Direcional (DIRR3) ou MRV (MRVE3): veja qual das duas entregou o melhor balanço no segundo trimestre — e qual a recomendação para as ações
A Direcional cumpriu com as expectativas e teve um balanço considerado forte, enquanto a MRV entregou números classificados como “mistos”
Duas das maiores incorporadoras de baixa renda brasileiras, conhecidas pela atuação dentro do programa Minha Casa Minha Vida e com ações listadas na bolsa brasileira, divulgaram o balanço do segundo trimestre na noite de ontem: Direcional (DIRR3) e MRV (MRVE3).
Mas apenas uma delas conseguiu convencer completamente com a performance financeira do período e é uma unanimidade entre os analistas das principais casas e bancos de investimentos.
- Os balanços do 2T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
A Direcional cumpriu com as expectativas e teve um balanço considerado forte, enquanto a MRV entregou números classificados como “mistos” — com um desempenho operacional bom ofuscado pelas despesas mais altas.
A performance das ações reflete a avaliação dos analistas: por volta das 11h30, os papéis MRVE3 recuavam 2,5% e registravam uma das maiores quedas da bolsa nesta terça-feira (13), enquanto DIRR3 avançava 1,6%.
Confira abaixo os destaques da cada uma das incorporadoras e a recomendação para as ações.
MRV (MRVE3) dá prejuízo no segundo trimestre
A MRV&Co teve um prejuízo líquido de R$ 71 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 181 milhões reportado no mesmo período do ano passado.
Leia Também
Já no critério ajustado, o resultado ficou positivo em R$ 29 milhões, alta de 60% na mesma base de comparação e acima das previsões da XP.
De acordo com a corretora, o número foi impulsionado pelo crescimento dos ganhos com a MRV Incorporação — divisão brasileira que inclui o MCMV e a Sensia — e com a Luggo, focada em imóveis residenciais para locação.
Por outro lado, a Resia, incorporadora norte-americana da MRV, pesou no resultado com um prejuízo líquido de R$ 61 milhões, acima do prejuízo de R$ 44 milhões reportado no trimestre imediatamente anterior.
A operação nos Estados Unidos é justamente um dos pontos de atenção para a XP. De acordo com a corretora, o lucro líquido da Resia deve continuar fraco pois é impactado por um cenário ainda incerto para as vendas do portfólio nos EUA.
Ainda assim, os analistas afirmam que os resultados da MRV foram “levemente positivos” graças ao “sólido desempenho operacional, crescimento positivo da receita e uma margem bruta que continua em recuperação”.
- Receba em primeira mão as análises dos balanços do 2T24. Clique aqui e acesse relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research.
É hora de comprar as ações MRVE3?
O BTG Pactual também analisou o balanço e reconhece que a virada financeira da MRV está demorando mais que o previsto, mas afirma que há sinais de melhora.
“Embora a Resia esteja lutando para vender o estoque, os projetos estão bem locados, então a empresa provavelmente irá vendê-los e gerar caixa assim que o mercado melhorar”, destacam os analistas. O BTG recomenda compra para a MRV, com preço-alvo de R$ 17 por ação.
O Goldman Sachs, por outro lado, optou por manter a recomendação neutra para os papéis e o preço-alvo de R$ 8,50. “Vemos a criação de valor futuro impulsionada pela desalavancagem, algo desafiador dados os desafios contínuos em torno da geração de caixa”, diz o banco de investimentos.
Direcional (DIRR3) quebra recorde no 2T24
Já a Direcional reportou um lucro líquido de R$ 146 milhões no segundo trimestre, com crescimento de 50% sobre o mesmo período do ano passado e margem líquida de 17,3%.
A receita líquida também avançou 39% ante o 2T23 e atingiu os R$ 844 milhões, cifra que representa o recorde para um trimestre na companhia.
O BTG Pactual ressalta que a incorporadora conseguiu crescer as vendas ao mesmo tempo em que expandiu as margens, “o que é uma grande conquista”.
“Isso reforça que o programa Minha Casa Minha Vida nunca esteve tão forte e que a Direcional está bem posicionada para capturar essa demanda, com um banco de terrenos grande, execução impecável e alta lucratividade.”
- Bolsa barata? Veja de graça 10 ações para comprar e aproveitar o ponto de entrada, segundo analista da Empiricus
Ações DIRR3 são uma das queridinhas dos analistas
O banco de investimentos manteve a recomendação de compra para as ações DIRR3 com base no operacional e financeiro positivos. O preço-alvo é de R$ 27 por papel.
A XP também recomenda compra para a Direcional. De acordo com a corretora, a melhora no giro dos ativos deve permitir a expansão da velocidade de vendas (VSO).
“Acreditamos que a manutenção desse cenário de VSO mais forte deve impulsionar uma melhor dinâmica de geração de caixa no futuro, o que poderia continuar deixando espaço para um sólido pagamento de dividendos.”
Por fim, o Goldman Sachs também ficou com uma “impressão forte” pós-balanço da companhia e manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 33. A tese do banco é que o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) crescente da Direcional deve levar o valuation das ações a patamares ainda mais elevados.
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
