Embraer (EMBR3) tem começo de ano lento, mas analistas seguem animados com a ação em 2025 — mesmo com as tarifas de Trump
A fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Em um pregão movimentado para as ações de companhias exportadoras, a Embraer (EMBR3) luta para se manter no campo positivo nesta quinta-feira (3), em meio a entregas de aeronaves aquém das expectativas e temores acerca do impacto das novas tarifas de Donald Trump.
Por volta das 12h, as ações marcavam leve alta de 0,26% na bolsa brasileira, negociadas a R$ 65,04. Já os ADRs (recibos de ações) negociados em Wall Street avançavam 0,51% no mesmo horário.
Sob a ótica operacional, a fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando entregou 25 jatos.
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O desempenho foi puxado pelo volume de entregas do segmento de aviação executiva, que teve um avanço de 28% na comparação anual. Já a aviação comercial ficou estável nos três primeiros meses do ano.
No entanto, as entregas da Embraer no primeiro trimestre vieram abaixo do projetado pelos analistas, sinalizando um começo de ano mais fraco em 2025.
Vale lembrar que a empresa projeta entregar entre 222 e 240 aeronaves neste ano, sendo 77 e 85 entregas na aviação comercial e 145 a 155 no segmento executivo. Veja o guidance.
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Confira as entregas da Embraer (EMBR3) no 1T25:
Começo de ano fraco, mas boas perspectivas para 2025
Na visão do Itaú BBA, ainda que os números tenham vindo ligeiramente abaixo das expectativas, pressionados pelo fator de sazonalidade negativo do primeiro trimestre, eles devem ter pouco impacto na perspectiva para o ano inteiro.
O banco manteve recomendação “outperform”, equivalente a compra, para as ações da Embraer (EMBR3).
Segundo o BTG Pactual, o ritmo mais fraco do que o esperado da Embraer reflete as contínuas restrições da cadeia de suprimentos, que continuam a limitar uma taxa de entrega mais rápida.
No entanto, os analistas permanecem com perspectivas promissoras para 2025 como um todo, com perspectivas de melhoras graduais de entregas ao longo do ano.
O banco reconhece que a Embraer perdeu um pouco de ímpeto após a performance forte do quarto trimestre. Contudo, os analistas ainda ponderam que o impulso de EMBR3 segue forte para 2025, com um cenário favorável em todos os principais segmentos de aviação apoiando o crescimento da empresa.
“A empresa está negociando ativamente acordos comerciais e de defesa com a Polônia e outras regiões, o que acreditamos que poderia trazer surpresas positivas”, disse o BTG, que manteve recomendação de compra para as ações EMBR3.
O Santander, por sua vez, vê as entregas do 1T25 como “muito positivas” do lado da aviação executiva, enquanto as entregas comerciais podem ter tido um início de ano fraco devido a problemas na cadeia de suprimentos.
“Esperamos um 2025 positivo em todos os segmentos da empresa daqui para frente, com a aviação comercial potencialmente postando margens e volumes mais fortes, a aviação executiva se beneficiando da forte demanda contínua e a defesa e segurança mantendo uma mistura saudável de novos pedidos de aeronaves e entregas ao longo do ano”, disseram os analistas.
O Santander tem recomendação “outperform” para os ADRs (recibos de ações) da Embraer listados nos EUA sob o ticker ERJ.
Embraer (EMBR3) e as novas tarifas de Trump
Para o Citi, apesar de as entregas de jatos da Embraer o 1T25 e o guidance para 2025 parecerem positivos, uma outra sombra deve pairar sobre a fabricante de aeronaves: as novas tarifas anunciadas por Donald Trump.
Os analistas preveem que uma taxa de 10% cobrada sobre as importações da Embraer resultaria em uma redução de 9% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), indicador usado para mensurar o potencial de geração de caixa operacional de uma empresa, estimado para 2025.
Mesmo assim, o Citi manteve classificação de compra para as ações EMBR3. Os analistas avaliam que o impacto é modesto em comparação “ao que já foi um declínio mais significativo no preço das ações devido a preocupações com tarifas”.
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