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Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

ALÉM DAS AÇÕES

O desconto na bolsa que poucos falam: fundos isentos de infraestrutura (FI-Infra) negociam com desconto de até 43% na B3

De 21 FI-Infras na bolsa que aplicam em títulos de crédito, como debêntures, nada menos que 19 operam com cotas abaixo do valor patrimonial, segundo levantamento da Empiricus

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
12 de fevereiro de 2025
6:46 - atualizado às 8:20
Porto do Rio
Fundos aplicam em títulos de crédito privados — notadamente as chamadas debêntures incentivadas — ligados a projetos na área de infraestrutura, como rodovias, portos, energia e saneamento. - Imagem: iStock

Quando você ouve um especialista em investimentos afirmar que “a bolsa está barata”, a associação imediata que se faz é com o preço das ações. Mas a B3 também negocia outros ativos, como os fundos imobiliários (FII) e uma categoria menos conhecida do público: os fundos de investimento em infraestrutura (FI-Infra).

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Como sugere o nome, esses fundos aplicam em títulos de crédito privados — notadamente as chamadas debêntures incentivadas — ligados a projetos na área de infraestrutura, como rodovias, portos, energia e saneamento.

Da mesma forma que os fundos imobiliários, eles pagam remuneração ao investidor isenta de imposto de renda, mas com uma diferença: o ganho de capital na compra e venda das cotas na B3 também escapa da mordida do Leão.

Pois é aí onde mora uma das oportunidades na bolsa sobre a qual poucos falam: a grande maioria dos FI-Infras negocia com desconto na B3. Em alguns casos, com bastante desconto.

Desconto e dividendos

Dos 30 FI-Infras listados na bolsa brasileira, nada menos que 19 operam com cotas abaixo do valor patrimonial, de acordo com um levantamento da Empiricus Research, que levou em conta os 21 fundos do tipo do universo de cobertura da casa.

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Na média, os fundos negociam com um desconto da ordem de 14,5%. Mas no caso mais extremo a diferença entre o valor da cota na B3 e o patrimonial chega aos 43% (confira a tabela no fim desta matéria).

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A queda no valor das cotas aumenta o retorno com dividendos (dividend yield) potencial do FI-Infra. Na média dos últimos 12 meses, o dividend yield dos FI-Infras que a Empiricus analisou foi de 13,4%. Isso sem falar, é claro, na possibilidade de o investidor ganhar com a valorização das cotas com uma eventual recuperação do mercado.

FI-Infra: o que aconteceu nesse mercado?

De modo geral, os fundos de investimento em infraestrutura padeceram do mesmo mal que afetou os demais ativos na B3: o aumento do risco fiscal.

No caso específico dos FI-Infras, a piora nos mercados em dezembro acabou afetando a capacidade de distribuição de dividendos no mês. Isso porque os preços dos títulos que compõem as carteiras caíram graças ao fenômeno da chamada marcação a mercado.

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Além disso, o plano do governo de implementar um IR de 10% sobre rendimentos acima de R$ 50 mil mensais mexeu com os fundos.

Como a proposta mira todas as fontes de renda, ativos isentos como os FI-Infras poderiam ser parcialmente tributados, ao menos para os investidores de altíssima renda.

Por fim, o processo de alta da taxa básica de juros (Selic) também reduziu a atratividade de outros investimentos, mesmo com o benefício fiscal.

Vale lembrar que, além das oscilações de mercado, o investidor de FI-Infra está sujeito ao risco de crédito dos papéis na carteira dos fundos. Em tempos de juros altos, esse tipo de temor aumenta entre os investidores.

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“Nada disso tem relação com a saúde das carteiras dos fundos, pelo menos dos que recomendamos”, disse Pedro Claudino, que integra a equipe de research da Empiricus.

Um FI-Infra para investir

Entre os fundos que a Empiricus indica está o Kinea Infra (KDIF11). Após sofrer com a marcação a mercado em dezembro, o fundo depositou R$ 1,70 por cota aos quase 39 mil investidores na distribuição de janeiro.

A perspectiva dos próprios gestores segue positiva para este mês, diante das projeções mais altas de inflação. Afinal, como os papéis que compõem o fundo são em geral corrigidos pelo IPCA, um índice mais alto contribui para uma distribuição maior de rendimentos.

Veja a seguir o desconto das cotas dos principais fundos na B3:

FundoCota na B3 (R$)Valor patrimonial (R$)Ágio/Deságio %Dividend Yield % (média 12m)
BODB116,668,45-21,212,1
BINC1186,82100,27-13,413
BDIF1170,0682,12-14,713,9
CPTI1175,6693,87-19,415,3
INFB1110095,654,612,3
VANG1110298,263,812,6
BIDB116983,75-17,615,1
IRIF119,410,13-7,211,7
IFRI1187,85100,36-12,512,4
IFRA1186,4397,12-1113,1
JMBI1174,85100,59-25,616,9
KDIF11119123,39-3,611,3
OGIN117,889,74-19,116,9
NUIF118099,43-19,513,1
PRIF11100101,4-1,4-
RIFF116,589,15-28,110,2
RBIF1161,7388,6-30,313,1
CDII1198,1104,27-5,915,1
JURO1187,25100,96-13,612,7
SNID119,4410,12-6,712,7
XPID1153,2493,99-43,414,8
Fonte: B3. Elaboração: Empiricus Research

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