🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Uma defesa moral do bitcoin na busca pela estabilidade monetária perdida

Em um mundo onde os investimentos se tornaram confusos, o bitcoin emerge como um valor absoluto na busca pela estabilidade

20 de abril de 2022
7:36 - atualizado às 14:40
bitcoin com peças de xadrez e gráfico ao fundo
Bitcoin - Imagem: Shutterstock

Charles Ponzi nasceu na Itália do século XIX, um país ainda em formação, com um ambiente desafiador que levaria milhões de jovens, como o próprio Ponzi, a imigrar para países como Estados Unidos ou Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No caso de Ponzi, sua primeira escolha seria os EUA, país onde após diversos subempregos, acabaria popularizando um esquema de fraudes que mais tarde levaria seu nome.

A ideia era relativamente simples. Ponzi afirmava ter descoberto uma assimetria no mercado de selos (aqueles mesmos usados em cartas).

Na teoria, afirmou ser possível comprar selos na Europa, onde os preços estavam congelados, por $0,25, e revender nos Estados Unidos em poucas semanas por $0,5. Um retorno fantástico de 100% em questão de semanas.

Como todos aqueles inspirados por Ponzi, teria tido a "generosidade" de não guardar a informação para si. Ao contrário, Ponzi captou recursos com milhares de pessoas. E por algum tempo, continuou entregando a elas o retorno prometido. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Foram cerca de 20 milhões de dólares captados (ou 258 milhões de dólares nos dias de hoje).

Leia Também

O esquema era relativamente simples. Aqueles que estavam entrando investiam um dinheiro, e esse dinheiro era usado para pagar os retornos dos investidores antigos, mais ou menos como funciona a previdência brasileira hoje.

O golpe, claro, foi descoberto, levando Ponzi à ruína.

Um fato pouco conhecido de sua história, porém, é que Ponzi acabaria escolhendo um outro país para morar no fim da vida: o Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Foi por aqui que, após o fim da Segunda Guerra, ele terminaria seus dias, no Rio de Janeiro.

Ponzi vive?

Quase 7 décadas depois, o golpe de Ponzi já é mais do que conhecido, e ainda assim, inúmeros são aqueles que se aventuram a entrar em esquemas similares.

Há quem coloque a culpa em "falta de educação financeira", como se a questão fosse mais uma das inúmeras deficiências do nosso sistema educacional, que ensina crianças sobre mitocôndrias mas não ensina sobre como funcionam finanças ou questões úteis a um adulto.

O fato é que, pessoas com elevado patrimônio, tem entrado em golpes do tipo. Não são raros os casos de pessoas que perdem milhões em esquemas que prometem retornos milagrosos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Você talvez já tenha se perguntado em como pode alguém que consegue construir um patrimônio de R$1 milhão cair em um golpe do tipo. E inevitavelmente a resposta a isso será moral. 

Via de regra, pessoas que caem em algo do tipo esperam "ser as primeiras", de modo que o prejuízo fique para quem entrou depois. 

Sim. Há muita gente que considera isso natural, ainda que nem tanto a ponto de admitir isso publicamente.  

E tal questão agrega um pouco da maneira como nós, enquanto sociedade, lidamos com o dinheiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há pelo menos cinco décadas decidimos que o dinheiro não é mais um instrumento para preservar valor e que o crédito deve ser o motor da sociedade.

Quase um século antes já havíamos sido apresentados a ideia de que "aqueles que acumulam grandes somas o fazem por meio da exploração".

É juntando ambas as ideias, que nos distanciamos dos valores fundamentais que levam à criação de riqueza.

Essa perversão da função da moeda serve para aqueles que detém poder político e econômico, mas prejudica enormemente os mais desafortunados. Como você já deve ter ouvido, "a inflação é um imposto cobrado diretamente dos mais pobres." 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O fim da moeda como reserva de valor

Mas a questão vai além. Não se trata apenas de financiar aumentos de gastos ou inflar fortunas de quem já possui um bom patrimônio (como ocorre com as Big Techs americanas hoje).

A destruição da moeda enquanto reserva de valor, especialmente em uma época de juros negativos, distorce a tomada de investimentos e condena a sociedade a investimentos ruins e ineficiência na alocação.

Este problema, porém, é uma invenção nossa enquanto sociedade moderna. Quando Sir Isaac Newton criou o padrão ouro no século XVIII, a sociedade vivia sob uma realidade completamente distinta.

E o resultado? Tivemos ali o florescimento da revolução industrial, e um salto de desenvolvimento nunca antes visto. Foi um período relativamente curto, e que limitava também o poder de governos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Marcou-se a ascensão da primeira nação comercial da história, aquela cuja noção de que riqueza é criada, e não tomada. 

E surge o "padrão-bitcoin"

Em tempos modernos, porém, a discussão sobre o padrão ouro se perdeu.

Seus efeitos são memórias distantes e embaralhadas com o falso padrão dólar-ouro, que desacreditou o modelo.

Ainda assim, vivemos hoje um período de ampla aceitação em novos sistemas, como as criptomoedas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Trata-se de uma revolução que inclui termos como DeFi e Web 3.0.

São meios que devem provocar mudanças significativas em diversos setores da sociedade ao longo dos próximos anos.

E no centro disto, um padrão-ouro, ou melhor "Padrão bitcoin".

O bitcoin emergiu como um lastro em meio a uma nova economia. Sua formação matemática e histórica é uma emulação do processo histórico mencionado acima. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Trata-se de um padrão inviolável por aqueles que detém o poder. Neste momento, 19 milhões de bitcoins já foram emitidos. E nos próximos 120 anos, pouco importando quem será eleito presidente em qualquer lugar, serão apenas mais 2 milhões.

Bitcoin se mantém relevante

Com a popularização das criptomoedas não foram poucos os que, munidos de muita convicção e pouco estudo, afirmaram que o bitcoin logo seria superado por uma nova cripto mais ágil, com novas tecnologias e assim por diante.

O resultado? Em 2017 o bitcoin tinha 42% de um mercado com 1500 criptomoedas. Em 2022, tem 41% de um mercado com 15 mil criptomoedas.

Seu valor central neste ecossistema é amplamente reconhecido por criptos que o utilizam como lastro, ou por investidores que buscam uma proteção contra o processo histórico vigente: o mundo de juros zero.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Neste mundo de mudanças constantes e com a ordem sendo questionada, o bitcoin parece ser o único ativo a seguir uma sequência inalterável. Seu código é preciso e a escassez inviolável. 

Tamanha ordem permite tomadas de decisões de longo prazo, com uma certeza sobre como estará o valor da moeda, ainda que seu valor em dólares flutue, como flutuam quaisquer preços macro. 

Em última instância, é seguro dizer que o bitcoin contribui com parte dos valores que constroem uma sociedade próspera: confiança e estabilidade. 

Essa moral é crucial quando falamos de um mecanismo de transmissão tão relevante para qualquer sociedade, o dinheiro. 

Leia também:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)

15 de outubro de 2025 - 7:47

A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje

14 de outubro de 2025 - 8:08

Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China

14 de outubro de 2025 - 7:48

O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo

13 de outubro de 2025 - 19:58

Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?

13 de outubro de 2025 - 7:40

Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano

TRILHAS DE CARREIRA

ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho

12 de outubro de 2025 - 7:04

Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: No news is bad news

8 de outubro de 2025 - 19:59

Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)

8 de outubro de 2025 - 8:10

No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje

7 de outubro de 2025 - 8:26

No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso

7 de outubro de 2025 - 7:37

Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard

6 de outubro de 2025 - 20:00

O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)

6 de outubro de 2025 - 7:54

No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas

DÉCIMO ANDAR

Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?

5 de outubro de 2025 - 8:00

Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)

3 de outubro de 2025 - 8:06

Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos

SEXTOU COM O RUY

Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento

3 de outubro de 2025 - 7:03

Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)

2 de outubro de 2025 - 8:04

No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses

1 de outubro de 2025 - 20:00

Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar