IRB Brasil (IRBR3) lidera os ganhos com resultado mensal e CVC (CVCB3) despenca — veja o que foi destaque na bolsa na semana
O Ibovespa realizou os ganhos durante a semana e fechou em leve alta de 0,18%, aos 118.977 pontos
As expectativas de alívio nos juros engataram o ânimo no início da semana no Ibovespa, mas que não durou muito. Na quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano — o que era esperado.
Contudo, a aposta de redução na Selic já na próxima reunião do Copom, em agosto, foi a adiada com o tom considerado 'mais duro' do comunicado da decisão. Logo, os investidores passaram a reajustar as posições no Ibovespa — com a realização de lucros em três dos cinco pregões da semana.
No exterior, a semana foi contaminada pela aversão ao risco, depois dos bancos centrais da Europa elevarem os juros para combater o avanço da inflação. A autoridade monetária britânica (BoE, na sigla em inglês), por exemplo, aumentou 50 pontos-base na taxa básica, a 5,0% ao ano.
Apesar disso, o cenário doméstico ajudou o Ibovespa a manter a alta semanal, pela 9ª vez consecutiva. Um dos fatores que aliviaram as perdas foi a aprovação do arcabouço fiscal no Senado Federal e a apresentação da prévia da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados.
As duas matérias devem passar pelo crivo dos deputados federais na primeira semana de julho, antes do recesso parlamentar.
Sendo assim, o Ibovespa acumulou alta de 0,18% na semana e fechou o último pregão aos 118.977 pontos.
Leia Também
A última dança de Warren Buffett: 'Oráculo de Omaha' vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Já o dólar fechou com queda de 0,87% na semana, a R$ 4,7779, no mercado à vista.
Sobe do Ibovespa
A desvalorização do dólar e o alívio nos juros futuros no acumulado semanal impulsionaram as companhias ligadas ao consumo, ainda que de forma limitada.
Mas, o destaque foi o avanço de mais de 10% da resseguradora IRB Brasil (IRBR3), que 'surpreendeu' o mercado na última quarta-feira (21) com os resultados mensais. A companhia conseguiu reverter um prejuízo de R$ 92,7 milhões em abril do ano passado em lucro líquido de R$ 6,1 milhões em abril deste ano.
O desempenho ajudou o IRB a acumular um ganho líquido de R$ 14,6 milhões entre janeiro e abril deste ano ante prejuízo de R$ 12,2 milhões em igual período do ano anterior.
Outro destaque foi o setor de energia elétrica. Embora os papéis considerados ativos mais conservadores e que pagam bons dividendos, esse não foi o motivo para os ganhos.
Os ativos avançaram com a abertura de consulta pública sobre a proposta de renovação das concessões de distribuição de energia, com vencimentos entre 2023 e 2025.
A consulta foi anunciada ontem (22) pelo Ministério de Minas e Energia (MME), após o órgão definir algumas diretrizes para o setor elétrico (Nota técnica 14/2023).
Confira as dez maiores altas da semana:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VARSEM |
| IRBR3 | IRB Brasil ON | R$ 42,66 | 10,81% |
| LREN3 | Lojas Renner ON | R$ 22,31 | 9,74% |
| GOLL4 | Gol PN | R$ 12,12 | 6,88% |
| ENGI11 | Energisa units | R$ 48,34 | 6,85% |
| MULT3 | Multiplan ON | R$ 28,24 | 6,69% |
| SLCE3 | SLC Agrícola | R$ 38,77 | 6,63% |
| NTCO3 | Natura ON | R$ 17,49 | 6,26% |
| ASAI3 | Assaí ON | R$ 14,30 | 5,85% |
| IGTI11 | Iguatemi ON | R$ 23,08 | 5,39% |
| PRIO3 | PRIO ON | R$ 38,21 | 5,35% |
- O QUE NÃO TEM CONTARAM SOBRE O COPOM E A SELIC: CONFIRA O NOVO EPISÓDIO DO PODCAST 'TOUROS E URSOS':
Desce da bolsa
Na ponta negativa do Ibovespa, CVC (CVCB3) lidera as perdas da semana.
A companhia de turismo lançou na semana passada uma oferta pública de ações que animou o mercado financeiro. Em termos de demanda, a operação foi um sucesso. A CVC emplacou as 83.333.333 ações que pretendia emitir e ainda colocou um lote adicional que dobrou a oferta.
Entretanto, a oferta saiu com um desconto de quase 20% em relação aos R$ 4,10 por CVCB3 registrados na ocasião do anúncio da operação. Cada papel foi precificado a R$ 3,30, rendendo cerca de R$ 550 milhões para os cofres da empresa.
Outro destaque é a desvalorização dos papéis de Vale (VALE3), companhia que detém a maior participação na cartira do Ibovespa.
O aumento da cautela internacional em temor ao enfraquecimento da atividade econômica e o forte recuo do minério de ferro, negociado na China, pressionou as ações da mineradora, que fechou em queda acumulada superior a 5% na semana.
Confira as maiores quedas da semana no Ibovespa:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VARSEM |
| CVCB3 | CVC ON | R$ 3,79 | -15,78% |
| EMBR3 | Embraer ON | R$ 17,31 | -14,01% |
| CASH3 | Meliuz ON | R$ 8,08 | -8,70% |
| BEEF3 | Minerva ON | R$ 10,19 | -8,69% |
| ALPA4 | Alpargatas PN | R$ 10,29 | -7,71% |
| VIIA3 | Via ON | R$ 2,38 | -6,67% |
| VALE3 | Vale ON | R$ 65,90 | -5,41% |
| MRVE3 | MRV ON | R$ 11,12 | -4,96% |
| SUZB3 | Suzano ON | R$ 45,94 | -4,89% |
| RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 31,06 | -4,40% |
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA