Revolução ou bolha? A verdade sobre a febre da inteligência artificial
Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, e Enzo Pacheco, analista da Empiricus, falam no podcast Touros e Ursos sobre o risco de bolha e a avaliação das empresas ligadas à IA
O mercado de ações, especialmente o norte-americano, vive um dos ciclos de valorização mais longos da história. E o motivo é um só: a euforia em torno da inteligência artificial (IA). Diante de altas tão constantes e preços exorbitantes, é inevitável o questionamento: estamos diante de uma bolha de IA?
Para Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, "os preços estão bastante inflados em relação ao histórico, mas não necessariamente isso significa uma bolha prestes a estourar".
Segundo a estrategista, o maior problema hoje não é a tecnologia em si, mas a alta concentração do mercado. Cerca de 30% do S&P 500 é composto pelas sete maiores empresas de tecnologia dos EUA.
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Zogbi e Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, são os convidados desta semana do podcast Touros e Ursos. Para eles, as companhias atuais têm bases mais sólidas do que as protagonistas da crise passada.
Fundamentos fortes e lição da crise pontocom
A principal diferença entre a valorização atual relacionada à inteligência artificial (IA) e a bolha pontocom está nos fundamentos das empresas, afirmam Pacheco e Zogbi.
"Na época da crise pontocom, a Cisco negociava 100 vezes o lucro. Hoje, a Nvidia negocia a 30 vezes o lucro, com perspectiva de cair para 25 com o crescimento esperado para o próximo ano”, diz Pacheco.
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Os especialistas afirmam que, além dos múltiplos mais baixos, essas grandes empresas de tecnologia são muito sólidas, entregam resultados e têm fluxo de caixa bastante saudável. Algo que não se via na época da bolha pontocom.
Outra distinção crucial é o uso prático da tecnologia. Na década de 90, a internet era para poucos, sem penetração para a população comum.
“Havia dificuldade em entender como as pessoas iriam utilizar a internet no seu dia a dia. Hoje, as maiores empresas do mundo são as big techs, e o uso de seus produtos é amplamente conhecido por empresas e pessoas físicas”, diz Zogbi.
Para ela, é muito claro como as empresas e a população podem se beneficiar da IA.
Afinal, estamos diante de uma bolha de inteligência artificial (IA)?
Ambos os especialistas concordam que o mercado está caro, mas descartam um colapso sistêmico.
Zogbi afirma que, embora o preço sobre lucro (P/L) esteja mais alto do que a média dos últimos cinco ou dez anos, ela não vê um potencial de estouro de uma crise.
No entanto, Pacheco afirma que, de fato, não é um patamar atrativo para “entrar de cabeça com tudo na bolsa norte-americana”. “Acho que dá para encontrar setores com valores mais atrativos”, diz o analista.
Embora a recomendação seja de cautela, um pé em IA é recomendado pelos analistas. Pacheco cita Amazon (AMZO34), Google (GOGL34) e Meta (M1TA34). Além disso, ele acredita que a China não vai deixar passar essa corrida e cita o Alibaba (BABA34) também.
Touros e Ursos da semana
No quadro Touros e Ursos, que dá nome ao podcast — em que os “touros” são os destaques positivos e os “ursos” são os negativos — Pacheco mencionou a ausência do presidente norte-americano, Donald Trump, e dos EUA na COP30.
Para o analista, não ter a maior economia do mundo discutindo sustentabilidade e energia renovável é muito ruim para uma política coordenada entre os países.
Além disso, a falência da OI (OIBR3) e a derrocada do dólar também foram citadas como destaques negativos da semana.
Já entre os touros, Zogbi citou o ouro. A estrategista vê o metal como uma proteção contra os valuations esticados e o receio de uma possível bolha. Outro destaque ficou para a C&A (CEAB3), que conseguiu sair de uma situação de descrença do mercado para uma predileção em relação a sua concorrente, Lojas Renner (LREN3).
Confira todos os touros e todos os ursos no episódio completo:
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