Casas Bahia (BHIA3) despenca quase 17%, enquanto BRF (BRFS3) “brilha” e lidera os ganhos — veja o que foi destaque na bolsa na semana
Ibovespa acumula queda de mais de 1% com agenda agitada no exterior com Powell; dólar sobe a R$ 4,98
A semana foi mais uma daquelas agitada no mercado financeiro, principalmente nos Estados Unidos. O Ibovespa acompanhou o desempenho dos índices de Wall Street — mas sem deixar de repercutir o cenário doméstico.
Com a agenda mais escassa de dados econômicos, os balanços também foram destaques na bolsa brasileira.
Entre eles, os resultados do quarto trimestre de Petrobras (PETR4;PETR3), que foram acompanhados da má notícia de que a estatal não vai pagar dividendos extraordinários referentes ao período entre outubro e dezembro de 2024.
Os recursos ficaram na reserva de lucros — mas com a garantia de que não irão financiar investimentos da petroleira.
Contudo, não foi só Petrobras que trouxe cautela à bolsa brasileira. O quadro de incerteza com o cenário fiscal ganhou força com a notícia de que o governo quer discutir a revisão dos gastos públicos no Orçamento deste ano com o Congresso.
Ibovespa na esteira do exterior
Lá fora, os Estados Unidos concentraram as atenções dos investidores. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, prestou contas ao Congresso do país, como manda a lei semestralmente.
Leia Também
O chefe do Banco Central norte-americano afirmou que as taxas de juros "provavelmente" já atingiram o pico e que há espaço para corte ainda neste ano.
Na maior economia do mundo, o relatório do mercado de trabalho também reforçou as expectativas de afrouxamento monetário.
O payroll apontou a abertura de 275 mil postos de trabalho no mês passado, acima da expectativa, mas também trouxe a queda dos salários e o avanço da taxa de desemprego para 3,9%.
Além disso, a aversão ao risco foi patrocinada, em parte, pela China. A segunda maior economia do mundo manteve a meta de crescimento de 5% em 2024 e anunciou a criação de títulos ultralongos, além de novas diretrizes.
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de juros de referência de 4% ao ano na Zona do Euro, com sinalizações de que a flexibilização dos juros pode começar antes que a inflação atinja a meta de 2% ao ano.
Por fim, o Ibovespa acumulou queda de 1,63%, acumulado nos cinco pregões da semana, e encerrou aos 127.070,79 pontos.
Já o dólar comercial avançou 0,52% e fechou o última sessão a R$ 4,9811.
Confira a seguir as maiores altas e quedas do Ibovespa entre 4 e 8 de março:
Sobe do Ibovespa
Na ponta positiva do Ibovespa, as ações da BRF (BRFS3) lideraram os ganhos sem notícias recentes sobre a companhia.
O "culpado" pela forte valorização foi o banco Barclays, que levou a recomendação para os recibos de ações, os ADRs (American Depositary Receipys) da empresa, negociados em Nova York.
Em destaque, IRB Re (IRBR3) avançam mais de 10% em uma única sessão, na segunda-feira (4), após revisão positiva do BTG Pactual. O banco elevou a recomendação de venda para compra e de preço-alvo.
Cogna (COGN3) subiu depois de a XP atualizar as projeções para a companhia, que resultaram na elevação da recomendação de neutra para compra e o preço-alvo para R$ 4,20 — o que representa uma potencial valorização de 62,8% na comparação com o fechamento anterior.
Confira as dez maiores altas da semana:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VARSEM |
| BRFS3 | BRF ON | R$ 16,70 | 12,31% |
| IRBR3 | IRB Brasil ON | R$ 42,80 | 10,28% |
| NTCO3 | Natura ON | R$ 17,58 | 5,78% |
| HAPV3 | Hapvida ON | R$ 3,88 | 4,30% |
| YDUQ3 | Yduqs ON | R$ 21,33 | 3,75% |
| EMBR3 | Embraer ON | R$ 26,84 | 3,71% |
| ABEV3 | Ambev ON | R$ 12,84 | 3,22% |
| TIMS3 | Tim ON | R$ 18,95 | 2,93% |
| SUZB3 | Suzano ON | R$ 59,15 | 2,89% |
| COGN3 | Cogna ON | R$ 2,67 | 2,69% |
Desce da bolsa
Na ponta negativa, Casas Bahia (BHIA3) liderou as perdas da semana.
Com a realização, a companhia zerou os ganhos da semana anterior — quando acumulou alta acima de 16% com o anúncio do acordo com instituições financeiras para renegociar os prazos de R$ 1,5 bilhão em dívidas.
A Petrobras (PETR4;PETR3) despencou na última sexta-feira (8) e puxou o Ibovespa para o tom negativo.
O motivo: a estatal informou que não vai pagar dividendos extraordinários referentes ao período entre outubro e dezembro de 2024 e os recursos ficaram na reserva de lucros — com a garantia de que não irão financiar investimentos.
Confira as maiores quedas da semana no Ibovespa:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VARSEM |
| BHIA3 | Casas Bahia ON | R$ 8,11 | -16,56% |
| GOLL4 | Gol PN | R$ 2,21 | -13,33% |
| PETR3 | Petrobras ON | R$ 36,98 | -10,26% |
| PETR4 | Petrobras PN | R$ 36,12 | -10,10% |
| VBBR3 | VIBRA energia ON | R$ 23,93 | -10,04% |
| PCAR3 | GPA ON | R$ 3,52 | -9,28% |
| RECV3 | PetroReconcavo ON | R$ 21,37 | -8,64% |
| BRKM5 | Braskem PN | R$ 20,15 | -7,95% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 2,05 | -7,66% |
| EZTC3 | EZTEC ON | R$ 16,15 | -7,40% |
- Análises aprofundadas, relatórios e recomendações de investimentos, entrevistas com grandes players do mercado: tenha tudo isso na palma da sua mão, entrando em nossa comunidade gratuita no WhatsApp. Basta clicar aqui.
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição