Dança das cadeiras entre Suzano (SUZB3) e Rumo (RAIL3) dá novo CEO à gigante do papel e celulose
Walter Schalka, atual presidente da Suzano, vai deixar o cargo e ser substituído pelo executivo que lidera a empresa de ferrovias e logística
Enquanto a Vale (VALE3) vive um impasse sobre a sucessão de seu CEO, uma outra gigante — do setor de papel e celulose — anunciou nesta quarta-feira (28) um novo presidente. A Suzano (SUZB3) será comandada por João Alberto Abreu, até então o executivo que liderava a Rumo (RAIL3).
Beto — como o executivo é mais conhecido no mercado — desligou-se da Rumo para substituir Walter Schalka como CEO da Suzano.
Schalka está no comando da empresa há 11 anos e deve permanecer no cargo até 1 de julho deste ano. Antes disso, em 2 de abril, os dois executivos iniciam um processo de transição que vai durar três meses.
- 10 ações para investir neste mês: veja a carteira recomendada da analista Larissa Quaresma, baixando este relatório gratuito.
Como o novo CEO encontrará a Suzano
O novo CEO chega em um momento no qual a Suzano está concluindo um ciclo de investimento de R$ 22 bilhões com projeto Cerrado.
Além disso, a nova planta de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, deve entrar em atividade ainda este ano e deve adicionar 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano à capacidade produtiva da empresa, que é atualmente de 10,9 milhões.
Em relação à saúde financeira da empresa, a Suzano divulgou também hoje o seu balanço. No quarto trimestre de 2023, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 4,515 bilhões, o que representa uma queda de 39% ante o mesmo período de 2022.
Na comparação trimestral, no entanto, a produtora de celulose conseguiu reverter o prejuízo de R$ 729 milhões apurado no intervalo anterior, decorrente do impacto negativo da desvalorização cambial.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Suzano atingiu R$ 4,505 bilhões no quarto trimestre de 2023. O valor é 45% menor na comparação anual e representa uma recuperação de 22% no intervalo trimestral.
Segundo a Suzano, o Ebitda sentiu o efeito do menor preço médio líquido da celulose em dólar (-31%), além da desvalorização de 6% do dólar médio frente ao real médio e uma elevação de 4% nas despesas administrativas, de vendas e gerais (SG&A), sobretudo por maiores despesas de vendas.
Já a receita líquida da companhia foi de R$ 10,372 bilhões no quarto trimestre de 2023, um resultado 28% mais baixo na comparação anual e 16% maior ante os três meses imediatamente anteriores.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Quem vai comandar a Rumo agora?
Com a ida de Beto para a Suzano, a Rumo encontrou uma solução “caseira” para o comando da companhia.
A renúncia do atual presidente da empresa se dará a partir de 29 de março de 2024. Seguindo o plano de sucessão da Rumo, o Conselho de Administração elegeu Pedro Marcus Lira Palma para o cargo.
Palma está na Rumo há 11 anos e ocupa desde 2020 o cargo de diretor vice-presidente comercial.
Casas Bahia (BHIA3) tem prejuízo menor no 1T24: perdas somam R$ 261 milhões no período; confira os números da varejista
A expectativa era de que a companhia registrasse um prejuízo líquido de R$ 375 milhões, segundo a média das projeções compiladas pela Bloomberg
Acordo bilionário: Rede D´Or (RDOR3) e Bradesco Seguros se unem para criar uma nova rede de hospitais
A parceria se dará à razão de 50,01% para a Rede D´Or, que será a operadora hospitalar, e 49,99% para a Atlântica, controlada indireta do Bradesco
Banco do Brasil (BBAS3): lucro atinge R$ 9,3 bilhões no 1T24 com “ajudinha” de Milei e vem acima do esperado
Lucro do Banco do Brasil aumentou 8,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado; veja os destaques do balanço
Donos da JBS (JBSS3) fecham acordo com a CVM em processo sobre supostas irregularidades na incorporação da Bertin
Donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista vão pagar R$ 15,5 milhões para encerrar processo aberto pela xerife do mercado de capitais brasileiro
Nem a Shein salva: Coteminas (CTMN4) entra com pedido de recuperação judicial para se proteger de fundo; entenda
O FIP Ordenes alega que o Grupo não cumpriu com as obrigações relacionadas às debêntures — e que, por isso, a dívida deveria ser paga imediatamente
A dona da Vivo está barata? Ação da Telefônica Brasil (VIVT3) lidera as perdas do Ibovespa; saiba se é hora de atender essa chamada
Os papéis da companhia recuam mais de 5% na bolsa brasileira nesta quarta-feira (8) e, apesar do aumento do lucro, o mercado não gostou de algumas linhas do balanço
Entenda por que dona do Outback quer sair do Brasil — e ela não é a única
Apesar de o Brasil representar 83% do faturamento internacional do Outback, gestora Bloomin’ Brands já avaliava vender as operações no país desde 2022
Mais um voo da BRF: BRFS3 dispara 12% na B3 após balanço da dona da Sadia e Perdigão no 1T24 — mas um bancão aposta que impulso tem data para acabar
BRF conseguiu reverter o prejuízo bilionário do mesmo período de 2023, para um lucro líquido de R$ 594 milhões entre janeiro e março deste ano
Mais água no chope: lucro da Ambev (ABEV3) cai no 1T24, pressionado novamente pelo “Efeito Milei” no balanço
Os volumes vendidos na América Latina ficaram 13% menores na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para a demanda na Argentina que caiu 19%
Vem mais pressão pela frente? Saiba o que esperar dos balanços da Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) no 1T24
Para a XP Investimentos, o primeiro trimestre de 2024 deve marcar mais um período fraco para o setor de varejo — mas uma das brasileiras pode se destacar positivamente
Leia Também
-
Casas Bahia (BHIA3) tem prejuízo menor no 1T24: perdas somam R$ 261 milhões no período; confira os números da varejista
-
Banco do Brasil (BBAS3): lucro atinge R$ 9,3 bilhões no 1T24 com "ajudinha" de Milei e vem acima do esperado
-
A dona da Vivo está barata? Ação da Telefônica Brasil (VIVT3) lidera as perdas do Ibovespa; saiba se é hora de atender essa chamada