Minerva (BEEF3): ações caem na bolsa após anúncio de aumento de capital. O que fazer com os papéis?
Ações chegaram a cair mais de 5% no começo do pregão, depois do anúncio de aumento de capital de R$ 2 bilhões na véspera. O que fazer com BEEF3?
As ações da Minerva (BEEF3) fecharam o pregão desta terça-feira (08) em queda de 2,8%. Ao longo do dia, as perdas chegaram a ultrapassar os 5%.
O movimento acontece após a empresa ter anunciado um aumento de capital de R$ 2 bilhões na noite de ontem (08) — com ações precificadas a R$ 5,17, a média dos últimos 60 pregões, o que representa um desconto de 20% em relação ao último preço de fechamento.
- VEJA TAMBÉM: Esta ação brasileira está ganhando cada vez mais a confiança de analistas – e é um dos 10 melhores ativos para comprar agora; confira
O valor pode chegar aos R$ 3 bilhões graças aos warrants que estão sendo oferecidos aos investidores. Para cada duas ações que o investidor subscrever, ele receberá um warrant, ou seja, o direito de comprar mais ações da Minerva no futuro a esse mesmo preço de emissão (R$ 5,17 por ação), dentro de um prazo de três anos.
Para o BTG Pactual, o bônus não apenas garante o sucesso da operação, como também sugere que o montante máximo de R$ 3 bilhões será atingido.
A proposta já garante um valor mínimo de R$ 1 bilhão de subscrição, pelas empresas maiores acionistas da Minerva: a VDQ — holding da família controladora —, que se comprometeu a colocar R$ 700 milhões, e a Salic, com outros R$ 300 milhões. As informações são do Brazil Journal.
Com isso, a família VDQ passará de 23% do capital para 31%, enquanto o Salic seria diluído para 24,9% dos 26,3% atuais, considerando que mais de 90% da oferta seja subscrita.
Leia Também
O aumento de capital deverá ser votado em uma Assembleia Extraordinária de Acionistas no dia 29 de abril. A oferta é privada, e apenas os acionistas com posição ao final da assembleia (29 de abril) terão direito a participar e receber um warrant adicional.
Não é hora de comprar as ações da Minerva: entenda os motivos
Para o BTG Pactual, a emissão pode melhorar substancialmente os lucros da empresa, dado o nível de endividamento atual, que cairia para 3,7x Ebitda (lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização) até o final de 2025 — em comparação com a estimativa atual do BTG, de 4,5x. “Ainda alta, mas significativamente mais gerenciável”, explica o banco.
O BTG destaca que, apesar de a oferta implicar em uma diluição relevante — potencialmente 50%, com 580 milhões de novas ações —, o atual alto custo financeiro da Minerva faz com que a operação possa gerar valor ao lucro líquido.
As estimativas do banco indicam que a dívida líquida ao final de 2025 será de R$ 18 bilhões, com despesas financeiras de R$ 3,5 bilhões em 2026 — o que poderia consumir grande parte do Ebitda projetado de R$ 4,5 bilhões, limitando o lucro líquido a apenas R$ 272 milhões.
No entanto, com a injeção total de R$ 3 bilhões, o lucro líquido poderia crescer para R$ 610 milhões em 2026, o que aumentaria o lucro por ação (EPS) em 13%, passando de R$ 0,463 para R$ 0,522.
Mesmo em cenários mais conservadores, como um aumento de capital de R$ 1 bilhão ou R$ 2 bilhões — sem a conversão de warrants —, o EPS ainda deve crescer entre 6% e 10%, estima o banco.
Apesar disso, a recomendação do banco para as ações segue neutra.
“Embora o risco do balanço patrimonial tenha diminuído, ainda há uma relevante drenagem de fluxo de caixa, já que esperamos que a Minerva devolva parte do significativo financiamento de capital de giro utilizado no quarto trimestre de 2024”, escrevem os analistas do BTG em relatório.
Apesar da redução do risco inicial proveniente da incorporação dos novos ativos, ainda há a necessidade de mais evidências de que esses ativos podem gerar um Ebitda superior a R$ 1 bilhão, valor considerado crucial para desbloquear um potencial mais significativo de geração de fluxo de caixa no futuro.
Isso ocorre em um cenário de desafios crescentes, com a expectativa de um ciclo de gado cada vez mais complicado no Brasil ao longo de 2025 e 2026.
O Bank Of America (BofA) também acredita que essa potencial injeção de capital pode trazer alívio no curto prazo para a alavancagem da empresa, pois ajudaria a melhorar a liquidez — já que empresa possui dívidas de R$ 5,1 bilhões a vencer no curto prazo — e reduziria a dívida para até 0,7x Ebitda.
No entanto, o BofA mantém a recomendação underperform (equivalente à venda) para os papéis.
“Estimamos que a empresa pode economizar entre R$ 320 milhões e R$ 480 milhões em juros a taxas atuais, mas a oferta ainda seria dilutiva em 15% no lucro por ação (EPS) em 2025”, escrevem os analistas em relatório.
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito
O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência
Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações
A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
