Por que o BB Investimentos resolveu cortar o preço-alvo da MRV (MRVE3) às vésperas do balanço do terceiro trimestre?
Segundo analistas do banco, a base forte de comparação com o terceiro trimestre do ano passado é um elemento por trás na revisão do preço-alvo; recomendação ainda é de compra
Às vésperas do balanço do terceiro trimestre de 2025 da MRV (MRVE3), o BB Investimentos cortou o preço-alvo para as ações, de R$ 14 para R$ 12 — o que ainda equivale a um potencial de alta de 62% em relação ao fechamento desta sexta-feira (31).
O motivo por trás da mudança é justamente a perspectiva para o balanço, levando em conta os resultados do segundo trimestre e os números apresentados pelas prévias operacionais relativas ao terceiro trimestre.
- VEJA TAMBÉM: BANCO CENTRAL sob PRESSÃO: hora de baixar o tom ou manter a SELIC nas alturas? - assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube
Por que o BB cortou o preço-alvo para as ações da MRV?
Apesar disso, a recomendação de compra para as ações se manteve. Segundo os analistas, a MRV segue operando em nível competitivo e resiliente, embora as fortes bases de comparação limitem a percepção de crescimento neste trimestre.
De acordo com eles, ainda há descasamentos regionais que afetam os resultados — relacionados a cheques não repassados —, mas a expectativa é de normalização gradual até o fim do ano, o que tende a fortalecer a geração de caixa da companhia.
O banco destaca que as análises que merecem mais atenção estão na Resia, braço norte-americano da companhia — e o verdadeiro calcanhar de aquiles da incorporadora.
A subsidiária atua na construção de imóveis para aluguel em terras norte-americanas e foi vítima do ciclo de aumentos dos juros por lá, que fez os investidores passarem a exigir mais retorno para comprar imóveis.
Leia Também
Isso fez com que os preços da venda dos ativos residenciais caíssem consideravelmente. Em reestruturação para se tornar uma empresa mais leve, recentemente, a ,multifamily conseguiu vender terrenos que estavam em seu landbank, estancando de vez a sangria.
Mas, ainda assim, o processo de reestruturação deve se estender até 2026, segundo analistas do BB-BI.
A expectativa, na visão dos analistas, é que, à medida que o banco de terrenos seja ajustado para a nova realidade da operação e que os empreendimentos em andamento atinjam a maturidade e possam ser negociados a preços condizentes, a alavancagem da MRV volte a patamares mais confortáveis.
“O mercado segue atento às medidas de reestruturação da Resia, que visam estancar a queima de caixa e reduzir o endividamento. A estrutura financeira consolidada ainda pesa sobre os resultados, já que o custo da dívida tem corroído parte dos ganhos operacionais”, dizem os analistas do BB-BI.
Minha Casa Minha Vida dando fôlego à MRV
O relatório também destaca que, apesar do consumo de caixa, a manutenção do bom desempenho apresentado pelo segmento voltado ao público Minha Casa, Minha Vida (MVMC) tem sustentado a tese em MRV.
Além disso, a construtora tem conseguido diversificação e crescimento do volume de negócios nos demais setores de atuação, como média renda, loteamentos e locação residencial.
Por outro lado, entre os principais riscos para a MRV, o BB-BI aponta a menor disponibilidade de recursos para clientes de programas habitacionais e custos de construção acima do esperado.
O relatório também menciona a possibilidade de um ritmo mais lento nas vendas de novos lançamentos e a manutenção dos juros norte-americanos em patamares elevados, o que tende a reduzir o interesse por ativos Resia.
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
