BofA eleva preço-alvo de Marfrig (MRFG3), que deve se beneficiar de dividendos da BRF (BRFS3); ação avança mais de 10% na B3
Frigorífico continua colhendo bons frutos da sua participação na BRF, que deve pagar R$ 1,8 bi em dividendos à companhia; papéis têm uma das maiores altas do Ibovespa nesta segunda (19)

A aquisição do controle da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3) poderia ser o que os anglófonos chamariam de "gift that keeps on giving". Na falta de uma expressão equivalente em português, mal traduzindo seria um "presente que continua sendo dado", isto é, algo positivo e que continua rendendo frutos ainda por muito tempo.
Apesar dos resultados mistos no segundo trimestre de 2024, a Marfrig (MRFG3) teve seu preço-alvo elevado pelo Bank of America (BofA) nesta segunda-feira (19) graças a impactos positivos da sua participação em BRF.
Também contribuiu para a melhor avaliação pelo BofA a venda de ativos para a Minerva (BEEF3) realizada no segundo semestre do ano passado e que será concluída no fim deste ano.
Assim, embora tenha reduzido sua estimativa para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) da Marfrig em 10% em 2024, o banco americano aumentou o preço-alvo da ação do frigorífico de R$ 18,50 para R$ 21,50, o que representa um potencial de valorização de mais de 30% ante o fechamento de sexta-feira (16).
Com isso, os papéis MRFG3 figuram entre as maiores altas do Ibovespa nesta segunda, avançando 10,09% por volta das 13h30, negociados a R$ 14,19. No fechamento, a alta foi de 13,19%, a R$ 14,59.
Balanço da Marfrig (MRFG3) no segundo trimestre teve margens mais fracas nos EUA e na América do Sul...
Em relatório publicado hoje, o BofA ajustou suas estimativas para a Marfrig após a divulgação do balanço do segundo trimestre.
Leia Também
Os analistas baixaram sua projeção para o Ebitda da companhia (excluindo a BRF) em 10% no ano de 2024, dadas as margens mais fracas reportadas para a unidade norte-americana US Beef no primeiro semestre, em razão do ciclo negativo do gado nos Estados Unidos, além dos preços mais altos do gado na Argentina, o que também pressionou as margens sul-americanas.
No entanto, os analistas consideraram as margens no Brasil "sólidas" e destacaram que a companhia tem sido capaz de apresentar uma performance acima da média, entregando margens cerca de dois a três pontos percentuais sobre o restante da indústria, "em razão da sua integração vertical".
"Esta é uma estratégia que a companhia está começando a implementar na América do Sul, pois pretende ter uma integração vertical de 25% em gado e já implantou R$ 2 bilhões em capital de giro no primeiro semestre de 2024", diz o relatório.
Assim, o BofA espera que esta estratégia comece a dar resultados na segunda metade deste ano (principalmente no quarto trimestre), sendo importante monitorar o impacto nas margens de curto prazo e o impacto de médio prazo na redução da volatilidade das margens.
- Vale a pena investir em Nubank (ROXO34) ou Banco Inter (INBR32)? Analista revela sua fintech preferida
...mas melhores estimativas e dividendos da BRF melhoram o endividamento da companhia
Mesmo com esses desafios, o BofA se mantém construtivo em relação à Marfrig e acredita inclusive que o desconto da holding (valor da empresa no mercado em comparação ao da soma das suas partes) tenha aumentado para 34%, contra uma média de 29% em 12 meses.
Grande parte disso se deve às boas perspectivas para a BRF. O banco já havia elevado o preço-alvo da investida da Marfrig de R$ 22 para R$ 24, o que impactou o preço-alvo da controladora positivamente em R$ 1,20 por ação.
Além disso, o BofA vê uma dívida líquida menor para a Marfrig graças a uma alavancagem mais baixa no segundo trimestre e um fluxo mais alto de dividendos provenientes da BRF. "Nós estimamos que a Marfrig deva receber um total de R$ 1,8 bilhão de dividendos da BRF em 2024-25 (R$ 2 por ação da Marfrig)", dizem os analistas.
Outro fator que deve contribuir para uma queda da dívida líquida da Marfrig de R$ 26,3 bilhões para um valor estimado em R$ 18,9 bilhões em 2025 é a entrada de caixa pela venda de ativos para a Minerva no segundo semestre do ano passado, que será concluída no fim deste ano.
Essa redução da dívida líquida, diz o banco, deve destravar valor para as ações da companhia.
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos
Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco
A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities
Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás
Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes
FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação
O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação
O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim
Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial
O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso
As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim
Ação do Assaí (ASAI3) ainda está barata mesmo após pernada em 2025? BB-BI revela se é hora de comprar
Os analistas do banco decidiram elevar o preço-alvo das ações ASAI3 para R$ 14 por ação; saiba o que fazer com os papéis
O que esperar dos mercados em 2026: juros, eleições e outros pilares vão mexer com o bolso do investidor nos próximos meses, aponta economista-chefe da Lifetime
Enquanto o cenário global se estabiliza em ritmo lento, o país surge como refúgio — mas só se esses dois fatores não saírem do trilho
Tempestade à vista para a Bolsa e o dólar: entenda o risco eleitoral que o mercado ignora
Os meses finais do ano devem marcar uma virada no tempo nos mercados, segundo Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital
FII BMLC11 leva calote da Ambipar (AMBP3) — e investidores vão sentir os impactos no bolso; cotas caem na B3
A Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado, e a crise atinge em cheio os dividendos do FII
Ouro ultrapassa o nível de US$ 4 mil pela primeira vez por causa de incertezas no cenário global; o metal vai conseguir subir mais?
Shutdown nos EUA e crise na França levam ouro a bater recorde histórico de preço
Fundos de ações e multimercados entregam 21% de retorno no ano, mas investidores ficam nos 11% da renda fixa, diz Anbima
Mesmo com rentabilidade inferior, segurança da renda fixa mantém investidores estagnados, com saídas ainda bilionárias das estratégias de risco
MXRF11 mira captação recorde com nova emissão de até R$ 1,25 bilhão
Com uma base de 1,32 milhão de cotistas e patrimônio líquido de mais de R$ 4 bilhões, o FII mira sua maior emissão
O que foi tão ruim na prévia operacional da MRV (MRVE3) para as ações estarem desabando?
Com repasses travados na Caixa e lançamentos fracos, MRV&Co (MRVE3) decepciona no terceiro trimestre