EUA e China costuram acordo sobre terras raras e tarifaço às vésperas do encontro entre Trump e Xi Jinping; veja o que foi discutido
As operações do TikTok nos EUA também foram pautadas no encontro das equipes econômicas norte-americana e chinesa
Embora o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump tenha atraído atenções neste domingo (26), o protagonismo da agenda dos EUA na 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) ficou mesmo com as negociações entre as autoridades econômicas chinesas e norte-americanas — que, após meses de expectativa, finalmente avançaram.
Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, as equipes dos dois países concordaram com a estrutura de um possível acordo comercial que será discutido quando Trump e o presidente chinês Xi Jinping. A reunião entre os dois líderes está marcada para a quinta-feira (30) na Coreia do Sul.
Bessent também afirmou que as negociações entre os governos eliminaram a ameaça de tarifas de 100% de Trump sobre as importações chinesas a partir de 1º de novembro, que haviam sido anunciadas pelo republicano após a China impor controles de exportação sobre todos os elementos de produção relacionados a terras raras.
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Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, os países "chegaram a um acordo substancial para os dois líderes". Ele ainda afirmou que espera que a China adie a implementação do regime de controle de exportação de terras raras e ímãs em um ano em meio às discussões sobre o tema.
Já as autoridades chinesas foram mais cautelosas sobre as negociações e não ofereceram detalhes sobre o resultado das reuniões. Em comunicado, o governo de Xi Jinping disse que as equipes de negociação "chegaram a um consenso básico sobre arranjos para abordar suas respectivas preocupações" e que "ambos os lados concordaram em finalizar detalhes específicos".
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Embora a Casa Branca tenha anunciado oficialmente as aguardadas conversas entre Trump e Xi, a China ainda não confirmou se os dois líderes se encontrarão.
Washington também anunciou, neste domingo, que acordos comerciais com a Malásia e o Camboja foram garantidos e que estruturas foram acertadas com a Tailândia e o Vietnã.
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O acordo entre EUA e China
Bessent, que se reuniu com as autoridades chinesas, revelou que o acordo sugere a suspensão de tarifas norte-americanas mais rígidas e de controles de exportação de terras raras chinesas. Além disso, as equipes também indicaram a possibilidade da retomada das vendas de soja dos EUA para a China.
Vale lembrar que, em meio à escalada da guerra comercial entre os países, o governo chinês encerrou as importações de soja dos EUA em setembro deste ano, primeiro mês desde novembro de 2018 em que embarques caíram para zero.
“Acredito que temos uma estrutura muito bem-sucedida para os líderes discutirem na quinta-feira”, disse Bessent a repórteres após se reunir com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e o principal negociador comercial, Li Chenggang.
Bessent também afirmou que prevê que a trégua tarifária com a China será estendida além da data de expiração, em 10 de novembro, e que o Gigante Asiático retomará compras substanciais de soja dos EUA, após não ter comprado nada em setembro, em favor da soja do Brasil e da Argentina.
Os produtores de soja dos EUA “se sentirão muito bem com o que está acontecendo nesta e nas próximas temporadas por vários anos” quando os termos do acordo forem anunciados, disse Bessent à ABC.
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Tiktok na mesa de negociações de Trump e Xi Jinping
As operações do TikTok nos EUA também foram pautadas no encontro das equipes econômicas norte-americana e chinesa. Segundo Bessent, o acordo costurado neste domingo incluiu a plataforma de compartilhamento de vídeos.
Os EUA vêm tentando tirar as operações do aplicativo da empresa controladora chinesa ByteDance desde o ano passado, ainda durante o governo do ex-presidente Joe Biden, devido a preocupações com a segurança nacional.
Na época, o TikTok foi informado que teria que vender suas operações nos EUA ou correria o risco de ser fechado. Em janeiro deste ano, o aplicativo chegou a sair do ar no território norte-americano, mas Trump, que havia acabado de retornar à cadeira da presidência dos EUA, adiou a implementação da proibição.
Desde então, em meio à negociações sobre o que poderia ser feito para manter as operações do TikTok no país, o republicano adiou mais três vezes o prazo da sanção para facilitar um acordo, estendendo o prazo para dezembro.
Já no mês passado, a Casa Branca anunciou que empresas norte-americanas controlariam o algoritmo do TikTok e que cidadãos dos EUA ocupariam seis dos sete assentos no conselho de operações do aplicativo no país.
Vale lembrar que, inicialmente, Trump chegou a pedir a proibição do TikTok durante seu primeiro mandato. Porém, ele mudou de ideia após recorrer à rede social para aumentar seu apoio entre os jovens durante sua campanha presidencial de 2024.
Uma trégua frágil entre China e EUA
As tensões entre as duas maiores economias do mundo aumentaram nas últimas semanas, indicando a fragilidade da trégua comercial estabelecida.
Isso porque os EUA e a China haviam alcançado um "cessar-fogo" da guerra comercial após uma primeira rodada de negociações comerciais em Genebra em maio e que foi prorrogada em agosto.
Porém, a trégua não impediu que os países voltassem a se confrontar com mais sanções, restrições à exportação e ameaças de medidas retaliatórias ainda mais severas.
Após a expansão dos controles chineses sobre as exportações de terras raras, os mercados internacionais lidaram com uma escassez global, o que levou os EUA a considerar a proibição de exportações de software para a China, de laptops a motores a jato, de acordo com uma reportagem da Reuters.
*Com informações da BBC News e CNBC.
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