‘Cutucão’ de Trump derruba Ibovespa ao complicar negociações com o Brasil; dólar cai a R$ 5,5199
O principal índice de ações da bolsa brasileira caiu mais de 1,21%, aos 133.737 pontos, após o presidente norte-americano afirmar que “alguns países com quem não estamos nos dando bem pagarão tarifa de 50%”

O Ibovespa teve um dia difícil nesta quinta-feira (24), após mais um ‘cutucão’ do presidente dos EUA, Donald Trump, no Brasil. O índice encerrou o dia com queda de 1,21%, aos 133.737 pontos.
O motivo por trás da desvalorização foi o novo recado de Trump ao Brasil, na noite da última quarta-feira (23). O republicano afirmou que “alguns países com quem não estamos nos dando bem pagarão tarifa de 50%”. A declaração é uma citação indireta ao Brasil, o único país que recebeu uma taxa dessa magnitude até agora.
O dólar, por sua vez, chegou ao fim do pregão com queda de 0,06%, a R$ 5,5199.
Lá fora, as bolsas fecharam em alta, com exceção do Dow Jones, com os investidores digerindo os resultados financeiros das empresas no segundo trimestre. O S&P 500 e o Nasdaq avançaram 0,07% e 0,18%, respectivamente, enquanto o Dow recuou 0,70%.
- LEIA TAMBÉM: Leitores do Seu Dinheiro acessam em primeira mão análises e recomendações sobre a temporada de balanços; vai ficar de fora dessa?
Trump vs. Brasil: a queda de braço que mexe com o Ibovespa
A declaração foi vista como um complicador na negociação entre os países, apesar de Brasília estar tentando um acordo.
Isso porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia sinalizado que, embora o governo brasileiro não vá sair da mesa de negociações, a entrada em vigor da taxa de 50% em 1 de agosto deve ser considerada.
Leia Também
Enquanto endurece o tom com o Brasil, Trump segue fechando acordos com outros países. Na quarta-feira (23), o republicano se entendeu com o Japão — o que resultado na queda da tarifa de 25% para 15%.
Além disso, segundo Trump, pela primeira vez, o país asiático está permitindo que os Estados Unidos acessem seu mercado — incluindo carros, SUVs, caminhões e até produtos agrícolas, como arroz, que sempre haviam sido barrados.
O chefe da Casas Branca também mencionou que o Japão se comprometeu a adquirir bilhões de dólares em equipamentos militares e outros produtos, além de investir US$ 550 bilhões nos Estados Unidos.
Vale lembrar que no início da semana, o governo norte-americano fechou um acordo comercial com a Indonésio e outro com as Filipinas. Além disso, de acordo com o Financial Times, um entendimento com a União Europeia (UE) estava próximo.
Por que o Brasil não está conseguindo avançar nas negociações?
Até o início deste mês, o Brasil vinha se saindo praticamente ileso da guerra comercial liderada por Trump desde o Dia da Libertação — o País havia sido alvo de uma taxa de 10%, a menor até então.
Contudo, a situação mudou após a cúpula dos Brics (grupo de países emergentes liderados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que aconteceu entre os dias 6 e 7 de julho.
“Trump foi criticado de forma indireta. Durante o encontro, os líderes do bloco condenaram o ataque ao Irã e a prática de tarifas retaliatórias. Existe também a intenção, por parte da Dilma [Rousseff, presidente do banco dos Brics], de usar uma moeda comum além do dólar. E isso Trump falou que não vai aceitar”, explica o professor Roberto Dumas Damas.
Logo em seguida, no dia 9 de julho, o governo dos EUA anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos importados brasileiros. Na ocasião, Trump não apresentou justificativas econômicas, mas sim políticas para a taxação. Vale lembrar que a balança comercial entre os dois países é deficitária para o Brasil.
Naquele momento, a ofensiva de Trump se concentrava principalmente em países com superávit comercial com os EUA, que o republicano considerava responsáveis pelos desequilíbrios comerciais norte-americanos.
No caso do Brasil, o presidente norte-americano citou o tratamento dado pela justiça brasileira ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a regulamentação das redes sociais em curso por aqui como os motivos por trás da taxação.
Na visão de Dumas Damas, o posicionamento de Trump representa uma interferência na soberania do Brasil. “Ele usou um lado político, que de política econômica não tem nada”, afirma.
Investidores penalizam os FIIs IRDM11 e IRIM11 após anúncio de incorporação. Mas a operação é realmente ruim? O BB Investimentos responde
Apesar de os investidores já indicarem que a incorporação não conquistou seus corações, o BB Investimentos vê vantagens
S&P 500 e Nasdaq renovam recordes; Ibovespa sobe 0,99% e dólar cai a R$ 5,5230 com acordos de Trump
A bola vez é o acordo com a União Europeia, que está prestes a ser fechado nos mesmos moldes do pacto com o Japão
FII Pátria Logística (PATL11) anima cotistas com nova locação de imóvel para a Nissan; entenda o impacto da operação
A fabricante de automóveis japonesa vai ocupar módulos de um galpão localizado em Itatiaia, no Rio de Janeiro
Banco do Brasil (BBAS3) decide trocar a liderança do agronegócio em meio a perspectivas desanimadoras para o balanço do 2T25
O banco anunciou a indicação de Gilson Alceu Bittencourt para o cargo de novo vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar
Gol (GOLL54) recebeu prazo extra da B3 para se adequar às regras de ações em circulação
Com a prorrogação, a companhia aérea tem até 2027 para se adaptar às regras do Novo Mercado da bolsa brasileira
S&P 500 faz história (de novo), mas Ibovespa não acompanha; dólar sobe a R$ 5,5670
Esse é o 11º fechamento recorde em 2025 do índice mais amplo de Nova York; confira o que mexeu com a bolsa lá fora e aqui nesta terça-feira (22)
RBRF11 dirá adeus à B3? RBR Asset quer incorporar o FII a outro fundo imobiliário multiestratégia; entenda a operação
Segundo a CVM, a transação envolve conflito de interesses por parte dos dois fundos, já que pertencem ao mesmo grupo
Tempos de vacas magras para os investidores do Banco do Brasil (BBAS3)? BB deve depositar menos dividendos na conta dos acionistas, prevê BofA
Para os analistas, as despesas elevadas do Banco do Brasil com provisões contra calotes deverão pressionar o lucro líquido no 2T25; entenda o que isso significa
Imóvel de FII entra na mira da prefeitura do Rio e está em vias de ser desapropriado; entenda os riscos para o setor
Em publicação no Diário Oficial, a área foi definida como de utilidade pública, mas ainda há medidas jurídicas cabíveis para o FII
S&P 500 e Nasdaq batem recorde, dólar cai a R$ 5,5650 e Ibovespa sobe 0,59%; saiba quem liderou ganhos
Temporada de balanços aquece Nova York. No Brasil, papéis do setor de saúde, de commodities e de varejo movimentaram o pregão desta segunda-feira (21)
Vale (VALE3), CSN Mineração (CMIN3), Gerdau (GGBR4) e mais: megaprojeto chinês chega à B3 e altas passam de 5%
Maior hidrelétrica do mundo anunciada na China impulsiona minério de ferro e anima bolsa brasileira
Afinal, de onde vêm os problemas do Banco do Brasil (BBAS3) no agronegócio — e o que esperar no próximo balanço?
O BTG Pactual trouxe algumas respostas após um encontro com a diretoria do banco e revelou o que espera do resultado do 2T25; confira
Gringos sacam bilhões da B3 em julho, mas saldo anual segue forte. O que isso diz sobre o Ibovespa?
Investidores estrangeiros buscam oportunidades em setores específicos da Bolsa, e locais podem estar indo pelo mesmo caminho
Braskem (BRKM5) derrete 15% e Pão de Açúcar (PCAR3) dispara 12%: o que movimentou o Ibovespa na semana
Tensões entre Brasil e EUA, retomada do decreto do IOF pelo Supremo e dados econômicos mexeram com o Ibovespa, que fechou a semana com queda de 2%, a 133 mil pontos
Mesmo com Trump, a bolsa brasileira pode viver um rali que não é visto há muito tempo, diz CEO da AZ Quest. O que falta para o bull market na B3?
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Walter Maciel revela por que a bolsa brasileira pode estar à beira de um dos maiores ralis da história — e boa parte do mercado ainda nem se deu conta disso
Ações do Santander (SANB11) caem forte na B3 com sinal amarelo de analistas. O que esperar do balanço do 2T25?
Para o Citi, o Santander terá um crescimento tímido da carteira de crédito, além de pressão na margem financeira e tendências mistas de despesas. Saiba o que fazer com as ações
Quem entra e quem sai do Ibovespa em setembro? Confira as projeções do Itaú BBA
Banco detalha movimentações esperadas para o principal índice da B3, com novas inclusões, saídas e mudanças de peso
Por que o Itaú (ITUB4) continua como top pick do BTG mesmo depois que alguns investidores se desanimaram com a ação
Enquanto o Itaú vivencia uma nova onda de preocupações entre os investidores, o BTG decidiu manter recomendação de compra para ações; entenda
O excepcionalismo americano não morreu e três gestores dão as razões para investir na bolsa dos EUA agora
Nicholas McCarthy, do Itaú; Daniel Haddad, da Avenue; e Meera Pandit, do JP Morgan, indicam os caminhos para uma carteira de investimentos equilibrada em um momento de incertezas provocadas pelas tarifas de Trump, guerras na Europa e o DeepSeek da China
IRDM11 vai sair da bolsa? Fundo imobiliário quer incorporar Iridium Recebíveis ao portfólio
O FII possui exposição a títulos do mercado imobiliário que deram dor de cabeça para os investidores nos últimos anos