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Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
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Banco Central mantém Selic em 13,75% e sem sinais de mudança de rota imediata; veja os recados da decisão do Copom

Essa é a sétima vez consecutiva que o BC decide manter os juros. Tom do comunicado do Copom deixa pouco espaço para um corte da Selic na próxima reunião, em agosto

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
21 de junho de 2023
18:39 - atualizado às 19:24
Montagem de Roberto Campos Neto, como aviador dentro de um avião apoiando sua mão no painel do piloto. Campos Neto é presidente do Banco Central (BC), responsável pela reunião do Copom que define a Selic, a taxa básica de juros da economia | Ibovespa
Montagem de Roberto Campos Neto como aviador dentro de um avião apoiando sua mão no painel do piloto - Imagem: Montagem Andrei Morais / Wikimedia / José Dias/PR

Atenção, senhores passageiros: a taxa básica de juros segue nas alturas, e a cabine do Banco Central ainda não vê condições claras no horizonte para iniciar os procedimentos de pouso. Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic nos atuais 13,75% ao ano.

Essa é a sétima vez consecutiva que o BC resolve não mexer nos juros.

A altitude dos juros é necessária para combater a inflação, mas a economia também tem dificuldades para respirar no ar rarefeito. Vale lembrar que a Selic está no nível atual desde agosto do ano passado.

A decisão do BC comandado por Roberto Campos Neto era amplamente esperada, apesar da cobrança do governo por uma redução imediata.

Afinal, os índices de inflação cederam para dentro da meta, o projeto do arcabouço fiscal afastou o risco de descontrole das contas públicas e as expectativas do mercado para os preços diminuíram.

Mas o tom do comunicado do Copom deixa pouco espaço para um corte da Selic na próxima reunião, que acontece nos dias 1º e 2 de agosto.

Assim, o mais provável é que o governo, passageiro da primeira fila nesse voo, aumente o tom nas críticas ao piloto Roberto Campos Neto.

Os recados do Copom sobre a Selic

Da cabine de comando, os diretores do Banco Central mandaram uma série de recados no comunicado que acompanhou a decisão de manter a Selic em 13,75% ao ano. E praticamente nenhum deles sinaliza um pouso imediato da Selic:

1 - A inflação caiu, mas vai subir

A redução dos índices recentes de inflação, que ficaram abaixo do esperado, animaram o mercado, mas não comoveram o Copom.

"Não obstante o arrefecimento recente dos índices de inflação cheia ao consumidor, antecipa-se uma elevação da inflação acumulada em doze meses ao longo do segundo semestre. Ademais, diversas medidas de inflação subjacente seguem acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação."

2 - Cautela e parcimônia

A estratégia de manter os juros altos por um período prolongado vem recebendo críticas de praticamente todos os lados. Mas para o BC vem se mostrando adequada para assegurar a convergência da inflação.

"A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia. O Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas"

3 - Expectativas de inflação precisam ceder mais

O BC vem batendo na tecla de que não apenas a inflação deve cair, mas também as expectativas do mercado. Embora isso já venha acontecendo, o Copom ainda considera que não foi o suficiente para levar a um processo de queda da Selic:

"O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas."

4 - O que esperar da Selic

Ainda no comunicado, o Copom deu algumas pistas do que vai motivar as próximas decisões sobre a Selic, mas sem muita clareza:

"Os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos."

5 - BC afasta risco de alta da Selic

Para quem quiser ver o copo meio cheio, o comunicado do Copom trouxe pelo menos uma evolução. Agora, o BC não fala mais na possibilidade de subir a Selic, como ainda sinalizava na reunião de maio.

Ou seja, o corte dos juros pode até demorar um pouco mais, mas pelo menos agora é certo que a direção é uma só. Você pode ler aqui a íntegra do comunicado do Copom.

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