Filho do bilionário George Soros entra na mira de Trump e pode cair na lei antimáfia — e o motivo tem a ver com o Brasil
O presidente norte-americano ameaçou nesta quarta-feira (27) acusar Alex Soros na lei de organizações corruptas e influenciadas por extorsão

Há três dias, Alex Soros, filho do bilionário George Soros, disse que a tentativa de Donald Trump de desestabilizar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva sairia pela culatra. O presidente norte-americano claramente não gostou do que leu e nesta quarta-feira (27) ameaçou punir a dupla com a lei antimáfia.
“George Soros e seu maravilhoso filho de extrema esquerda, deveriam ser acusados pela Rico por seu apoio, entre outras coisas, a protestos violentos por todo os EUA”, escreveu Trump na Truth Social.
“Soros e seu grupo de psicopatas causaram grandes danos ao nosso país! Isso inclui seus amigos loucos da Costa Oeste”, completou.
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Rico é o acrônimo em inglês para lei de organizações corruptas e influenciadas por extorsão, que trata das práticas coercitivas e de extorsão exercidas por empresas que pratiquem comércio interestadual ou internacional, ou cujas atividades afetem esse comércio.
Em outras palavras: a legislação pune os acusados de coordenar ações fraudulentas e extorsivas dentro de empresas.
O filho de “extrema esquerda” de George Soros
Trump não menciona nominalmente Alex Soros, filho mais velho de George Soros que assumiu em 2023 o controle da Open Society Foundations, o império filantrópico construído pelo pai.
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George Soros é um bilionário e filantropo que apoiou praticamente a vida inteira organizações e grupos ligados à esquerda. Sua fortuna está estimada em US$ 7,2 bilhões.
Com 95 anos, George Soros deixou a administração do dinheiro e de outras arrecadações familiares para o filho, que também segue no trabalho de influência política e investimento econômico em organizações de esquerda. Como presidente do conselho de administração da Open Society Foundations, Alex Soros está à frente de uma organização com US$ 25 bilhões (R$ 125 bilhões no câmbio atual)
A família Soros também é conhecida pelo apoio a causas ambientais, tendo premiado, inclusive, a ativista ambiental brasileira Antônia Melo.
Por conta desse tipo de apoio, o nome de George Soros é frequentemente envolvido em teorias da conspiração pela extrema-direita dos EUA e de outras partes do mundo. O bilionário já foi acusado, por exemplo, de estar por trás da crise de imigração na Europa e de envolvimento com grupos secretos.
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Alex Soros no Brasil
Na última semana, Alex Soros esteve no Brasil e se reuniu com autoridades e parlamentares como os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente), Anielle Franco (Igualdade Racial) e o assessor internacional da presidência, Celso Amorim. Depois, ele foi ao Rio de Janeiro participar de uma conferência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em uma rara entrevista, Alex Soros falou com a Folha de S.Paulo sobre estratégias para derrotar Trump, os exageros da esquerda em relação à linguagem, a ofensiva antitruste contra as big techs, o antissemitismo e as prioridades da fundação para o Brasil.
O ponto alto da entrevista, no entanto, foi quando Alex Soros disse que as sanções e pressões de Trump contra o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) estão fortalecendo a administração petista. “Ele [Trump] está tornando Lula mais popular”, disse.
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O herdeiro dos Soros avaliou que a ofensiva de Washington pode ter efeito inverso ao esperado por membros da direita brasileira, fortalecendo politicamente o atual governo petista. “O que Trump está fazendo [contra o Brasil] vai sair pela culatra”, afirmou.
Ele acredita que o governo norte-americano tenta agir neste momento de forma direta para enfraquecer o governo Lula e que, atualmente, não há margem para negociação entre qualquer representante oficial do Brasil e a Casa Branca.
“Alguém já fez um acordo ou fez negócios com Trump e acabou se saindo bem? Fora [Vladimir] Putin e Xi Jinping?”, questionou. “O que há para negociar? Negociar [Jair] Bolsonaro e sua soltura?”, acrescentou.
Na entrevista, Alex Soros também afirmou que a questão da soberania nacional deixou de ser bandeira exclusiva da direita. Segundo ele, as recentes ações de Trump, como a guerra tarifária, fizeram com que a defesa da soberania fosse incorporada também por setores de centro e centro-esquerda em diversos países.
“O conceito de soberania nacional agora faz parte do centro, da centro-esquerda e centro-direita, porque o comportamento de Trump é uma ameaça à soberania em todo o mundo”, declarou.
Alex Soros também defendeu uma maior regulação sobre as grandes empresas de tecnologia e comparou a atual concentração de poder das big techs ao cenário enfrentado pelo presidente Theodore Roosevelt no início do século 20, quando houve forte campanha antitruste. Para Alex Soros, blocos como União Europeia e Mercosul deveriam articular alianças para “proteger a soberania digital”.
*Com informações da Folha de S.Paulo e do Valor Econômico
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