Ibovespa faz história e chega aos 141 mil pontos pela primeira vez na esteira dos recordes em Nova York; dólar cai a R$ 5,4050
O Ibovespa acabou terminando o dia aos 140.927,86 pontos depois de renovar recorde durante a sessão
O apetite pelo risco voltou a dar as caras na bolsa brasileira, fazendo com que o Ibovespa atingisse na manhã desta quinta-feira (3) a marca dos 141 mil pontos pela primeira vez na história e seguisse renovando máximas ao longo da tarde. O avanço acontece na esteira de recordes em Wall Street depois da divulgação do payroll.
O principal relatório de emprego nos EUA mostrou que a economia norte-americana segue forte depois de criar 147 mil vagas em junho — acima da projeção da Dow Jones de 110 mil vagas e da previsão revisada para cima de 144.000 vagas em maio. A taxa de desemprego, por sua vez, caiu para 4,1%, enquanto os economistas projetavam um aumento para 4,3%.
Depois de atingir os 141.303,83 pontos na máxima do dia, o Ibovespa terminou a sessão com alta de 1,35%, aos 140.927,86 pontos.
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No mercado de câmbio, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,4050, uma queda de 0,28%. No ano, a moeda norte-americana acumula desvalorização de 12,5% frente ao real.
Em Nova York, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram máximas intradia. Em uma sessão mais curta por conta do feriado do Dia da Independência, celebrado na sexta-feira, o S&P 500 subiu 0,83%, aos 6.27935 pontos — um novo recorde de fechamento —, enquanto o Nasdaq também cravou uma nova máxima, aos 20.601,10 pontos, com alta de 1,02%. O Dow Jones avançou 0,77%, aos 44.828,53 pontos.
Os três principais índices dos EUA terminaram a semana em território positivo. O S&P 500 e o Nasdaq ganharam 1,7% e 1,6%, respectivamente, enquanto o Dow Jones avançou 2,3% no período.
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A bolsa e os juros nos EUA
A força do payroll de junho emite um sinal de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não precisa ter pressa para cortar os juros, atualmente na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano. O comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) volta a se reunir no fim deste mês.
Os recordes da bolsa, no entanto, são patrocinados pelo alívio dos investidores com relação à saúde da economia norte-americana.
O payroll foi divulgado um dia após a ADP apresentar dados mostrando que o emprego no setor privado caiu em 33.000 no mês passado, levantando temores de que talvez a economia dos EUA estivesse começando a cambalear sob o peso das políticas de Donald Trump.
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Para André Valério, economista sênior do Inter, o resultado do payroll é mais uma evidência de que o Fed não deverá cortar a taxa de juros na próxima reunião de julho, independente da leitura de inflação a ser divulgada no próximo dia 15.
“O mercado de trabalho continua robusto, em um ambiente de difícil contratação, mas de difícil demissão, também. Os números de seguro-desemprego, por exemplo, continuam em patamar historicamente associado a um mercado de trabalho saudável, sem sinais de demissões generalizadas pela economia”, afirma.
Segundo ele, até o momento, não há sinais de impacto das tarifas comerciais sobre a economia norte-americana, “mas ainda não se pode eliminar a hipótese de que esse impacto aparecerá nos próximos meses”.
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O megaprojeto tributário de Trump
Enquanto os investidores celebraram os dados de emprego de junho, levando a bolsa a recordes, eles também seguiram de olho em Washington.
Isso porque ainda tramita no Congresso norte-americano o megaprojeto de lei tributária de Trump, que finalmente foi aprovado pelo Senado na terça-feira e, desde então, retornou à Câmara.
O projeto agora segue para votação final, após a Câmara, controlada pelos republicanos, ter apresentado a legislação nesta quinta-feira.
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