JBS (JBSS3) lucra 151,4% a mais no 1T22 e vai pagar dividendos bilionários — veja quem tem direito
O resultado foi impulsionado pelos desempenhos operacionais e financeiros das unidades e marcas da JBS (JBSS3) no exterior

Apesar de estar cada vez mais difícil encontrar proteína animal - especialmente a bovina - na mesa dos brasileiros, os frigoríficos do país seguem lucrando com demanda elevada pela carne e os preços altos no exterior. Quem comprova a tese é o balanço da JBS (JBSS3), divulgado na noite desta quarta-feira (11).
O lucro líquido da companhia R$ 5,1 bilhões no primeiro trimestre. A cifra saltou 151,4% na comparação com os números do mesmo período do ano passado. Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) cresceu 46,7%, para R$ 10,1 bilhões.
O resultado foi impulsionado, principalmente, pelos desempenhos operacionais e financeiros das unidades e marcas da JBS (JBSS3) no exterior. Veja abaixo:
Marca | Receita líquida | Ebitda |
JBS USA Beef | R$ 29 bi (+21,7% a/a) | R$ 4,1 bi (+55,7% a/a) |
JBS USA Pork | R$ 9,9 bi (+13,2% a/a) | R$ 1,2 bi (+20,1% a/a) |
JBS Australia | R$ 7,4 bi (+20,2% a/a) | R$ 445,2 mi (+398% a/a) |
PPC | R$ 22,2 bi (+23,9% a/a) | R$ 3,2 bi (+67,4% a/a) |
Seara | R$ 9,5 bi (+21% a/a) | R$ 616,2 bi (-33,9% a/a) |
JBS Brasil | R$ 14,3 bi (+24,2% a/a) | R$ 438,2 mi (+85,4% a/a) |
O único sinal negativo da tabela vem do Brasil, na linha que corresponde às operações da Seara. A companhia explica que o resultado foi afetado pelos gastos maiores na produção. "Segundo dados da ESALQ-USP, o custo médio do milho e do farelo de soja foram cerca de 13% e 4% maiores que no 1T21, respectivamente", cita a JBS.
Para mitigar os efeitos dos insumos mais caros, a empresa aumentou seu venda de seus produtos e também aposta no mix de mercados, canais e mercadorias e na gestão eficiente das operações.
Aquisições que não acabam mais
Outros destaques da companhia no início de 2022 foram as conclusões de aquisições anunciadas ao longo do ano passado.
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De acordo com o frigorífico, as recém-chegadas devem contribuir com mais de US$ 2 bilhões em receita e US$ 250 milhões em Ebitda já neste ano. Confira quais são elas:
- Rivalea, líder na criação e processamento de suínos na Austrália: aquisição concluída em janeiro por US$112 milhões;
- Grupo King’s, um dos líderes de mercado na produção de charcutaria italiana na Itália e nos EUA: aquisição concluída em fevereiro por US$ 92,5 milhões;
- BioTech Foods, uma das líderes globais no desenvolvimento de biotecnologia para a produção de proteína cultivada: controle societário adquirido em maio por US$41 milhões.
JBS (JBSS3) pagará dividendos bilionários
Para coroar o trimestre positivo, a JBS anunciou a distribuição de R$ 2,2 bilhões em dividendos intermediários. O valor, que equivale a cerca de R$ 1 por ação ordinária, será depositado na conta dos acionistas ainda este mês, no dia 24.
Terão direito à soma os investidores que estiverem na base acionária da companhia na próxima segunda-feira (16). No pregão seguinte à data, os papéis serão negociadas "ex-direitos" e passarão por um ajuste na cotação referente ao dividendos já alocados.
Portanto, você pode optar por comprar a ação agora e ter direito aos dividendos ou esperar a data de corte e adquirir os papéis por um valor menor, mas sem o direito à bolada.
JBS (JBSS3) anuncia programa de recompra de ações
Além dos resultado financeiros e dos dividendos, a JBS também comunicou o cancelamento de mais de 26,6 milhões de ações que mantinha em sua tesouraria e o início de um novo programa de recompra.
A operação, que terá duração de até 18 meses, prevê a recompra de até 113,5 milhões de ações. Vale lembrar que, atualmente, existem 1,1 bilhão de papéis da companhia em circulação.
Segundo a JBS, o objetivo é “maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da sua estrutura de capital”. Mas o que realmente muda para os investidores com o programa?
Até que a JBS decida qual será o destino das ações recompradas, os efeitos para os acionistas ainda são incertos. Mas os dois cenários mais prováveis você confere abaixo:
- Se os papéis forem novamente cancelados, o acionista termina, proporcionalmente, com uma fatia maior da empresa, o que pode engordar sua contas de dividendos;
- Se os ativos permanecerem guardados na tesouraria para uma oferta no futuro, o acionista ganhará apenas após sua venda. Nesse caso, o ganho de capital fará parte do lucro da empresa, o que também influencia na distribuição de proventos.
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