Não foi dessa vez, Trump: Tribunal de apelação dos EUA nega pedido para demitir Cook às vésperas da reunião do Fed
Essa é segunda decisão contrária aos esforços do republicano para demitir a diretora do Fed. Agora, é esperado que o governo Trump recorra
Donald Trump levou mais um revés em seu embate contra o Federal Reserve (Fed). Um dia antes do início da votação do banco central norte-americano sobre as taxas de juros nos EUA, um tribunal de apelação rejeitou o pedido do presidente para destituir a diretora Lisa Cook.
Essa é segunda decisão contrária aos esforços do republicano para demiti-la. No início deste mês, um tribunal federal de Washington permitiu que Cook permaneça no cargo até que o litígio seja resolvido. O processo, que foi movido pela diretora para impedir permanentemente sua demissão, ainda precisa passar pelos tribunais.
Agora, é esperado que o governo Trump recorra rapidamente à Suprema Corte em uma última tentativa de destituir Cook antes da reunião do Fed.
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Lisa Cook: um novo alvo para Trump
Após uma série de eventos que marcaram o confronto entre Trump e o presidente do Fed, Jerome Powell, o republicano colocou um novo alvo da autarquia sob a sua mira: Lisa Cook.
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No final de agosto, o presidente dos EUA divulgou uma carta em sua rede social, Truth Social, anunciando a demissão da diretora sob a acusação — sem provas — de fraude hipotecária relacionada à aquisição de duas propriedades em 2021, antes de ingressar no Fed.
A decisão não foi exatamente surpresa, já que o republicano havia informado que demitiria a diretora caso ela não deixasse o cargo. Na carta, Trump afirmou não ter "confiança na integridade de Cook" e garantiu que havia "causa suficiente para removê-la de sua posição".
Os advogados de Cook argumentaram que a demissão era ilegal porque presidentes do país só podem demitir diretores do Fed "por justa causa" — o que significa ineficiência, negligência no cumprimento do dever ou má conduta no cargo.
“Não vou renunciar. Continuarei a desempenhar minhas funções para ajudar a economia americana”, disse a diretora. Na época do anúncio, ela ainda afirmou que Trump não possui autoridade para destituí-la do cargo.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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