Ibovespa aguarda IPCA de novembro enquanto mercado se prepara para a última reunião do Copom em 2024; Lula é internado às pressas
Lula passa por cirurgia de emergência para drenar hematoma decorrente de acidente doméstico ocorrido em outubro
Criar expectativas é humano. Controlá-las ou mitigar o impacto delas sobre nossas vidas exige um esforço muitas vezes sobre-humano.
Zerar as expectativas é missão para pessoas mais evoluídas e monges em geral.
Exagerar nas expectativas é uma receita certa para a frustração — não sem antes passar pela ansiedade, considerada um dos males do nosso século.
Como em quase tudo na vida, o segredo está no equilíbrio. É importante que o resultado esperado seja pautado pela realidade. Tudo é possível, mas nem tudo é provável.
Antes que comece a passar outra impressão, a ideia aqui não é desenvolver um manual de autoajuda.
No mercado financeiro, os preços dos ativos refletem mais as expectativas futuras dos investidores do que o momento atual.
Leia Também
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Tanto é assim que divulgações de resultados financeiros e indicadores econômicos costumam ser antecedidas por projeções.
Nas últimas semanas, chamou a atenção a reação do mercado ao pacote fiscal divulgado pelo governo. Em economês, a proposta “frustrou as expectativas”.
Em meio à reação dos investidores, o Ibovespa firmou-se abaixo dos 130 mil pontos, o dólar passou dos R$ 6 pela primeira vez na história e os juros projetados na curva futura dos DIs passaram dos 14% no ano que vem e chegaram aos 15% em 2026.
Numa situação assim, o que fazer com seus investimentos diante do pessimismo do mercado brasileiro?
A resposta a essa pergunta está na reportagem especial assinada pela Julia Wiltgen.
Enquanto isso, os investidores aguardam a divulgação do IPCA de novembro.
A expectativa dos analistas (olha ela aí de novo) é de desaceleração de 0,56% para 0,36% na comparação mensal e de aceleração de 4,76% para 4,84% na inflação acumulada em 12 meses.
Também começa nesta terça-feira a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de 2024. O resultado será conhecido amanhã. A única certa é de que os juros vão subir. Mais. Resta saber quanto.
Em tempo, a equipe do Seu Dinheiro está acompanhando a cirurgia de emergência à qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido na madrugada desta terça-feira.
Uma entrevista coletiva foi convocada para às 9h pelos médicos do Hospital Sírio-Libanês.
O que você precisa saber hoje
'SURFANDO' A SELIC
O EFEITO DO MACRO
Apostas em alta de 1 ponto na Selic dominam mercado de opções da B3 e taxas de Tesouro IPCA+ voltam a superar os 7% antes do Copom. Vale relembrar que, até a semana passada, a aposta dominante já era de que o Copom acelerasse o ritmo de aperto, mas para 0,75 ponto percentual.
ONDE INVESTIR
Até 9% acima da inflação e isento de IR: onde investir para aproveitar as altas taxas de juros da renda fixa em dezembro. BTG e Itaú BBA indicam títulos do Tesouro Direto e papéis de crédito privado incentivados com rentabilidades gordas em cenário de juros elevados no mercado.
AINDA VALE A PENA
Petrobras (PETR4) acena com dividendos fartos e Goldman Sachs diz que é hora de comprar. Nos cálculos do banco, o dividend yield (retorno de dividendos) da petroleira deve chegar a 14% em 2025 e a 12% para os próximos três anos.
NOVA MÁXIMA HISTÓRICA
Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3). A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos.
EXPECTATIVAS DESANCORADAS
Um alerta para Galípolo: Focus traz inflação de 2025 acima do teto da meta pela primeira vez e eleva projeções para a Selic e o dólar até 2027. Se as projeções se confirmarem, um dos primeiros atos de Galípolo à frente do BC será a publicação de uma carta pública para explicar o estouro do teto da meta.
CÂMBIO FAVORÁVEL
BB-BI eleva recomendação para as ações da BRF (BRFS3) e estima novo preço-alvo para 2025; veja o que está por trás do otimismo com o frigorífico. De acordo com os analistas, o papel pode chegar a R$ 33 em 2025, ante a projeção anterior de R$ 27; companhia é uma das beneficiadas pela alta do dólar.
NEGOCIAÇÃO COM CREDORES
Ação da Azul (AZUL4) sobe com expectativa de receber US$ 500 milhões em financiamento em janeiro; aérea também prevê oferta de ações milionária. Empresa concluiu discussões sobre o acordo com credores — em etapa que pode garantir o acesso da companhia a mais de R$ 3 bilhões em financiamento já no mês que vem.
COMPRAR OU VENDER
BB-BI eleva preço-alvo da Direcional (DIRR3) após balanço forte no 3T24 e cenário favorável do Minha Casa Minha Vida. Os analistas consideraram novos indicadores macroeconômicos e os resultados operacionais da Direcional no terceiro trimestre de 2024, e agora veem potencial de valorização de mais de 25% no preço das ações.
MUDANÇAS EM MATD3
Mater Dei (MATD3) quer ‘valer mais’: empresa cancela ações em tesouraria e aprova novo programa de recompra. Empresa visa “maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital”.
MUDANÇA NA ESTRUTURA
Acionistas da GetNinjas (NINJ3) aprovam nova cisão e companhia agora será dividida em três; veja o que vai mudar. Com as cisões, cada uma das três novas companhias se tornará um holding de capital aberto voltada a investir em um determinado segmento.
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Yduqs (YDUQ3) adquire faculdade de medicina por R$ 145 milhões — mas é a hora de a empresa de educação investir o caixa em aquisições? Expansão acontece logo após o balanço da Yduqs apontar um crescimento de 62,7% do lucro líquido no terceiro trimestre de 2024.
DINHEIRO NA CONTA
Dividendos e JCP: São Martinho (SMTO3) anuncia R$ 150 milhões em proventos; veja quem tem direito. Companhia do setor sucroenergético aprovou mais uma distribuição de juros sobre o capital próprio para quem estiver na base acionária em dezembro.
PROVENTOS NO FUTURO?
Fundo imobiliário KNCR11 vai pagar dividendos menores em dezembro, mas ações sobem; entenda o que anima o mercado. A diminuição da distribuição dos proventos pelo KNCR11 já era esperada pelos cotistas; o pagamento será depositado ainda nesta semana.
CRIPTOECONOMIAS
Bitcoin (BTC) estatal: quem está na frente na corrida entre países pela crescente adoção de criptomoedas no mundo. El Salvador e Butão colhem os benefícios de serem os primeiros governos a apostar no bitcoin, enquanto grandes economias ainda hesitam em confiar na tecnologia.
ORIENTE MÉDIO EM CHAMAS
Trump, Rússia, Irã e Israel: quem ganha e quem perde com a queda do regime de Assad na Síria — e as implicações para o mercado global. A cautela das autoridades ocidentais com relação ao fim de mais de 50 anos da dinastia Assad tem explicação: há muito mais em jogo do que apenas questões geopolíticas; entenda o que pode acontecer agora.
A 'CARTADA FINAL'
Ou vai, ou racha: as promessas de Xi Jinping para recuperar o fôlego da economia chinesa em 2025. Em reunião de alto escalão, líderes começam a discutir metas e prioridades para o ano que vem; durante a semana, ainda haverá outro importante evento econômico para o país.
NOVO DESTINO NA ÁSIA
Próximo destino do luxo: Louis Vuitton e Dior apostam em mercado de R$ 14 bilhões na Ásia — e não é a China. Empresas de bens de alto valor agregado estão mirando outros países e públicos em meio à crise na segunda maior economia do mundo.
MIRANDO A PRIMEIRA CLASSE
É o fim dos upgrades gratuitos? Delta quer atrair viajantes de luxo que paguem pelas passagens mais caras; veja os benefícios oferecidos. Com lounges exclusivos e menus diferenciados, companhia aérea quer oferecer experiência premium que motive o passageiro a pagar por ela.
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.