Aeris (AERI3) desaba na B3 com pedido de oferta de ações de R$ 400 milhões; BTG vai garantir operação — veja detalhes
A companhia, que fez o anúncio junto com o balanço do terceiro trimestre, pretende usar o dinheiro novo para amortizar dívidas com vencimento no primeiro semestre de 2024

O El Niño é aquele conhecido fenômeno climático formado por clima quente, seco e sem ventos. Pois na B3 uma empresa parece viver um “El Niño particular”: a Aeris (AERI3).
Desde a oferta pública inicial (IPO) na bolsa brasileira, há três anos, as ações da fabricante de pás para turbinas de energia eólica amargam uma queda da ordem de 85%.
E nesta quinta-feira os papéis da Aeris voltam a figurar entre as maiores perdas da B3 após o anúncio de que a empresa pretende fazer uma nova oferta de ações. O follow-on deve movimentar R$ 400 milhões, com a emissão de aproximadamente 476 milhões de novas ações.
A companhia, que fez o anúncio junto com o balanço do terceiro trimestre, pretende usar o dinheiro novo para amortizar dívidas com vencimento no primeiro semestre de 2024.
Em teleconferência de resultados, o diretor-presidente da Aeris, Alexandre Negrão, afirmou que a operação mostra o compromisso de “readequar a estrutura de capital”, tendo em vista a incerteza sobre a demanda de pás eólicas no próximo ano.
Mas os investidores não gostaram nada da novidade, em particular da diluição dos acionistas que não colocarem mais dinheiro na empresa.
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Por volta das 15h20 (horário de Brasília), os papéis AERI3 recuavam 9,68%, cotados R$ 0,84.
O BTG Pactual, coordenador da oferta, vai garantir a operação, cujo preço por ação inclusive já foi definido: R$ 0,84. Os acionistas minoritários terão direitos de subscrição proporcionais à participação.
Por fim, o valor do follow-on corresponde a mais da metade do valor de mercado da companhia. Ontem (8), data do anúncio da operação, a Aeris valia cerca de R$ 710 milhões.
A ação da companhia, na oferta, deve ser precificada em 30 de novembro, de acordo com o cronograma previsto da Aeris.
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Parceria Aeris e BTG Pactual?
A família Negrão, que é o acionista controlador da companhia, concederá os direitos de subscrição ao BTG Pactual.
Ou seja, a família não deve exercer o seu direito de preferência, com a redução de 60,1% para 37% de participação na empresa.
Caso nenhum acionista minoritário subscreva a oferta, o BTG poderá deter até 39% das ações após o follow-on.
Além disso, o banco e os controladores assinaram uma opção de compra e venda das ações entre si.
Alavancagem avança um pouco
A Aeris reportou prejuízo líquido de R$ 28,7 milhões no terceiro trimestre, ante um prejuízo de R$ 25,908 milhões no mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 77,3 milhões, um crescimento de 19,4% na base anual.
A dívida líquida da companhia aumentou de R$ 87 milhões para R$ 1 bilhão no terceiro trimestre. A alavancagem da companhia, medida pela comparação entre dívida líquida e Ebitda avançou para 3x, um aumento em relação ao trimestre anterior (2,8x).
Para o Santander, os resultados abaixo do esperado são explicados pelos preços médios mais baixos das pás e pelo aumento dos custos trabalhistas, além do cenário macroeconômico mais difícil.
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