Prio (PRIO3) divulga resultados dentro do esperado pelos analistas, mas ações caem 2%; entenda o motivo
Segundo XP e BTG, os dados que importam são o Ebitda e o fluxo de caixa livre — e ambos mostram que a empresa tem fôlego para a operação
					Os resultados da Prio (PRIO3) no primeiro trimestre do ano atenderam as expectativas, segundo os analistas. O lucro líquido cresceu 54% na comparação com o primeiro trimestre de 2024, para US$ 344,74 milhões, mesmo com uma queda da margem Ebitda, que diminuiu de 77% há um ano, para 62%.
Segundo XP e BTG, os dados que importam são o Ebitda (lucro, antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e o fluxo de caixa livre — e ambos mostram que a empresa tem fôlego para a operação.
O Ebitda ajustado da Prio foi de US$ 446,62 milhões entre janeiro e março, registrando uma pequena queda de 4% ante o mesmo período de 2024. Porém, a empresa registrou aumento de 39% em relação ao trimestre passado, impulsionada pelo aumento significativo na produção (+25% t/t) e venda (+43% t/t) após a aquisição do campo Peregrino.
- VEJA MAIS: A temporada de balanços do 1T25 começou – veja como receber análises dos resultados das empresas e recomendações de investimentos
 
O fluxo de caixa livre para o acionista foi de US$ 96 milhões (ou US$ 245 milhões excluído o capital de giro), o que o BTG considera positivo, ainda que esteja abaixo dos níveis recorrentes.
Isso porque, a alavancagem — indicador que mede a dívida líquida pelo Ebitda ajustado — segue baixa, em 1,3x.
“A empresa mantém perfil de crescimento com geração de caixa, e segue como principal escolha entre independentes de óleo e gás na América Latina”, escrevem os analistas do BTG em relatório.
Leia Também
- VEJA MAIS: Faltam menos de 30 dias para o fim do prazo da declaração; confira o passo a passo para acertar as contas com o Leão
 
As ações PRIO3 reagiram mal ao balanço, registrando queda de 2% na mínima do dia, mas devolvendo parte das perdas para -1,37% por volta das 12h05 (horário de Brasília), negociadas a R$ 36,48.
Futuro da Prio
Segundo os analistas da XP, os resultados da Prio foram sólidos, mas os investidores estão desconfiados e querem entender os detalhes da aquisição do campo de Peregrino e o desenvolvimento de Wahoo.
Na semana passada, a Prio anunciou a aquisição da participação restante de 60% e a operação de Peregrino, da multinacional Equinor. O negócio está avaliado em US$ 3,35 bilhões.
Já neste primeiro trimestre, a produção da Prio atingiu uma média de 109,3 barris diários, um aumento significativo de 25% em relação ao trimestre passado, devido à consolidação da produção de 40% de Peregrino, visto que a conclusão desta parte do acordo foi no final de 2024.
- LEIA TAMBÉM: Prio (PRIO3) pode se tornar quarta maior produtora de petróleo do Brasil após aquisição de campos
 
“Olhando para o futuro, a Prio tem um potencial de aumento significativo de produção em 2026, enquanto aguardamos a entrada em operação do Wahoo e o fechamento do Peregrino”, diz a XP.
Wahoo está em processo de licenciamento. No relatório de resultados, a administração disse que conseguiu a autorização para perfuração, o que permitiu o início das atividades. Os dois primeiros poços estão sendo perfurados simultaneamente.
“Já concluímos a primeira fase e avançamos na segunda, com conclusão prevista para maio”, diz o relatório.
Para o BTG, a aquisição dos 60% restantes de Peregrino reforça a tese de alocação eficiente de capital da Prio, pois trabalha com taxas de retorno desalavancadas próximas de 20% em dólar, mesmo sob projeções conservadoras para o preço do petróleo Brent.
“A expectativa é que a Prio ultrapasse a marca de 200 barris diários até 2026, quando deve iniciar a fase de retorno de capital aos acionistas”, dizem os analistas do BTG.
Compra, venda ou neutro?
XP, BTG e Itaú BBA têm recomendação de compra para as ações PRIO3.
O preço-alvo dos analistas varia entre R$ 56 e R$ 68, o que representa uma potencial valorização entre 55% e 89%.
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
