Biden em Israel: o saldo da visita do presidente dos EUA a Tel Aviv e o recado a um antigo inimigo
O chefe da maior economia do mundo chegou a Tel Aviv horas depois de um ataque a um hospital em Gaza com a missão de não deixar a conflito ganhar ainda mais corpo

O presidente dos EUA, Joe Biden, encarou o fogo cruzado em Gaza para fazer uma viagem a Israel — o momento não era nada propício em termos de segurança, mas a visita ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não foi à toa.
Muito mais do que apoiar firmemente um antigo aliado e garantir um acordo que permita a entrada de ajuda humanitária na faixa sitiada, a presença de Biden em Tel Aviv nesta quarta-feira (18) mandou um recado claro ao Irã.
Inimigo declarado dos EUA — e de Israel — e financiador do Hamas e do Hezbollah — Teerã é a porta que pode levar o conflito em Gaza a níveis — e prejuízos globais — incalculáveis.
O país do aiatolá Ali Khamenei é um dos principais produtores de petróleo da região e o envolvimento direto no conflito tem reflexos diretos para a economia global, sem contar nos efeitos geopolíticos.
O Seu Dinheiro preparou um material no início do conflito sobre esse assunto.
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Biden tem razão para se preocupar
Assim que o Hamas realizou o ataque a Israel, em 7 de outubro, o Irã parabenizou o grupo pelo feito que já deixou milhares de mortos e feridos.
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Na terça-feira (17) foi a vez de Khamenei descrever o ataque de Israel a Gaza como um genocídio dos palestinos e afirmar que a contraofensiva deve parar imediatamente.
Nesta quarta-feira (18), um alto comandante da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC) - a principal força militar do país — fez o alerta que mais chamou atenção: novas ações por parte de grupos militantes apoiados por Teerã podem acontecer se Israel não cessar os ataques.
Para completar, Biden sofre uma pressão interna sobre o Irã. Legisladores democratas e republicanos querem punir o Irã após o ataque do Hamas a Israel.
Hoje, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra 11 indivíduos, oito entidades e um navio baseados no Irã, em Hong Kong, na China e na Venezuela, que estão "permitindo os programas desestabilizadores de mísseis balísticos e de veículos aéreos não tripulados (UAV, na sigla em inglês) do Irã.
Mas, ainda assim, o presidente norte-americano sabe que qualquer medida mais dramática contra Teerã pode intensificar o conflito regional — e restringir as vendas de petróleo iraniano poderá fazer disparar os preços globais antes das eleições presidenciais do próximo ano.
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O apoio dos EUA a Israel
A visita de Biden a Israel aconteceu no momento em que um hospital foi atacado em Gaza, deixando centenas de mortos. Israelenses e o Hamas trocam acusações sobre a responsabilidade desse ataque.
Em encontro com Netanyahu, o presidente dos EUA disse que, pelo observado por ele, a explosão do hospital Ahli Arab, em Gaza, parece, nas suas palavras, ter sido "obra do outro lado".
"O grupo terrorista Hamas massacrou, como foi apontado, mais de 1.300 pessoas e não é exagero sugerir que foram massacrados, massacrados — incluindo 31 norte-americanos — e que fizeram reféns muitas pessoas, incluindo crianças", disse Biden.
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Por isso, como era esperado, Biden reforçou o apoio dos EUA a Israel. “Continuaremos a trabalhar com vocês e com parceiros em toda a região para evitar mais tragédias envolvendo civis inocentes”, disse Biden, classificando o ataque do Hamas como “brutal, desumano, quase inacreditável”.
Foi o chefe da Casa Branca que também anunciou uma notícia há muito aguardada: Israel concordou que a assistência humanitária pode passar do Egito para Gaza, embora tenha alertado que qualquer tentativa do Hamas de tomar posse dessa ajuda poderia resultar em uma reação israelense.
"Hoje pedi ao gabinete israelense, com quem me reuni durante algum tempo esta manhã, que concordasse com a entrega de assistência humanitária vital a civis em Gaza, com base no entendimento de que haverá inspecções e que a ajuda deverá ir para civis e não ao Hamas", disse Biden.
Os EUA também fornecerão US$ 100 milhões em assistência humanitária para Gaza e Cisjordânia “através de parceiros de confiança, incluindo agências da ONU e ONG internacionais”, segundo comunicado da Casa Branca.
Sobre a paz na região, Biden voltou a defender a criação de dois estados. “Isso significa uma solução de dois Estados. Devemos continuar a trabalhar para uma maior integração de Israel com os seus vizinhos. Estes ataques apenas reforçaram o meu compromisso e determinação e a minha vontade de conseguir isso", disse Biden.
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