Javier Milei conseguiu avanços na Argentina, mas catalisadores de curto prazo acabaram — esta analista revela o que ainda pode ser feito
Em um relatório publicado na última quarta-feira (3), a analista Sofia Ordonez, do BTG Pactual, destaca que o ritmo de ajustes econômicos na Argentina perdeu vapor

O presidente da Argentina, Javier Milei, completou recentemente seis meses à frente da Casa Rosada, no comando da segunda maior economia da América do Sul. E, para um país que era considerado praticamente “ingovernável” e “quebrado”, até que o ultraliberal obteve avanços — com efeitos colaterais.
O país registrou os primeiros superávits em meses sob a gestão de Milei e a inflação voltou a registrar progressos mais comedidos. A joia da coroa da gestão do ultraliberal foi a aprovação da Ley de Bases, também chamada de Ley Ômnibus, uma série de medidas de desregulamentação da economia argentina.
Porém, os críticos do presidente apontam que esses números contrastam com uma queda significativa da atividade econômica, além de índices de pobreza na Argentina que ultrapassam os 50% da população.
Além disso, ainda que houvesse muito que ser feito no país, como explicou o analista da Empiricus, Matheus Spiess, em um episódio do Touros e Ursos, o podcast do Seu Dinheiro, os ganhos até agora podem ter chegado ao seu limite.
Em relatório publicado na quarta-feira (3), a analista Sofia Ordonez, do BTG Pactual, destaca que o ritmo de ajustes econômicos na Argentina perdeu vapor e que não há maiores gatilhos de curto prazo para ficar otimista com o país.
- AÇÃO DO MILEI? Esta ação brasileira pode disparar com possíveis decisões do presidente da Argentina. E este nem é o único gatilho. Clique aqui para conferir o nome da ação gratuitamente.
Argentina e Javier Milei: o que ainda pode ser feito?
“Acreditamos que ainda haja valorização potencial para a Argentina sob um cenário favorável, mas a maioria dos catalisadores positivos de curto prazo já se concretizaram, e o próximo grande marco, a retirada dos controles cambiais, ainda parece distante”, escreve Ordonez, em referência à suspensão do cepo cambial no país.
Leia Também
Porto (in)seguro? Ouro fecha a semana com pior desempenho em seis meses; entenda o que está por trás da desvalorização
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Voltando alguns passos, o chamado “cepo” cambial são várias restrições para a compra de dólares para evitar uma maior desvalorização do peso argentino.
O termo começou a ser usado em 2011, no início do segundo mandato de Cristina Kirchner, em referência a um instrumento de tortura no qual as pessoas condenadas ficavam presas à madeira, pela cabeça e braços ou pelos pés.
Na ocasião, as restrições começaram como uma maneira forçada de fazer a economia argentina reter dólares e evitar a saída em massa da moeda norte-americana.
Agora, Milei busca primeiro sanar o balanço do Banco Central da República da Argentina (BCRA) antes de retirar as restrições. O objetivo está longe, mas houve uma melhora significativa nas contas do BC do país.
Para a analista do BTG, esse seria o próximo “grande passo” da Argentina no seu plano de fazer a roda da economia voltar a girar.
“Segunda etapa” em andamento
Em uma coletiva na última sexta-feira (28), o ministro da Economia, Luis “Toto” Caputo, anunciou que estava colocando de pé a “fase dois” do plano de estabilização, que envolve a eliminação dos passivos do Banco Central da Argentina (BCRA) por meio de troca pela dívida do Tesouro.
As medidas provocaram desconforto entre os investidores e acabaram fazendo o dólar blue, a cotação paralela da moeda norte-americana, bater novos recordes.
Vale lembrar que a Argentina vem fazendo uma substituição de seus títulos da dívida em pesos por aqueles em dólar, com prazos que vão até 2028.
Esse cenário poderia levar o governo a estar um passo mais perto da “fase três” do programa de estabilização: a eliminação do cepo cambial.
“Mesmo assim”, pondera Ordonez, nenhum cronograma foi fornecido para quando as restrições poderiam começar a ser suspensas”, explica.
Petrobras (PETR4) paga menos dividendos e até o governo ficou com o bolso mais leve — valor menor pode dificultar a vida de Lula
Como maior acionista da Petrobras, até mesmo o governo federal viu a distribuição de lucros cair, o que pode pressionar ainda mais as contas públicas
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo
Ibovespa dispara quase 3 mil pontos com duplo recorde; dólar cai mais de 1% e fecha no menor patamar em sete meses, a R$ 5,60
A moeda norte-americana recuou 1,32% e terminou a terça-feira (13) cotada a R$ 5,6087, enquanto o Ibovespa subiu 1,74% e encerrou o dia aos 138.963 pontos; minério de ferro avançou na China e CPI dos EUA veio em linha com projetado
Agenda econômica: Fim da temporada de balanços do 1T25 e divulgação de PIBs globais movimentam a semana
Além dos últimos resultados da temporada, que incluem os balanços de BTG Pactual, Petrobras, Banco do Brasil e Nubank, a agenda traz a ata do Copom e dados do PIB na Europa e no Japão
Ibovespa rompe máxima e garante ganhos no mês: o que o investidor pode esperar para a semana na bolsa
Confira também quais foram os vencedores e perdedores dos últimos cinco dias e como foi o comportamento do dólar no período
Todo cuidado é pouco: bolsa pode não estar tão barata como parece — saiba por que gestor faz esse alerta agora
Para André Lion, sócio da Ibiuna Investimentos, é difícil dizer se a valorização do Ibovespa, observada até agora, continuará
Como vai funcionar o ressarcimento após a fraude do INSS: governo detalha plano enquanto tenta preservar a imagem de Lula
O presidente do INSS, Gilberto Waller, informou que o órgão deve notificar prejudicados na próxima terça-feira (13), mas a data de início dos pagamentos ainda segue pendente
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal
Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil
Um recado para Galípolo: Analistas reduzem projeções para a Selic e a inflação no fim de 2025 na semana do Copom
Estimativa para a taxa de juros no fim de 2025 estava em 15,00% desde o início do ano; agora, às vésperas do Copom de maio, ela aparece em 14,75%
Trump descarta demissão de Powell, mas pressiona por corte de juros — e manda recado aos consumidores dos EUA
Em entrevista, Trump afirmou que os EUA ficariam “bem” no caso de uma recessão de curto prazo e que Powell não reduziu juros ainda porque “não é fã” do republicano
Semana mais curta teve ganhos para a Bolsa brasileira e o real; veja como foram os últimos dias para Ibovespa e dólar
O destaque da semana que vem são as reuniões dos comitês de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos para decidir sobre as taxas de juros dos seus países, na chamada “Super Quarta”
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Depois de lambermos a lona no início de janeiro, a realidade acabou se mostrando um pouco mais piedosa com o Kit Brasil
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Governo confirma 2ª edição do “Enem dos concursos” com mais de 3 mil vagas; inscrições acontecem em julho
O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) amplia oferta de vagas federais com foco em democratização, inovação e fortalecimento da máquina pública
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Haddad prepara investida para atrair investimentos em data centers no Brasil; confira as propostas
Parte crucial do processamento de dados, data centers são infraestruturas que concentram toda a tecnologia de computação em nuvem e o ministro da Fazenda quer colocar o Brasil no radar das empresas de tecnologias
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA