pontos durante a manhã. Essa arrancada, contudo, teve vida curta: o principal índice da bolsa brasileira perdeu boa parte do ímpeto ao longo da tarde, encerrando o dia com ganhos modestos.

Mas, apesar desse enfraquecimento, o mercado acionário tem motivos para comemorar. Afinal, o Ibovespa conseguiu registrar o quarto pregão consecutivo no campo positivo: ao fim do dia, subiu 0,24%, aos 103.180,59 pontos. É a primeira vez desde 13 de agosto que o índice termina uma sessão acima dos 103 mil pontos.

Essa redução nos ganhos ocorreu em linha com o movimento visto no exterior: nos Estados Unidos, o Dow Jones (+0,14%) e o Nasdaq (+0,01%) também perderam intensidade ao longo do dia, mas, assim como o Ibovespa, conseguiram terminar no azul. Já o Nasdaq (-0,19%) não sustentou a alta e fechou em ligeira queda.

Essa redução nos ganhos ocorreu em linha com o movimento visto no exterior: nos Estados Unidos, o Dow Jones (+0,14%) também perdeu intensidade ao longo do dia, mas, assim como o Ibovespa, conseguiu terminar no azul. Já o S&P 500 (-0,01%) e o Nasdaq (-0,19%) não sustentaram o desempenho positivo e fecharam em ligeira queda.

Dois fatores movimentaram os mercados externos neste início de semana: por um lado, havia certa cautela em relação aos dados da balança comercial da China, que ficaram abaixo do esperado — as exportações do gigante asiático caíram 1% em agosto, enquanto as importações recuaram 5,6%.

Mas, por outro, essa decepção com a economia chinesa — e a leitura de que a guerra comercial começa a afetar a atividade do país — elevou a percepção de que os principais bancos centrais do mundo serão forçados a promover uma rodada de estímulos monetários, de modo a dar sustentação às economias locais.

Nesta quinta-feira (12), o Banco Central Europeu (BCE) irá definir a taxa de juros na região; na semana que vem, é a vez do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central do Brasil (BCB) fazerem o mesmo. E, com o sinal amarelo vindo da China, há a leitura de que os BCs devem agir agora, baixando os juros e estimulando a atividade econômica.

"Segue a expectativa quanto à adoção de uma agenda mais aberta a reduções nas taxas, dadas as preocupações com as economias globais", diz Rafael Passos, analista da Guide Investimentos. "Podemos também ter uma rodada mais forte de estímulos para a economia chinesa".

Durante a manhã, esse otimismo em relação à postura dos BCs levou os mercados acionários ao campo positivo, em especial as bolsas de países emergentes, que são mais beneficiadas pela menor aversão ao risco. Mas, ao longo do dia, esse otimismo acabou se esvaziando, o que deu um tom de neutralidade ao Ibovespa e aos mercados dos EUA.

Passos ainda pondera que as sinalizações emitidas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao Valor Econômico, foram bem recebidas pelos agentes financeiros. "Começamos a ver uma sinalização mais forte em busca do equilíbrio fiscal", diz. "O Guedes mostra que o governo está empenhado, e isso é muito positivo".

Commodities se recuperam

O mercado de commodities teve uma segunda-feira de maior tranquilidade: o minério de ferro, por exemplo, subiu 4,4% no porto chinês de Qingdao — cotação que serve de referência para os agentes financeiros; o petróleo Brent (+1,70%) e WTI (+2,35%) também fecharam em alta.

Nesse cenário, as ações da Petrobras, da Vale e das siderúrgicas ganharam terreno. Os papéis PN da estatal (PETR4) subiram 1,55%, enquanto os ONs (PETR3) avançaram1,99%; Vale ON (VALE3) teve alta de 3,10%, CSN ON (CSNA3) valorizou 3,20%, Usiminas PNA (USIM5) disparou 8,08% e Gerdau PN (GGBR4) subiu 5,47%.

Dia de extremos

Além dos papéis ligados ao setor de commodities, também apresentaram desempenho positivo as ações dos bancos: Itaú Unibanco PN (ITUB4) avançou 2,45%, Bradesco PN (BBDC4) teve alta de 1,27, Banco do Brasil ON (BBAS3) subiu 1,24% e as units do Santander Brasil (SANB11) valorizaram 1,57%.

Mas, mesmo com os bancos e as outras blue chips no azul, o Ibovespa mostrou dificuldades para se sustentar em alta. E isso porque diversos papéis do índice apresentam perdas expressivas, o que praticamente neutralizou os ganhos das ações citadas acima.

Na ponta negativa, destaque para o segmento de varejo: Magazine Luiza ON (MGLU3) caiu 5,00%, B2W ON (BTOW3) recuou 5,64%, Via Varejo ON (VVAR3) teve baixa de 5,01%, Lojas Renner ON (LREN3) desvalorizou 0,96% e Lojas Americanas PN (LAME4) teve queda de 1,60%.

Analistas e operadores ponderam que essa queda em bloco das varejistas não é ocasionada por alguma notícia relacionada ao setor. Embora os especialistas apontem que as expectativas são baixas para a "Semana do Brasil" — iniciativa do governo federal para estimular o consumo doméstico —, as quedas parecem ser geradas por um movimento de realização dos lucros recentes.

Marfrig em destaque

As ações ON da Marfrig (MRFG3) subiram 3,85% e apareceram entre os destaques positivos do Ibovespa. Nesta manhã, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu um comunicado da GACC, órgão de sanidade chinês, informando que 25 frigoríficos foram habilitados para exportar carne para o gigante asiático.

Os papéis da Marfrig ainda foram impulsionados pela notícia, publicada pela Coluna do Broadcast, de que Marcos Molina, sócio-fundador e detentor de 36,43% da companhia, deseja adquirir a fatia detida pelo BNDES, de 33,74%, e que deverá se colocada à venda como parte da estratégia de desinflar o braço de participações do banco.

Ainda no setor de frigoríficos, BRF ON (BRFS3) caiu 1,15% e JBS ON (JBSS3) teve baixa de 3,53%.

E o dólar?

No mercado de câmbio, o dólar à vista abriu o dia em baixa e chegou a recua 0,77%, a R$ 4,0485. No entanto, a moeda americana foi ganhando força, terminando a sessão em alta de 0,46%, a R$ 4,0987.

Esse movimento ocorreu em linha com o visto no exterior: o dólar abriu a sessão perdendo terreno em escala global, tanto em relação às moedas fortes quanto as de países emergentes. No entanto, a divisa americana ganhou impulso durante a manhã.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de divisas fortes, reduziu as perdas e ficou perto da estabilidade. Entre as emergentes, a moeda americana virou e passou a subir em relação ao peso chileno e ao peso mexicano, mas permanece em queda ante o rublo russo e o rand sul-africano.

Juros em leve baixa

A curva de juros tem uma segunda-feira sem grandes oscilações. Enquanto aguarda eventuais sinalizações por parte dos BCs a respeito dos próximos passos da política monetária no mundo, o mercado prefere não promover grandes alterações nos DIs.

Na ponta curta, as curvas com vencimento em janeiro de 2020 fecharam em baixa de 5,32% para 5,30%, e as para janeiro de 2021 caíram de 5,36% para 5,34%.  Na longa, os DIs para janeiro de 2023 recuaram de 6,45% para 6,42%, e os com vencimento em janeiro de 2025 foram de 7,00% para 6,98%.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies