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Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
Balanço

Bradesco (BBDC4) tem lucro recorde de R$ 26,2 bilhões em 2021 e anuncia bonificação aos acionistas

No quarto trimestre, porém, o resultado do Bradesco apresentou uma queda de 2,8% e ficou abaixo do esperado pelos analistas

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
8 de fevereiro de 2022
18:48 - atualizado às 20:07
Caixas eletrônicos do Bradesco (BBDC4)
Caixas eletrônicos do Bradesco - Imagem: Divulgação/Bradesco

Um ano após a crise da covid-19 levar a uma rara queda nos resultados, o Bradesco (BBDC4) deu a volta por cima com um lucro líquido recorrente recorde de R$ 26,2 bilhões em 2021. O número representa um aumento de 34,7% em relação ao ano anterior.

No quarto trimestre, porém, o resultado do Bradesco apresentou uma queda de 2,8% na comparação com os últimos três meses de 2020, para R$ 6,613 bilhões.

O lucro do quarto trimestre ficou abaixo das projeções do mercado, que apontava para R$ 6,825 bilhões, de acordo com dados da Bloomberg.

A queda no lucro também afetou a rentabilidade do banco, que caiu para 17,5% no quarto trimestre, abaixo do Santander Brasil, que manteve o patamar de 20%.

Apesar do desempenho mais fraco no trimestre, em 2021, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE, em inglês) do Bradesco subiu de 14,8% para 18,1%.

Lucro contábil menor

Também chama a atenção no balanço do Bradesco do quarto trimestre a diferença entre o lucro recorrente — que desconsidera efeitos que não vão se repetir em resultados seguintes, e o contábil, que foi de "apenas" R$ 3,170 bilhões.

A diferença de R$ 3,4 bilhões é explicada, entre outros fatores, pela realização/reclassificação de instrumentos financeiros, que consumiu R$ 1,9 bilhão no quarto trimestre, e o banco classificou como não recorrente.

Bradesco acelera no crédito

O desempenho carteira de crédito aparece como um dos destaques positivo do balanço. O saldo das operações de crédito do Bradesco atingiu R$ 813 bilhões em dezembro, um aumento anual de 18,3%.

Para este ano, o banco pretende manter o pé no acelerador e projeta uma expansão de 10% a 14% no crédito.

“O balanço foi sólido e mostra nossa força comercial, especialmente nos canais digitais, que são cada vez mais preponderantes no balanço”, afirmou o presidente executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Jr. “A economia se recuperou com o arrefecimento da pandemia e pudemos atuar com uma nova perspectiva de negócios.”

O índice de inadimplência permanece sob controle, mas subindo. O percentual de atrasos acima de 90 dias na carteira do banco encerrou o ano em 2,8%, alta de 0,2 ponto percentual no trimestre e de 0,6 ponto em 12 meses.

Apesar do avanço no crédito, a margem financeira do Bradesco apresentou uma evolução pequena, de apenas 1,3% em 2021. O culpado foi o resultado da tesouraria do banco, que apresentou queda de 23,1% no ano passado.

Por outro lado, as despesas do Bradesco com provisões para perdas no crédito caíram 41,6% e contribuíram para a alta do lucro de 2021.

Tarifas e despesas

Em meio à competição com as fintechs — as novas empresas de tecnologia que atuam no ramo financeiro — e inovações com o PIX, o Bradesco segue com dificuldades em recompor as receitas com tarifas, que aumentaram 4,1% no ano passado.

O resultado, contudo, ficou dentro do projetado pelo banco. Para 2022, o Bradesco espera um crescimento de 2% a 6% nas receitas com prestação de serviços.

Do lado das despesas operacionais e com pessoal, houve um aumento de 1,1% em 2021, bem abaixo da inflação do período. Ainda assim, os custos tiveram um desempenho pior que o esperado pelo Bradesco, que projetava uma redução de 1% a 5% em 2021.

Bradesco anuncia bonificação em ações e dividendos

Junto com o balanço, o Bradesco anunciou um aumento de capital de R$ 4 bilhões com o uso das reservas de lucros e uma bonificação em ações. Desta forma, os acionistas receberão uma 1 nova ação do banco para cada dez que possuírem. A data para a bonificação será definida após a homologação do processo pelo Banco Central.

O Bradesco também decidiu manter o pagamento de juros sobre o capital próprio mensais no valor líquido de aproximadamente R$ 0,014662352 por ação ordinária (BBDC3) e R$ 0,016128588 por preferencial (BBDC4)

Isso significa que, após a bonificação, os dividendos pagos pelo banco aumentarão em 10%.

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