Powell responde à pergunta do milhão: o Fed vai finalmente cortar os juros nos EUA?
Enquanto o chefão do BC dos EUA falava, o Dow Jones seguia operando em alta, beirando os maiores níveis do ano, acompanhado de perto pelo S&P 500 e o Nasdaq — até o Ibovespa reagiu

Quem olhou para Wall Street enquanto o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, discursava nesta sexta-feira (01) imaginaria que o chefão do banco central dos EUA assinou embaixo da expectativa do mercado de corte de juros — mas se enganou.
Os principais índices da Bolsa de Valores de Nova York mantiveram a rota da abertura, com o Dow Jones beirando as máximas do ano, mesmo depois de Powell ter descartado a possibilidade de afrouxar a política monetária agora.
Apesar de uma série de indicadores positivos recentes em relação aos preços, o líder do banco central norte-americano disse que a política monetária se manterá restritiva até que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) esteja convencido de que a inflação está regressando solidamente à meta de 2%.
“Seria prematuro concluir com confiança que atingimos uma posição suficientemente restritiva, ou especular sobre quando a política poderá relaxar”, disse Powell em evento em Atlanta. “Estamos preparados para apertar ainda mais a política se for apropriado fazê-lo”, acrescentou.
Os mercados, no entanto, ignoraram as declarações do presidente do Fed dessa vez. Em Wall Street, o Dow Jones continuou operando em alta e bem próximo dos maiores níveis do ano, acompanhado de perto pelo S&P 500 e pelo Nasdaq.
Por aqui, o Ibovespa renovou máxima intradiária, enquanto o dólar atingiu as mínimas ao tocar R$ 4,8794. Acompanhe a nossa cobertura ao vivo dos mercados.
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- Leia também: A bola de cristal de Powell: Fed mantém juros no nível mais alto em mais de 20 anos como esperado — o que vem agora?
O Fed vai cortar os juros ou não?
Para o mercado, a resposta é sim. As apostas de que o Fed vai cortar os juros no primeiro trimestre de 2024 começam a ganhar força com base nos dados econômicos mais recentes.
A ferramenta FedWatch do CME Group mostra agora uma chance superior a 60% de o banco central norte-americano reduzir a taxa referencial em março. Ontem, essa probabilidade não chegava a 50%.
A possibilidade de um corte de juros vir em maio de 2024 deu um salto hoje: passou de 75,9% ontem para 89,4% agora — e esse aumento nas apostas de afrouxamento monetário nos EUA tem motivo.
Um relatório do Departamento de Comércio divulgado na quinta-feira (30) mostrou que o índice de preços para gastos pessoais (PCE, a medida preferida do Fed para a inflação) subiu 3% em base anual, enquanto o núcleo avançou 3,5% em relação ao ano anterior.
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E aí, Powell, a inflação está baixa ou não?
Apesar da desaceleração da inflação, Powell disse que os níveis atuais dos preços ainda estão “bem acima” da meta do banco central norte-americano.
Observando que a inflação registrou uma taxa anual de 2,5% nos últimos seis meses, Powell disse: “embora as leituras de inflação mais baixas dos últimos meses sejam bem-vindas, esse progresso deve continuar se quisermos atingir o nosso objetivo de 2%”.
Depois de a inflação ter atingido o nível mais elevado desde o início da década de 1980, o Fed promoveu uma série de 11 elevações dos juros, que estão atualmente no patamar mais altos dos últimos 22 anos, em intervalo de 5,25% a 5,5%.
Nas duas últimas reuniões, o Fomc manteve os juros inalterados e vários dirigentes do Fed indicaram que a taxa referencial está perto de onde deveria estar.
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