Copom unânime desfaz margem para ruídos e dá fôlego à bolsa — pelo menos em um primeiro momento
Parece contraditório, mas Ibovespa busca recuperação depois de o Copom ter decidido por unanimidade pela interrupção do ciclo de corte de juros
Os investidores amanhecem com a notícia de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) interrompeu o ciclo de alívio monetário iniciado há quase um ano.
Em decisão unânime, depois de cortar os juros por sete reuniões seguidas, o Copom manteve a taxa Selic na marca de 10,50% ao ano.
Embora juros em níveis tão restritivos quanto os atuais tendam a ser ruins para os ativos financeiros de risco mais elevado, existe a possibilidade de a decisão do Copom ajudar a bolsa a subir e o dólar a cair. Pelo menos em um primeiro momento.
Isso se deve ao fato de parte considerável da recente disparada do dólar e da alta dos juros projetados pelo mercado ser atribuída a uma desancoragem das expectativas inflacionárias.
Nesse sentido, não é tanto o nível dos juros que conta, mas a decisão unânime pela manutenção.
Isso porque ruídos recentes na comunicação do Copom abriram margem para que os participantes do mercado colocassem em xeque a credibilidade da autoridade monetária em um momento no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se prepara para indicar o sucessor de Roberto Campos Neto à frente do BC.
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Ontem, o principal índice de ações da B3 fechou em alta de 0,53%, recuperando a marca de 120 mil pontos enquanto os investidores esperavam pelo Copom.
A questão é quanto fôlego a bolsa tem para subir agora. Até porque o tom do comunicado veio duro e retomada de apetite por risco a gente só vai ver mesmo quando o Fed começar a cortar os juros nos Estados Unidos.
Por falar em EUA, Wall Street regressa de um feriado de meio de semana com os índices futuros das bolsas de Nova York sinalizando abertura em alta, na busca por novos recordes.
Ainda no exterior, o banco central suíço cortou juros pela segunda reunião seguida, o chinês manteve suas taxas inalteradas e o BC inglês tomará sua decisão de política monetária hoje pela manhã.
Mas como você vai acompanhar os efeitos desse cenário sobre seus investimentos?
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