Banco Central dá ‘sobrevida’ à renda fixa? O que esperar dos juros e como ficam os investimentos depois do Copom
No podcast Touros e Ursos desta semana, a analista de renda fixa da Empiricus Lais Costa comenta o comunicado duro do Banco Central e traça as perspectivas para títulos públicos e privados daqui em diante

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) jogou água no chope do mercado financeiro na última quarta-feira (21).
Ao contrário do que esperavam os investidores, o comunicado da autoridade monetária que acompanhou a decisão de manter a Selic em 13,75% ao ano não deu qualquer sinal de que os juros começariam a ser cortados em breve.
O mercado, que esperava um início do ciclo de corte em agosto e algum norte do Copom neste sentido, se decepcionou, mas não alterou suas expectativas.
Nos preços dos ativos, essa expectativa pelo início da redução da taxa básica de juros já vem se refletindo na descompressão dos juros futuros, na valorização das ações e nos altos retornos que a renda fixa, sobretudo a prefixada, vem apresentando neste ano.
Ainda assim, nada na postura do BC tem apontado para uma queda da Selic assim tão cedo.
Isso significa então que os juros não serão reduzidos na próxima reunião do Copom? E, se assim for, quando a Selic deve começar a cair, afinal? A postura do BC dá uma sobrevida à renda fixa pós-fixada, aqueles ativos indexados à Selic e ao CDI? E os prefixados e atrelados à inflação, já deram o que tinham que dar ou ainda escondem oportunidades?
Este foi o tema do podcast Touros e Ursos desta semana, em que eu e Vinícius Pinheiro recebemos como convidada a analista da Empiricus Lais Costa, especialista em renda fixa da casa de análise. Ela comenta o comunicado duro do BC e as oportunidades na renda fixa daqui para a frente. E, assim como nós, também escolheu seu touro e urso da semana.
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