Pronta para decolar? Gol (GOLL4) anuncia acordo com o grupo Abra e projeta sair da recuperação judicial em 2025
A companhia aérea está sob processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde janeiro deste ano no âmbito do Capítulo 11 da lei norte-americana de falências
					Dez meses após entrar em recuperação judicial, a Gol (GOLL4) estará pronta para "decolar" de novo em breve. Isso porque a companhia aérea e o grupo Abra, seu controlador, anunciaram nesta quarta-feira (6) um acordo de apoio ao plano de reestruturação no contexto da recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Gol disse que vai apresentar um plano de reorganização que permitirá uma “significativa redução da alavancagem” da companhia.
A empresa aérea prevê a conversão em ações ou extinção de até US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 10,4 bilhões) em dívidas anteriores ao procedimento do Capítulo 11 (Chapter 11) da lei norte-americana de falências, e até US$ 850 milhões em outras obrigações.
O grupo Abra declarou créditos de R$ 2,8 bilhões (R$ 17,1 bilhões) e concordou em receber US$ 950 milhões (R$ 5,8 bilhões) em novas ações, além de US$ 850 milhões em dívidas reestruturadas.
Dessa dívida reestruturada, US$ 250 milhões (R$ 1,53 bilhão) serão convertidos em novas ações da Gol a partir de 30 meses após a conclusão do processo de recuperação judicial.
Leia Também
Credores receberão novas ações
Já os credores da Gol também devem receber novas ações avaliadas em até US$ 235 milhões (R$ 1,44 bilhão) — valor que pode aumentar a depender da resolução das pendências envolvendo a companhia.
Além disso, a companhia ainda pode captar até US$ 1,85 bilhão (R$ 11,3 bilhões) em um novo capital, na forma de uma linha de crédito de saída no Chapter 11.
O objetivo do aumento de capital é quitar o Debtor-in-Possession (Financiamento DIP) — um mecanismo financeiro para processos de recuperação judicial que permite à empresa continuar operando enquanto reestrutura suas dívidas.
A Gol espera apresentar seu plano de reorganização no procedimento de Chapter 11 até o final deste ano e projeta sua saída do processo até o final de abril de 2025.
"Chegar a este acordo é mais um passo importante em nossos esforços para fortalecer nossa posição financeira e impulsionar o sucesso de longo prazo da GOL", disse Celso Ferrer, CEO da Gol, no comunicado. “Com este acordo, temos a maior parte dos principais termos do nosso plano de reestruturação definido”.
- Temporada de balanços: fique por dentro dos resultados e análises mais importantes para o seu bolso com a cobertura exclusiva do Seu Dinheiro; acesse aqui gratuitamente
 
Ações da Gol (GOLL4) reagem ao acordo
Após a divulgação do fato relevante, as ações da Gol chegaram a ter suas negociações suspensas na B3 na manhã desta quarta-feira (6), já que o acordo de reestruturação saiu com o mercado já aberto.
No entanto, o avanço no plano de recuperação judicial não foi suficiente para animar os investidores. Por volta das 12h58, os papéis GOLL4 operavam em queda de 0,89%, a R$ 1,11. No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,59%, aos 129.891,88 pontos.
A Gol está vendo suas ações derreterem desde janeiro deste ano, quando entrou em recuperação judicial. Em 2024, os papéis da companhia acumulam queda de 87%. A empresa está avaliada em R$ 467 milhões.
A recuperação judicial da Gol
Vale lembrar que as medidas fazem parte do plano financeiro da Gol para os próximos cinco anos, anunciado em maio deste ano. Para conseguir sair da recuperação judicial, a companhia aérea precisará refinanciar aproximadamente US$ 2 bilhões em dívidas.
No início deste ano, a Gol e suas subsidiárias entraram com um pedido de Chapter 11 no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.
"O Chapter 11 é um processo legal dos Estados Unidos utilizado pelas empresas para levantar capital, reestruturar as finanças e fortalecer operações comerciais no longo prazo, enquanto continuam a operar normalmente", explicou a empresa, à época do comunicado.
Entre os credores da Gol está o Bank of New York Mellon, que é custodiante de notas seniores da empresa, e tem créditos de cerca de R$ 2,6 bilhões. A lista conta ainda com com o Ministério da Fazenda, Aeronáutica, Vibra, Banco do Brasil e Localiza.
Desde que entrou com o pedido de proteção no âmbito da recuperação judicial nos Estados Unidos, a Gol obteve o Financiamento DIP no valor de US$ 1 bilhão.
Segundo a companhia, este financiamento, junto com aproximadamente US$ 375 milhões em novos créditos, proporcionou à empresa a liquidez necessária para reinvestir em sua frota de aeronaves e recuperar uma capacidade operacional adequada.
Grupo Toky (TOKY3) quer reduzir a dívida com aumento de capital — mas ainda falta o aval dos acionistas; entenda o que está em jogo
Após concluídas, as operações devem reduzir as dívidas da empresa dona das marcas Tok&Stok e Mobly em aproximadamente R$ 212 milhões
Renault anuncia que grupo chinês Geely, dono da Volvo, comprará 26,4% da sua operação no Brasil, com fortalecimento das montadoras chinesas no país
A Renault do Brasil ficará responsável por distribuir o portfólio elétrico e híbrido da Geely no país, abrindo novas oportunidades em vendas, financiamento e serviços
Ele serve café, limpa janelas e aprende sozinho: robô do futuro entra em pré-venda, mas ainda sem previsão de chegar ao Brasil
Após quase uma década de desenvolvimento, empresa de robótica 1X lança o humanoide Neo, capaz de realizar tarefas domésticas e aprender com o tempo
EMBR3 vai ‘sumir’ da B3 hoje. Entenda o que acontece com as ações da Embraer nesta segunda-feira
A Embraer estreia nesta sessão os novos códigos de negociação nas bolsas do Brasil e dos EUA; veja como ficam os novos tickers
O que a Raízen (RAIZ4) pretende consolidar com a reorganização societária recém-aprovada pelos acionistas
Primeira etapa do plano aprovado por unanimidade envolve a cisão parcial da Bioenergia Barra, cuja parcela patrimonial será incorporada pela Raízen Energia
Azul (AZUL4) anuncia acordo global com credores e apresenta plano revisado de reestruturação
Azul (AZUL4) qualifica acordo com credores como um passo significativo no âmbito do processo de recuperação judicial iniciado em julho nos Estados Unidos
Reorganização na Porto Seguro (PSSA3) abrange incorporação de empresas e acordo com o BTG Pactual
Em fato relevante, Porto Seguro (PSSA3) afirma que objetivo de reorganização interna aprovada ontem em assembleia extraordinária é simplificar sua estrutura de negócios
Por que o BB Investimentos resolveu cortar o preço-alvo da MRV (MRVE3) às vésperas do balanço do terceiro trimestre?
Segundo analistas do banco, a base forte de comparação com o terceiro trimestre do ano passado é um elemento por trás na revisão do preço-alvo; recomendação ainda é de compra
Zuckerberg sai do top 3 e vê Bezos e Page ultrapassarem sua fortuna
A fortuna do criador do Facebook encolheu R$ 157 bilhões em um único dia, abrindo espaço para Jeff Bezos e Larry Page no pódio dos bilionários
Lemann, cerveja e futebol: Dona da Ambev desbanca a Heineken e fatura a Champions League
AB InBev vai substituir a Heineken como patrocinadora do principal campeonato de futebol da Europa por € 200 milhões por ano
“Se o investidor acredita no minério acima de US$ 100, melhor se posicionar nas ações”. Por que o CEO e o CFO da Vale (VALE3) veem oportunidade agora?
A declaração tem respaldo no desempenho operacional da Vale — mas não só nele; descubra o que está por trás o otimismo dos executivos com a ação da mineradora neste momento
A lição deixada pelo ataque cibernético que parou a linha de montagem da Jaguar Land Rover
Maior fabricante automotiva do Reino Unido não produziu nenhum veículo em setembro devido a ataque cibernético
“É provável que tenhamos dividendos extraordinários em breve”, diz executivo da Vale — eis o que precisa acontecer para isso
Após desempenho operacional e financeiro considerados robustos no terceiro trimestre, o CFO Marcelo Bacci e o CEO Gustavo Pimenta dizem se a compra bilionária de debêntures e se a tributação de dividendos podem afetar a distribuição dos proventos da mineradora daqui para frente
Cade dá o sinal verde para que BTG e Perfin injetem R$ 10 bilhões na Cosan (CSNA3) por meio da subscrição de ações
Com aval do Cade, Cosan se aproxima do aporte bilionário de BTG e Perfin e busca aliviar a pressão financeira
Raízen (RAIZ4) na corda bamba: Moody’s coloca nota de crédito sob revisão; veja motivos
A agência afirma que a análise da revisão da Raízen se concentrará em iniciativas que possam potencialmente contribuir para uma melhoria na estrutura de capital da empresa
Ata da Ambipar (AMBP3) contradiz versão oficial e expõe aval do conselho a operações com Deutsche Bank antes da crise
Documento não divulgado à CVM mostra que o conselho da Ambipar aprovou os contratos de swap com o Deutsche Bank; entenda
Gerdau (GGBR4) vai pagar mais de meio bilhão de reais em dividendos mesmo com queda de 24% do lucro
Metalúrgica Gerdau também anunciou a distribuição de proventos aos acionistas, equivalentes a R$ 0,19 por ação, totalizando R$ 188,8 milhões; confira os prazos
Netflix mais barata na bolsa: gigante do streaming desdobrará ações proporção de 10 para 1 em operação questionada por Warren Buffett
O megainvestidor é famoso por se recusar a desdobrar as ações da Berkshire Hathaway e criou uma classe de ações “B” com preços mais modestos
Rebatizado: Banco Central autoriza BlueBank a readotar o nome Letsbank após mudança feita em março, quando passou à gestão de Maurício Quadrado
A autorização vem na esteira da decisão do BC que rejeitou a transferência de controle do BlueBank para Quadrado e vetou a venda do grupo Master ao BRB
Vale (VALE3) bate projeção com lucro de US$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre; confira os números da mineradora
A estimativa da Bloomberg indicava para queda do lucro líquido entre julho e setembro e um crescimento mais tímido da receita no período; ADRs sobem no after hours em Nova York
