Vale (VALE3) “está barata” e é a preferida do Santander, mas outras duas ações chamam a atenção do banco
Os papéis da mineradora estão negociados 30% abaixo da média dos seus pares; confira as companhias que tiveram as recomendações elevadas
Mesmo com a queda recente do minério de ferro na China, o Santander renovou as expectativas sobre o setor e jogou os holofotes sobre as empresas de mineração e siderurgia.
O banco mantém a preferência por minério de ferro ante o aço e elevou a estimativa do preço médio da tonelada da commodity de US$ 105 para US$ 120 até o final do ano.
Por outro lado, o Santander espera que 2024 seja um ano de altas importações de aço da China para o Brasil.
“Embora haja risco ascendente para o consumo aparente de aço no Brasil, observamos que os produtos importados continuam a ganhar participação de mercado”, escreve o analista Yuri Pereira, que assina o relatório do Santander.
Um dos motivos é o aumento das tarifas de importação do aço de, em média, 11% para 25%.
Além disso, os preços do aço devem ficar mais baixos neste ano, o que faz o Santander preferir empresas siderúrgicas mais expostas aos Estados Unidos e México versus Brasil.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
“Nossa preferência baseia-se nas expectativas de preços do minério de ferro sólido com base na forte produção de aço chinesa — com crescimento de 2% em 2024 —, o que é pessimista para os preços globais do aço”, diz Pereira.
Setor de mineração: Vale (VALE3) segue a líder
A empresa preferida não mudou. Vale (VALE3) segue como a top pick de mineração, com preço-alvo de US$ 18 para os papéis negociados em Nova York, os chamados recibos de ações (ADRs) — o que representa um potencial de valorização de quase 58% em relação ao último fechamento
A expectativa por preços mais altos do minério por “mais tempo” é um fator que contribui para a permanência da Vale como a favorita do setor — devido ao aumento dos custos marginais de cerca de US$ 100 por tonelada, na visão do Santander.
Na visão mais otimista do banco, o minério de ferro deve encerrar o ano em cerca de US$ 130 a tonelada, sendo US$ 120 a tonelada o preço médio.
Além disso, os dividendos estão na mesa. Considerando a atual política de distribuição de proventos, o Santander estima um rendimento dos dividendos (dividend yield) de 8%, o que corresponde a US$ 4,1 bilhões — além da potencial distribuição de US$ 500 milhões dividendos extraordinários, o que representa um rendimento de quase 1%.
VALE3 também está atrativa. O Santander afirma que a Vale está sendo negociada a 3,5x o valor da companhia sobre o Ebitda (EV/Ebitda), sendo 30% abaixo da média de seus pares. Por fim, o banco projeta que a expansão da dívida líquida — incluindo os compromissos de Brumadinho e Samarco — fique em torno do ponto médio da meta da Vale, entre US$ 10 bilhões e 20 bilhões.
- As melhores recomendações da Empiricus na palma da sua mão: casa de análise liberou mais de 100 relatórios gratuitos; acesse aqui
Mais uma mineradora na jogada
A mineradora, no entanto, não é a única que brilha aos olhos do banco. As cotações do minério de ferro, os dividendos e a atratividade das ações na relação EV/Ebitda também favorecem a CSN Mineração (CMIN3).
“Assumindo o preço médio do minério de ferro de US$ 120 a tonelada em 2024 e um payout de 80% do lucro líquido, estimamos um rendimento de dividendos de R$ 2,7 bilhões (rendimento de 10%) — levando em consideração o dividendo anunciado no resultado do primeiro trimestre, de R$ 1 bilhão”, afirma analista Yuri Pereira.
Dado os números, o Santander elevou a recomendação de CMIN3 de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 7,50 por ação — o que representa uma potencial valorização de 60,5% em relação ao fechamento da última quarta-feira (5).
A revisão positiva impulsionou os papéis CSN Mineração hoje na B3. As ações encerraram o pregão desta quinta-feira (6) com alta de 4,93%, a R$ 4,90. Acompanhe a cobertura de mercados.
Para o banco, a companhia está negociando a 3,7x EV/Ebitda — 8% abaixo de sua média histórica.
Outro destaque
Embora a preferência do Santander seja pelascompanhias ligadas ao minério de ferro, o banco ainda enxerga o brilho de algumas empresas do setor de alumínio.
Na revisão do setor, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) teve a recomendação elevada de neutra para compra e o preço-alvo subiu de R$ 5,50 para R$ 10 – o que representa uma potencial valorização de um pouco mais de 47% em relação ao fechamento da última quarta-feira (5).
“Somos construtivos em relação ao mercado de alumínio, pois esperamos que os preços da commodity (LME) permaneçam ‘mais altos por mais tempo’”, diz o relatório.
Nas contas do Santander, os preços da LME devem atingir US$ 2.600 a tonelada no fim deste ano, na visão mais otimista. O preço médio é de US$ 2.500 por tonelada.
“Com esses volumes mais fortes, melhores preços realizados e margens de diluição de custos fixos, esperamos que o Ebitda ajustado chegue em R$ 1,4 bilhão, 18% acima do consenso, em 2024”, escreve o analista Yuri Pereira.
- Oportunidade de lucros dolarizados, mais segurança e liberdade financeira: conheça o Plano "Investidor Global" e dê um upgrade nos seus investimentos. Clique aqui para saber como.
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa