Governo suspende vendas de pacotes flexíveis da Hurb, empresa que deu calote em hotéis e ‘sumiço’ em clientes — relembre o caso
O bloqueio é temporário, mas, para voltar a comercializar pacotes da modalidade, a companhia terá de entregar um plano de resolução dos contratos atualmente em vigor
A novela da crise financeira e corporativa da Hurb (antigo Hotel Urbano) acaba de ganhar mais um capítulo nesta segunda-feira (29): a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou a suspensão temporária das vendas de pacotes flexíveis da empresa.
O órgão ligado ao Ministério da Justiça abriu há um mês um processo administrativo para investigar a companhia de turismo após receber denúncias de clientes que compraram pacotes com a Hurb e não conseguiram agendar as viagens.
Após encontrar "irregularidades nas práticas comerciais da companhia", a Senacon decidiu que o bloqueio temporário é a melhor forma de "proteção aos consumidores e busca garantir a resolução dos problemas antes que novas vendas sejam realizadas", segundo nota publicada hoje.
Caso descumpra a ordem, a Hurb está sujeita a uma multa diária de R$ 50 mil, além de outras sanções administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor.
A suspensão atinge apenas os chamados pacotes flexíveis, ou seja, sem uma data fixa para a realização da viagem. Os demais serviços da empresa continuam disponíveis para os clientes.
Vale destacar que os representantes da Hurb e da Senacon se reuniram no último dia 12 para discutir a situação da companhia. Na ocasião, a plataforma comprometeu-se a "melhorar seus processos internos" e apresentar um plano para o cumprimento dos contratos atuais.
Leia Também
Mas, de acordo com o titular da secretaria, Wadih Damous, "o documento não trouxe informações suficientes e consistentes".
- Já sabe como declarar seus investimentos no Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro elaborou um guia exclusivo onde você confere as particularidades de cada ativo para não errar em nada na hora de se acertar com a Receita. Clique aqui para baixar o material gratuito.
Hurb precisa apresentar plano de resolução para voltar a vender
Damous explicou que a suspensão será mantida até que o Hurb apresente um novo plano concreto de resolução dos contratos atualmente em vigor, além de comprovar que as falhas identificadas foram corrigidas.
“A Hurb deverá demonstrar que está cumprindo os contratos e que tem condições financeiras de celebrar novos acordos comerciais”, afirmou Damous, em nota.
A companhia de turismo também garantiu que irá aprimorar a transparência nas informações sobre os produtos e serviços oferecidos, atenderá os contratos que ainda não foram cumpridos e responderá todas as reclamações dos consumidores no consumidor.gov.br, com indicativo de resolução dos problemas.
Segundo dados do serviço para consumidores do governo, foram mais de 7 mil reclamações nos primeiros três meses deste ano, e outras 12 mil em 2022. Além disso, o índice de solução das demandas no site caiu de 64% (2022) para 45% (2023).
Um histórico do problema
Fundado em 2011 no Rio de Janeiro, o Hurb deu um salto de vendas em 2020, em plena pandemia.
A startup passou a oferecer pacotes de viagem a preços bem mais baixos que o convencional. Em troca, os clientes desfrutariam das viagens quando ocorresse a reabertura.
No começo deu certo. Em julho do ano passado, porém, a conta parou de fechar. As reclamações dos clientes passaram a se acumular a partir de meados de 2022. A reabertura veio, mas muita gente pagou e não viajou.
De lá para cá, a companhia também se envolveu em polêmicas com a exposição de dados de clientes, e o CEO João Ricardo Mendes renunciou ao cargo em abril.
Mendes, fundador do Hurb, xingou e expôs dados pessoais de um cliente que reclamava do serviço, além de ter divulgado um vídeo em que ironizava as reclamações contra a empresa.
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais