A bola da vez? Selic em alta atrai estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal
Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil

A incerteza provocada pelo tarifaço de Donald Trump levou investidores de todo o planeta a buscar refúgio em outros mercados. Em meio a esse movimento, o Brasil começa a ser apontado como a “bola da vez” para o investidor estrangeiro, principalmente depois do rali recente de outros emergentes.
O país está longe de ser um porto seguro, é claro. Mas a combinação de juros altos e preços atrativos — ainda mais após a disparada do dólar no fim do ano passado — mais do que compensa os riscos para o investidor estrangeiro, de acordo com a Alpine Macro.
Nesse cenário, a casa de análise canadense passou a recomendar a compra de títulos públicos brasileiros com prazo de dez anos, sem hedge (proteção). Ou seja, os analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil.
“Como uma das moedas com maior retorno, o real se torna cada vez mais atraente se simplesmente parar de cair”, escreveram os analistas da Alpine Macro, em relatório ao qual o Seu Dinheiro teve acesso.
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Vale destacar que esse cenário também representa uma potencial oportunidade para o pequeno investidor via Tesouro Direto.
O Brasil no olhar do estrangeiro
A alta da taxa básica de juros (Selic) e o momento de pânico do mercado no fim do ano passado com o risco fiscal fizeram disparar as taxas dos títulos da dívida brasileira.
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Pois essa é justamente a oportunidade que os analistas apontam agora para o investidor estrangeiro na renda fixa do Brasil. “Acreditamos que o pior já passou e que as taxas de juros nesses níveis mais do que compensam os riscos.”
Na balança de riscos, o fiscal ainda pesa e não há quem compre hoje o discurso de austeridade que o governo ainda tenta passar, ainda mais com a proximidade das eleições no próximo ano.
Mas para a Alpine Macro, os preços dos ativos brasileiros já refletem esse cenário de desconfiança em relação ao fiscal.
“Isso faz com que o risco seja assimetricamente inclinado para cima: qualquer surpresa positiva na frente fiscal pode levar a uma reprecificação significativa dos títulos brasileiros”, destacou a casa de análises.
Do lado monetário, a expectativa é que a Selic se mantenha em níveis elevados diante da inflação acima da meta. Por outro lado, o risco de o Banco Central apertar muito mais as taxas hoje é bem menor, de acordo com os analistas.
Um ganhador da guerra comercial?
Além de uma situação macro relativamente estável, o Brasil ainda aparece como um dos possíveis ganhadores da guerra comercial.
Isso porque o país é um dos poucos a registrar déficit comercial com os Estados Unidos. Desta forma, passou de certa forma ao largo do tarifaço de Donald Trump.
O país tem espaço ainda para ganhar espaço com disputa entre EUA e China. Aliás, isso já ocorreu no primeiro governo Trump, quando as exportações brasileiras de produtos agrícolas para o Gigante Asiático ultrapassaram as dos norte-americanos por ampla margem.
“Com as novas tarifas sobre produtos americanos neste ano, a demanda chinesa inevitavelmente se deslocará ainda mais para o Brasil”, avalia a Alpine Macro.
Esse movimento tende a sustentar a economia brasileira e ainda reforçar a balança comercial. Ambos os fatores são positivos para o câmbio e, portanto, para o investidor estrangeiro que alocar recursos no Brasil.
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