Tenda (TEND3) fica para trás no ‘Pode Entrar’ e despenca mais de 15% na B3; saiba qual incorporadora deve ser a grande vencedora do programa habitacional de SP
A prefeitura de SP destinou R$ 6 bilhões em investimentos para a construção de pouco mais 38,8 mil unidades habitacionais na capital paulista

O mercado acionário brasileiro repercute nesta quinta-feira (23) os resultados da última decisão de política monetária do Banco Central. Em um cenário comum, o rumo dos juros também seria o principal fator por trás do desempenho das construtoras e incorporadoras da B3.
Hoje, porém, quem define quais companhias mais sobem e descem dentro do índice imobiliário da bolsa é uma notícia que afeta diretamente o setor. A prefeitura de São Paulo divulgou mais detalhes sobre o “Pode Entrar”, programa habitacional para famílias de baixa renda lançado neste ano.
As novidades incluem o investimento total em imóveis na primeira fase do programa — que ultrapassa os R$ 6 bilhões — e quais construtoras foram selecionadas para entregar em 24 meses as pouco mais de 38,8 mil unidades habitacionais encomendadas pela prefeitura.
Qual incorporadora da B3 mais ganhará com o programa Pode Entrar?
Na visão do BTG Pactual, a Plano&Plano (PLPL3) foi a grande vencedora do setor até agora ao habilitar-se para a construção de 7 mil apartamentos, com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,3 bilhão.
“O VGV desses projetos representa 106% do valor de mercado da companhia”, destaca o banco. Os analistas calculam ainda que os ganhos com o projeto podem chegar a R$200 milhões.
Já a empresa que menos se beneficiará do programa é a Tenda (TEND3), que conseguiu emplacar apenas 870 unidades e VGV de R$ 181 milhões. A companhia bem que tentou oferecer mais, mas teve empreendimentos desconsiderados por não atender às exigências do edital.
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A prefeitura de SP priorizou as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), áreas demarcadas para a população de baixa renda. A Tenda inscreveu imóveis nos locais corretos, mas a Secretaria de Habitação constatou que eles estavam fora das distâncias de influência definidas pelas regras do programa.
E a performance na bolsa reflete as situações distintas das duas construtoras: as ações PLPL3 avançaram 5,86%, enquanto os papéis TEND3, que chegaram a liderar as perdas do índice imobiliário da B3, encerraram o dia em queda de 15,77%.
Além delas, outras companhias também participarão do programa. A MRV (MRVE3) será responsável pela segunda maior entrega entre as empresas listadas, com 6,2 mil unidades avaliadas em R$ 1,13 bilhão. Ainda assim, as ações MRVE3 registram um recuo de 5,87% hoje.
Outra empresa negativamente afetada pelo resultado do edital é a Direcional (DIRR3). A companhia obteve o sinal verde para a construção de 1,6 mil apartamentos com VGV de R$ 341 milhões, mas opera em queda de 3,45%.
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Ainda há esperanças para Tenda e MRV?
Apesar da reação do mercado, o BTG Pactual acredita que os resultados do "Pode Entrar" ainda devem ser “muito relevantes” para Tenda e MRV do ponto de vista da alavancagem.
“O índice de covenants da Tenda cairá de 66% para 41%, significativamente abaixo de seu limite de 80%, e a alavancagem da MRV recuará de 69% para 52%”, explicam os analistas.
Além disso, outra boa notícia para os acionistas das companhias que não conseguiram emplacar muitas unidades no programa é que ainda há motivos para ter esperanças: a prefeitura da capital paulista divulgará em até 20 dias um novo edital de 20 mil unidades para a segunda fase do Pode Entrar.
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