Na noite da divulgação do balanço do quarto trimestre, a JBS (JBSS3) esquentou os motores (e fez a alegria) dos acionistas com o anuncio da distribuição de R$ 2,2 bilhões em dividendos intermediários.
O valor, que equivale a cerca de R$ 1 por ação ordinária, será depositado na conta dos acionistas ainda este mês, no dia 24. Terão direito à soma os investidores que estiverem na base acionária da companhia na próxima segunda-feira (16).
No pregão seguinte à data, os papéis serão negociadas "ex-direitos" e passarão por um ajuste na cotação referente ao dividendos já alocados. Portanto, você pode optar por comprar a ação agora e ter direito aos dividendos ou esperar a data de corte e adquirir os papéis por um valor menor, mas sem o direito à bolada.
JBS (JBSS3) anuncia programa de recompra de ações
Além dos resultado financeiros e dos dividendos, a JBS também comunicou o cancelamento de mais de 26,6 milhões de ações que mantinha em sua tesouraria e o início de um novo programa de recompra.
A operação, que terá duração de até 18 meses, prevê a recompra de até 113,5 milhões de ações. Vale lembrar que, atualmente, existem 1,1 bilhão de papéis da companhia em circulação.
Segundo a JBS, o objetivo é “maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da sua estrutura de capital”. Mas o que realmente muda para os investidores com o programa?
Até que a empresa decida qual será o destino das ações recompradas, os efeitos para os acionistas ainda são incertos. Mas os dois cenários mais prováveis você confere abaixo:
- Se os papéis forem novamente cancelados, o acionista termina, proporcionalmente, com uma fatia maior da empresa, o que pode engordar sua contas de dividendos;
- Se os ativos permanecerem guardados na tesouraria para uma oferta no futuro, o acionista ganhará apenas após sua venda. Nesse caso, o ganho de capital fará parte do lucro da empresa, o que também influencia na distribuição de proventos.