Ibovespa despenca mais de 11% e tem o pior mês desde março de 2020; dólar sobe a R$ 5,23
O início do aperto monetário do Federal Reserve levou os ativos globais a ter um semestre para esquecer – e o Ibovespa não escapou disso
O mês de junho vai chegando ao fim, mas o mercado financeiro parece longe de se juntar às alegres festividades juninas espalhadas pelo país.
Na B3 e em Wall Street, os investidores dançam uma quadrilha pra lá de triste e cheia de obstáculos. Não estamos falando de uma ponte quebrada, uma cobra perdida ou uma chuva inesperada que logo se prova uma mentira.
Os desafios enfrentados estão mais para um risco crescente com a economia global, uma eleição presidencial que se aproxima e gastos extraordinários do governo federal – e todas essas ameaças parecem ser bem reais.
Apesar de os primeiros meses do ano terem sido fantásticos para a bolsa brasileira, o temor de que uma recessão global se torne uma realidade inevitável fez com que essa dança fosse para um caminho bem espinhoso e todo otimismo virasse paçoca.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 teve o seu pior desempenho semestral em mais de 50 anos. No Brasil, o recuo de 11,50% em junho só não foi pior que a performance vista no ápice da pandemia, em março de 2020.
Os investidores até tentaram amenizar o saldo do último dia do primeiro semestre de 2022, mas não deu para ignorar os gritos de atividade econômica mais fraca nos Estados Unidos e dos gastos extras do Congresso Nacional.
Leia Também
O Ibovespa ainda repercutiu um recuo das principais commodities, o que fez com que a queda fosse de 1,08%, aos 98.541 pontos. O dólar à vista avançou 0,80%, a R$ 5,2348, uma alta mensal de 10,15%.
Os dados do dia
Nos Estados Unidos, o dia foi de agenda cheia com a divulgação dos números de novos pedidos de auxílio-desemprego, novo indicador de inflação e o índice de gerente de compras (PMI) – um termômetro da economia americana.
Apesar de a inflação americana ter vindo abaixo do esperado pelo mercado, com um avanço de 0,6%, os dados de consumo das famílias foram um banho de água fria para os investidores, mostrando que a atividade econômica americana já apresenta alguns sinais de fraqueza – alta de 0,2% ante a uma expectativa de 0,4%. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), caiu a 56 em junho.
A série de resultados considerados ruins e o cenário já conhecido de temor global levaram as bolsas americanas a encerrarem o semestre no vermelho.
O Nasdaq recuou 1,33%, enquanto o Dow Jones e o S&P 500 tiveram perdas da ordem de 0,80%. O saldo do semestre não foi nada animador. O S&P 500 teve o pior semestre em mais de 50 anos.
Sobe e desce do Ibovespa
O Fleury (FLRY3) anunciou nesta manhã a aquisição da Hermes Pardini (PARD3), num movimento de consolidação para criar um novo player de peso no segmento de saúde. A notícia da fusão foi bem recebida pelo mercado – no Ibovespa, o Fleury liderou as altas do dia, enquanto, fora do índice, a Hermes Pardini também disparou quase 20%. Confira as maiores altas do dia do Ibovespa:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| FLRY3 | Fleury ON | R$ 16,32 | 16,24% |
| HAPV3 | Hapvida ON | R$ 5,49 | 4,17% |
| MRVE3 | MRV ON | R$ 7,80 | 2,77% |
| VIVT3 | Telefônica Brasil ON | R$ 46,83 | 2,56% |
| TIMS3 | Tim ON | R$ 12,80 | 2,40% |
A queda das commodities foi mais uma vez uma vilã para o Ibovespa. Com o recuo do minério de ferro na China, as empresas do setor de mineração e siderurgia enfrentaram um dia complicado.
Fora do Ibovespa, o destaque negativo ficou com as ações do TC (TRAD3), que fecharam o pregão em queda de 27,09%, a R$ 4,79. Mais cedo, o colunista Lauro Jardim, de O Globo, noticiou que a empresa estaria sob investigação da CVM. Confira também as maiores quedas:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| VIIA3 | Via ON | R$ 1,92 | -8,13% |
| CSNA3 | CSN ON | R$ 15,43 | -6,48% |
| CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 3,87 | -6,07% |
| JHSF3 | JHSF ON | R$ 5,81 | -5,99% |
| PETZ3 | Petz ON | R$ 9,92 | -4,52% |
ATUALIZAÇÃO: O TC entrou em contato com o Seu Dinheiro e informou que a CVM não abriu investigação contra a companhia e que o único inquérito em curso na autarquia no momento foi motivado pelo próprio TC. O jornalista Lauro Jardim também retificou a informação.
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
