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Cotações por TradingView
Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Vem surpresa por aí?

Dividendos: Petrobras (PETR4) pode pagar até US$ 10 bi em proventos adicionais no primeiro trimestre, diz Goldman Sachs

O endividamento mais baixo da estatal, somado ao fluxo de caixa turbinado pelo petróleo caro, são as chaves para um pagamento polpudo de dividendos

Victor Aguiar
Victor Aguiar
4 de abril de 2022
11:02 - atualizado às 18:24
Foto da fachada do prédio da Petrobras (PETR3 e PETR4) na avenida Paulista, em São Paulo. A estatal decide o valor da gasolina vendida às distribuidoras e pode ser uma boa alternativa para quem investe de olho em dividendos e proventos
Imagem: Shutterstock

Se você está em busca de uma boa pagadora de dividendos para a sua carteira, o Goldman Sachs indica um nome não muito usual nesse tipo de conversa: a Petrobras (PETR4). Segundo o banco, a estatal pode anunciar um provento extra de até US$ 10 bilhões no primeiro trimestre de 2022, dado o bom momento operacional e financeiro da empresa.

Em relatório divulgado hoje, os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins destacam as novas estimativas do Goldman para o barril de petróleo Brent — cerca de US$ 125 no segundo semestre de 2022 e de US$ 115 no ano que vem —, aplicando esses números às projeções para a Petrobras. E, como resultado, o banco agora está mais otimista quanto ao desempenho financeiro da companhia no curto prazo.

Chama a atenção o forte crescimento de 81% no Ebitda (o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) previsto para o primeiro trimestre, de US$ 15,8 bilhões — o número é 30% maior que o consenso do mercado neste momento. Em bases anuais, o lucro líquido da Petrobras deve chegar a R$ 31,7 bilhões; no mesmo período de 2021, foi de R$ R$ 1,3 bilhão.

E, como se esses notícias não fossem boas o suficiente, o Goldman Sachs levantou mais um dado que soa como música aos ouvidos dos investidores: mais proventos a serem pagos aos acionistas, sob a forma de dividendos — o banco tem como cenário-base uma cifra ao redor de US$ 5 bilhões, mas vê espaço para uma remuneração adicional de até US$ 10 bilhões.

Petrobras (PETR4): dividendos fartos a caminho?

E por que os analistas do Goldman acreditam numa distribuição tão farta de dividendos por parte da Petrobras (PETR4)? Bem, tudo parte da própria política de remuneração aos acionistas da estatal.

O estatuto da petroleira vincula o montante de dividendos ao endividamento bruto: se os compromissos financeiros forem inferiores a US$ 60 bilhões, a Petrobras poderá distribuir aos acionistas uma quantia maior que o normal em proventos — e, ao menos ao fim de 2021, a dívida bruta da companhia era de US$ 58,7 bilhões.

Assim, o Goldman parte do princípio que essa condição será cumprida novamente no primeiro trimestre deste ano. Nesse cenário, os dividendos podem chegar a 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional (FCO) e os investimentos (Capex). E, segundo os cálculos do banco, essa conta deve chegar a cerca de US$ 5 bilhões.

Mas há um porém: com o petróleo mais caro, o fluxo de caixa da Petrobras no primeiro trimestre deve ser turbinado. E, caso a empresa também leve em conta os dados de abril — o balanço está marcado para o dia 5 de maio —, o resultado da conta vai ficar ainda mais polpudo, podendo chegar a US$ 10 bilhões.

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E como interpretar esse número? Bem, o cenário mais otimista apontado pelo Goldman implica num dividend yield — a relação entre os dividendos pagos por ação e o preço unitário dos papéis — de 10%. Esse indicador mede a rentabilidade desse tipo de provento; em geral, taxas na casa dos dois dígitos são bastante atrativas.

Vale lembrar, no entanto, que o investidor deve levar alguns fatores em consideração quando o assunto é distribuição de proventos. É possível comprar ações de olho no recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP), mas também é possível esperar a data de corte para comprar os papéis por um preço mais barata, já com os descontos relativos à remuneração aos acionistas. É tudo uma questão de estratégia.

Petrobras (PETR4): ações baratas?

Dito isso, o Goldman Sachs pondera que as ações da Petrobras (PETR4) estão descontadas na bolsa, independente da estratégia a ser adotada em relação aos dividendos. O banco possui recomendação de compra para os papéis e preço-alvo de R$ 36,90 em 12 meses — uma alta implícita de cerca de 11% em relação às cotações atuais.

"Ainda vemos a ação como provedora de um carrego atrativo, com um dividend yield estimado para 2022 de aproximadamente 34%", escrevem os analistas. "Além disso, os papéis são negociados com um múltiplo EV/Ebitda projetado para 2023 de 2,1 vezes, abaixo dos 2,6 vezes dos grandes players globais de petróleo".

Em linhas gerais, o mercado tem uma visão construtiva em relação à Petrobras, apesar da recente troca na presidência e as constantes incertezas quanto à intervenção do governo em sua administração. Segundo dados do TradeMap, os papéis PETR4 têm 10 recomendações de analistas, sendo oito de compra e duas neutras.

No acumulado de 2022, as ações da Petrobras acumulam ganho de cerca de 15%.

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Gráfico de linha mostrando o comportamento das ações da Petrobras (PETR4) ao longo de 2022

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