Trump dá uma banana para o mercado e anuncia mais tarifas: bolsa de NY volta a cair e leva o Ibovespa
O presidente norte-americano usou a rede social Truth Social para anunciar tarifas totais de 50% sobre o aço e o alumínio do Canadá. Seis horas depois, voltou atrás — mas foi por um bom motivo

Há quem diga que a perseverança é fruto da convicção e a teimosia é fruto da arrogância. No caso de Donald Trump, ele está convicto de que o caminho para os EUA serem grandes de novo é pelas tarifas. O republicano ignorou a reação do mercado na segunda-feira (11), dobrou a aposta — e as taxas sobre o Canadá — e fez a bolsa cair de novo.
Em uma publicação na rede social Truth Social, Trump disse que as tarifas sobre aço e alumínio que incidem sobre o Canadá dobrariam de 25% para 50% a partir de quarta-feira (12).
A reação em Nova York foi imediata: o Dow Jones perdeu mais de 500 pontos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq aceleram as perdas para perto de 1%. Os três índices acabaram encerrando o dia como começaram: no vermelho. O Dow caiu 1,14%, ou 450 pontos, aos 41.433,48 pontos; o S&P 500 baixou 0,75%, aos 5.572,07 pontos; e o Nasdaq recuou 0,18%, aos 17.436,10 pontos.
Por aqui, o Ibovespa — depois de renovar mínima do dia, aos 122.635,62 pontos — fechou com baixa de 0,81%, aos 123.507,35 pontos. Vale lembrar que amanhã (12), as tarifas dos EUA sobre o aço brasileiro entram em vigor.
Na segunda-feira (10), o Nasdaq teve o pior dia desde setembro de 2022, caindo 4%. O Dow Jones, que perdeu quase 900 pontos, fechou abaixo da média móvel de 200 dias pela primeira vez desde 1º de novembro de 2023.
O movimento levou o Nasdaq ao território de correção, recuando mais de 10% em relação ao recorde estabelecido no final de 2024, enquanto o S&P 500 foi negociado cerca de 9% abaixo da máxima histórica estabelecida em fevereiro.
Leia Também
Esta é a mais recente de uma série de crescentes movimentos de política comercial que alimentam temores de uma recessão econômica nos EUA. O Seu Dinheiro detalhou o movimento dos mercados e você pode conferir aqui.
Bolsa retrata o fim do excepcionalismo dos EUA
A queda da bolsa de Nova York levou o Citi a rebaixar a recomendação para as ações norte-americanas de compra para neutro.
O banco norte-americano aponta para uma "pausa no excepcionalismo dos EUA" como o motivo.
O Citi se junta a um dos maiores fundos de hedge do mundo, que fez uma previsão alarmante na semana passada sobre os efeitos da política comercial de Trump sobre os mercados.
Em carta, os gestores do Bridgewater Associates, do bilionário Ray Dalio, compararam o ambiente de transformação atual da bolsa norte-americana à crise financeira de 2008 e aos eventos ligados à pandemia de covid-19. Você pode conferir a carta aqui.
ONDE INVESTIR EM MARÇO: Ações, criptomoedas, pagadoras de dividendos, FIIs e BDRs para este mês
Trump não vai parar: convicção ou teimosia?
Ao explicar as tarifas totais de 50% sobre o Canadá, Trump diz que a medida responde à taxa de 25% imposta por Ontário sobre a eletricidade enviada aos EUA.
Na Truth Social, o republicano afirmou que o Canadá é "um dos países que mais aplicam tarifas no mundo" e exigiu que Ottawa elimine imediatamente a tarifa sobre produtos agrícolas norte-americanos — que varia de "250% a 390% sobre diversos produtos lácteos dos EUA", segundo ele.
"Em breve, declararei uma emergência nacional de eletricidade na área ameaçada", disse Trump, para garantir o abastecimento de energia nos EUA.
De acordo com ele, a medida permitirá que o país "aja rapidamente para aliviar a ameaça abusiva vinda do Canadá".
Além disso, Trump ameaçou "aumentar substancialmente" tarifas sobre os veículos canadenses a partir de 2 de abril, o que, segundo o presidente norte-americano, "levará ao fechamento permanente da indústria automobilística no Canadá".
Ele argumenta que "esses carros podem ser facilmente fabricados nos EUA".
Ainda na mesma publicação, Trump afirmou que o Canadá "paga muito pouco pela segurança nacional, contando com os EUA para proteção militar".
O presidente norte-americano voltou a insinuar uma eventual anexação do país, sugerindo que a única solução seria que o Canadá se tornasse "nosso querido 51º primeiro Estado".
Segundo ele, isso eliminaria tarifas e "todos os outros problemas", além de reduzir impostos para os canadenses e reforçar a segurança militar.
- VEJA MAIS: Em entrevista ao Seu Dinheiro, especialistas do mercado apontaram os investimentos mais promissores para o mês; confira
Bolsa cai, mas pressão funciona
Depois de anunciar as tarifas em dobro sobre o Canadá, Trump falou com a imprensa. Ele foi questionado sobre o movimento dos mercados e disse que "a bolsa sobe e desce, o mais importante é reconstruir o país".
Segundo ele, a economia norte-americana não vai entrar em recessão. "A economia vai bombar", disse Trump, acrescentando que está muito otimista sobre o crescimento econômico dos EUA.
A retórica do republicano parece ter funcionado. Horas após o anúncio das tarifas, Ontário anunciou a suspensão das taxas sobre a eletricidade enviada aos EUA.
Peter Navarro, conselheiro para o Comércio da Casa Branca, entrou em cena logo depois, afirmando que os EUA não irão impor tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio canadense. Mas a Casa Branca confirmou que as taxas de 25% serão aplicadas a partir de amanhã a todos os países — inclusive para o Brasil.
Em entrevista à CNBC, Navarro foi claro ao afirmar que Trump não aceitará tarifas retaliatórias contra os EUA, reiterando que o governo continuará defendendo tarifas como parte de uma estratégia mais ampla de protecionismo.
Ele também expressou perplexidade diante da queda constante das bolsas de valores desde a posse de Trump, questionando a falta de compreensão dos mercados sobre as mudanças econômicas em curso.
"Não entendo como os mercados não conseguem ver que estamos em uma transição", disse.
*Com informações da CNBC
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista