Na “caça aos unicórnios”, Itaú lança fundo para aplicar em gestores de investimentos alternativos
O banco acaba de abrir para captação o Polaris, fundo com objetivo de retorno de até 25% ao ano e foco em investimentos que vão bem além do “combo” tradicional de bolsa, dólar e juros
Na caça aos “unicórnios” — como são conhecidas as empresas iniciantes (startups) que atingem uma avaliação de pelo menos US$ 1 bilhão — e outros ativos com maior potencial de retorno, o Itaú resolveu empacotar em um único fundo as principais estratégias em investimentos alternativos.
O banco acaba de abrir para captação o Polaris, fundo que vai aplicar em produtos de outras gestoras, com foco em investimentos que vão bem além do “combo” tradicional de bolsa, dólar e juros.
Os futuros unicórnios são apenas um dos alvos do Polaris — que tem como objetivo entregar um retorno de 15% a 25% ao ano. Os gestores do Itaú vão selecionar e investir em fundos que atuam em seis segmentos:
- Private equity: compra de participações em empresas de grande porte;
- Venture capital: compra de participações em empresas em estágio inicial, as candidatas a “unicórnio”;
- Real Estate: imobiliário
- Private Debt: crédito para empresas
- Infraestrutura: transportes, energia, comunicações, etc.
- Recursos naturais: terras agrícolas, florestas, água, etc.
Ou seja, ao investir no fundo o cotista ficará exposto às diferentes estratégias em um único veículo. Não há um limite mínimo ou máximo de alocação em nenhuma categoria.
Itaú amplia a prateleira
O Itaú começou a oferecer investimentos alternativos aos clientes há 15 anos. De lá para cá, realizou em um total de R$ 30 bilhões em 70 investimentos.
O lançamento do fundo partiu de uma demanda dos próprios clientes como uma forma de ter exposição às diferentes estratégias em um único veículo.
Leia Também
“Com o aumento da complexidade desse mercado e o surgimento de novos gestores, os clientes passaram a ter mais dificuldades de avaliar em qual fundo entrar”, me disse Pedro Barbosa, responsável pela diretoria de “fundos de fundos” do Itaú.
Os investimentos se darão em fundos de gestoras brasileiras, mas uma parte dos recursos pode ser destinada a empresas e projetos de outros países da América Latina.
A expectativa do Itaú é captar entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões no Polaris, que recebe investimentos até o fim de março. A taxa de administração é de 1%, com taxa de performance de 10% acima do IPCA + 6% ao ano.
Fundo do Itaú (ainda) não é para todos
Pelas próprias características, o Polaris não é para todos os públicos. Como os investimentos alternativos em geral contam com pouca ou nenhuma liquidez, o fundo ficará fechado para resgates por 14 anos após a captação.
A expectativa é que o dinheiro comece a retornar para os cotistas depois do quinto ano, conforme os investimentos maturarem, segundo Barbosa.
Por tudo isso, a captação será inicialmente restrita a investidores profissionais, que possuem patrimônio de pelo menos R$ 10 milhões.
Mas está nos planos do Itaú ampliar esse foco. “Nossa ideia é conseguir evoluir para atender a maior gama possível de clientes.”
O banco pretende lançar novas versões do Polaris a cada ano. A aplicação mínima é de R$ 50 mil, então a recomendação mesmo para os clientes mais endinheirados é dividir os recursos do investimento nas diferentes “safras”.
O objetivo é atenuar os efeitos dos ciclos da economia no retorno do fundo. “A diferença de performance entre alocar os recursos em ano ou ano pode ser gritante”, afirma o diretor do Itaú.
Tendência irreversível
O Itaú tem um forte concorrente para emplacar o novo fundo de investimentos alternativos: a taxa de juros. Afinal, a Selic em alta reduz naturalmente a atratividade de aplicações com maior risco e potencial de retorno.
Seria o Polaris o produto certo na hora errada? Barbosa reconhece que o juro mais alto afeta a demanda. Mas ele entende que a busca por ativos fora dos mercados tradicionais é uma tendência irreversível.
“Quando você compara com o que aconteceu lá fora, esses foram os bolsos que mais cresceram. Essa é uma transformação que também deve acontecer no Brasil”, afirma o diretor do Itaú.
Leia também:
- Como a compra da corretora Ideal pode fazer o Itaú partir para o ataque e abrir um novo filão em investimentos
- Por que o Itaú vai comprar mais 11,38% da XP logo depois de se desfazer da participação na corretora?
- O Itaú demorou a reagir contra a concorrência, mas aprendeu a lição. Quem reconhece é o próprio Itaú
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
