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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
PAYROLL CONFUNDE, SD EXPLICA

Beco sem saída? O que o Fed vai fazer com os juros após sinais mistos do principal relatório de emprego dos EUA

As mensagens contraditórias estão vindo também dos próprios membros do BC norte-americano, que indicaram que a inflação está arrefecendo, mas não o suficiente para justificar os primeiros cortes na taxa — o Seu Dinheiro joga luz sobre o que pode acontecer agora

Carolina Gama
8 de março de 2024
13:53 - atualizado às 13:54
Jerome Powell, presidente do Fed, com efeito
Montagem com Jerome Powell, presidente do Fed - Imagem: Federal Reserve / Montagem Brenda Silva

A maior economia do mundo criou 275 mil vagas em fevereiro, superando a previsão de 198 mil da Dow Jones, mas o desemprego subiu para 3,9%. O que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai fazer agora, com números tão distintos de um dos termômetros mais importantes para os juros nos EUA?

Os salários, outro componente importante para o Fed, tiveram um aumento menor do esperado para o mês e uma desaceleração em relação ao ano anterior. Os ganhos por hora subiram 0,1% em fevereiro e subiram 4,3% em relação ao ano anterior — abaixo dos 4,5% de janeiro e das projeções de 4,4%.

As bolsas em Nova York subiram na esteira do payroll, como é conhecido o relatório de emprego nos EUA, enquanto os yields (rendimentos) do Treasury de dez anos — o título do governo norte-americano usado como referência no mercado — caiu para a casa dos 4%. 

“O payroll tem literalmente um ponto de dados para cada visão em seu espectro”, disse a estrategista-chefe de investimentos da Charles Schwab, Liz Ann Sonders. “Essas visões vão desde ‘a economia está mergulhando em recessão até ‘está tudo bem, nada para ver aqui’”, acrescentou. 

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Fed também emite sinais mistos sobre os juros

O payroll de fevereiro é divulgado em um momento no qual os mercados estão preocupados com o ritmo de crescimento da economia dos EUA — e o impacto que isso poderá ter na política monetária.

Nos últimos dias, os membros do Fed enviaram sinais contraditórios, indicando que a inflação está arrefecendo, mas não o suficiente para justificar os primeiros cortes na taxa de juros desde os primeiros dias da crise pandémica da covid-19.

O presidente do Fed, Jerome Powell, falando esta semana no Congresso, descreveu o mercado de trabalho como “relativamente aquecido”, mas em melhor equilíbrio desde os dias em que as vagas superavam o número de trabalhadores disponíveis por uma margem de 2 para 1.

Junto com isso, Powell disse que a inflação desacelerou notavelmente, embora ainda não mostre progresso suficiente de volta à meta de 2% do banco central norte-americano. 

No entanto, na quinta-feira (7), ele disse ao Comitê Bancário do Senado que o estado da economia dos EUA não deixa o Fed muito longe do momento de começar a flexibilizar a política monetária.

O que acontecerá com os juros nos EUA?

Em meio aos sinais conflitantes, os mercados reduziram as expectativas de cortes de juros. Os traders estão precificando a primeira redução em junho e não mais em março e agora calculam quatro cortes este ano, contra seis ou sete anteriormente, de acordo com dados compilados pelo CME Group.

Segundo o diretor e economista sênior da TD Economics, Thomas Feltmate, com o Fed minimizando a questão do crescimento e se concentrando mais na dinâmica de preços, o payroll acaba em segundo plano em relação aos dados de inflação da próxima semana. 

“Dito isto, o fato de o mercado de trabalho mostrar poucos sinais de deterioração apoia a ideia de que os responsáveis do Fed podem ser pacientes e continuar a monitorar os dados da inflação ao longo dos próximos meses”, disse. 

“Suspeitamos que, até julho, o Fed terá adquirido confiança suficiente de que a inflação está em uma trajetória sustentável de regresso aos 2% para justificar algum alívio nos juros”, acrescentou Feltmate. 

O economista-chefe internacional do ING, James Knightley, chama atenção não só para a forte criação de vagas em fevereiro, para os salários fracos e para o aumento do desemprego como também para as revisões em baixa dos meses anteriores. 

A abertura de postos de trabalho em dezembro foi revisto em baixa para 290.000, contra 333.000, elevando o total de dois meses para 167.000 empregos a menos do que o inicialmente reportado.

“Além disso, os indicadores avançados estão claramente enfraquecendo e parecem estar a caminho de um abrandamento. Os dados não são suficientes para o Fed relaxar a política monetária, mas acreditamos que as coisas estarão prontas para um corte de juros em junho”, diz Knightley. 

Portanto, investidor, não espere juros menores nos EUA no primeiro semestre deste ano — as chances são cada vez menores disso acontecer. Pelo menos, por enquanto. 

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