Governo suspende vendas de pacotes flexíveis da Hurb, empresa que deu calote em hotéis e ‘sumiço’ em clientes — relembre o caso
O bloqueio é temporário, mas, para voltar a comercializar pacotes da modalidade, a companhia terá de entregar um plano de resolução dos contratos atualmente em vigor
A novela da crise financeira e corporativa da Hurb (antigo Hotel Urbano) acaba de ganhar mais um capítulo nesta segunda-feira (29): a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou a suspensão temporária das vendas de pacotes flexíveis da empresa.
O órgão ligado ao Ministério da Justiça abriu há um mês um processo administrativo para investigar a companhia de turismo após receber denúncias de clientes que compraram pacotes com a Hurb e não conseguiram agendar as viagens.
Após encontrar "irregularidades nas práticas comerciais da companhia", a Senacon decidiu que o bloqueio temporário é a melhor forma de "proteção aos consumidores e busca garantir a resolução dos problemas antes que novas vendas sejam realizadas", segundo nota publicada hoje.
Caso descumpra a ordem, a Hurb está sujeita a uma multa diária de R$ 50 mil, além de outras sanções administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor.
A suspensão atinge apenas os chamados pacotes flexíveis, ou seja, sem uma data fixa para a realização da viagem. Os demais serviços da empresa continuam disponíveis para os clientes.
Vale destacar que os representantes da Hurb e da Senacon se reuniram no último dia 12 para discutir a situação da companhia. Na ocasião, a plataforma comprometeu-se a "melhorar seus processos internos" e apresentar um plano para o cumprimento dos contratos atuais.
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Mas, de acordo com o titular da secretaria, Wadih Damous, "o documento não trouxe informações suficientes e consistentes".
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Hurb precisa apresentar plano de resolução para voltar a vender
Damous explicou que a suspensão será mantida até que o Hurb apresente um novo plano concreto de resolução dos contratos atualmente em vigor, além de comprovar que as falhas identificadas foram corrigidas.
“A Hurb deverá demonstrar que está cumprindo os contratos e que tem condições financeiras de celebrar novos acordos comerciais”, afirmou Damous, em nota.
A companhia de turismo também garantiu que irá aprimorar a transparência nas informações sobre os produtos e serviços oferecidos, atenderá os contratos que ainda não foram cumpridos e responderá todas as reclamações dos consumidores no consumidor.gov.br, com indicativo de resolução dos problemas.
Segundo dados do serviço para consumidores do governo, foram mais de 7 mil reclamações nos primeiros três meses deste ano, e outras 12 mil em 2022. Além disso, o índice de solução das demandas no site caiu de 64% (2022) para 45% (2023).
Um histórico do problema
Fundado em 2011 no Rio de Janeiro, o Hurb deu um salto de vendas em 2020, em plena pandemia.
A startup passou a oferecer pacotes de viagem a preços bem mais baixos que o convencional. Em troca, os clientes desfrutariam das viagens quando ocorresse a reabertura.
No começo deu certo. Em julho do ano passado, porém, a conta parou de fechar. As reclamações dos clientes passaram a se acumular a partir de meados de 2022. A reabertura veio, mas muita gente pagou e não viajou.
De lá para cá, a companhia também se envolveu em polêmicas com a exposição de dados de clientes, e o CEO João Ricardo Mendes renunciou ao cargo em abril.
Mendes, fundador do Hurb, xingou e expôs dados pessoais de um cliente que reclamava do serviço, além de ter divulgado um vídeo em que ironizava as reclamações contra a empresa.
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Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30