Sabesp (SBSP3) cai quase 5% após UBS BB deixar de indicar a compra da ação — saiba o que está por trás do rebaixamento
A nova indicação do banco para os papéis SBSP3 passou de compra para neutra, mas o preço-alvo subiu de R$ 56,00 para R$ 60,00

Um vazamento de água ou um problema no esgoto… Dessa vez, a Sabesp (SBSP3) veio à tona, mas não por uma atividade que parou o estado de São Paulo. A companhia de saneamento básico paulista ficou entre as maiores baixas da bolsa brasileira nesta quinta-feira (15). O motivo: o UBS BB rebaixou a recomendação das ações.
A nova indicação do banco para os papéis SBSP3 passou de compra para neutra, mas o preço-alvo subiu de R$ 56,00 para R$ 60,00 — o que representa um potencial de valorização de 22% com relação ao fechamento de hoje
A reavaliação do UBS BB pesou e as ações da Sabesp fecharam o pregão em queda de 4,22%, a R$ 49,09.
Para o banco, a campanha eleitoral — com possibilidade de privatização no radar — e os resultados fracos no último trimestre contribuíram para adoção de maior cautela em relação ao desempenho da empresa.
Mudanças de premissas macroeconômicas, como inflação e juros, e futuros reajustes tarifários de longo prazo também foram consideradas.
Ou seja, os riscos de interferência política, mudanças regulatórias e a flutuação da taxa de câmbio entraram no radar do banco suíço a respeito da Sabesp.
Leia Também
Ouro bate recorde pelo segundo dia seguido e supera US$ 3.600. Hype ou porto seguro?
Desempenho da Sabesp
Apesar do rebaixamento na recomendação e de resultados fracos do segundo trimestre, os papéis da Sabesp têm um bom desempenho.
No mês, as ações já valorizaram 10% e nos últimos 12 meses, contam com ganhos de 43%.

No último trimestre, porém, a Sabesp registrou lucro líquido de R$ 422,5 milhões, uma queda de 45,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado subiu 4%, para R$ 1,51 bilhão entre abril e junho.
“Acreditamos que a avaliação da Sabesp está próxima de seu nível médio histórico e acima do nível mais baixo da pior crise hídrica do estado de São Paulo (2014/2015)”, afirma o UBS.
Privatização à vista?
A Sabesp é uma empresa mista, ou seja, parte da companhia de saneamento básico, coleta e tratamento de esgotos são controladas pelo governo, no caso, estadual.
O estado detém 50,3% do capital total da companhia e o restante é negociado na bolsa de valores brasileira, a B3. Em outras palavras, a ideia estrutural é a mesma que rege o Banco do Brasil (BBAS3) no âmbito federal.
Sendo assim, o vento da privatização hora ou outra bate à porta da Sabesp, sobretudo em período de campanha eleitoral.
Neste ano, alguns candidatos têm declarado publicamente suas intenções de privatizar ou melhorar a rentabilidade da companhia — o que foi destacado no relatório do UBS BB, ainda que o banco não considere a desestatização como cenário-base da avaliação.
Os dois candidatos ao governo de São Paulo mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais já manifestaram suas opiniões sobre a empresa.
Tarcísio de Freitas (Republicanos) prometeu privatizar a companhia caso eleito. Ele detém 21% das intenções de voto e é o segundo colocado no último levantamento do Ipespe, divulgado em 08 de setembro.
Já Fernando Haddad (PT), que detém 36% das intenções de voto, descarta a ideia.
- EXCLUSIVO "BOLSONARO X LULA": com 7 de setembro e ânimos à flor da pele para eleições, saiba como as eleições podem mexer com o Ibovespa daqui para frente e o que aconteceu com a Bolsa nas últimas 6 eleições, de 1998 a 2018. Basta liberar o material gratuito neste link
Na avaliação do UBS, o risco de desestatização paira sobre a companhia já que “o próximo governador e consequentemente futuro controlador da Sabesp poderá tomar decisões que impactam substancialmente a empresa”.
“O processo de privatização é muito complexo e demorado. Como exemplo, o processo de privatização da Eletrobras começou em 2016 e só terminou em 2022. Assim, não estamos considerando uma privatização em nosso cenário-base e acreditamos que os investidores estão precificando apenas uma probabilidade de 20% de uma possível bull case (privatização)”, afirma o relatório.
Quando nem o Oráculo acerta: Warren Buffett admite frustração com a separação da Kraft Heinz e ações desabam 6% em Nova York
A divisão da Kraft Heinz marca o fim de uma fusão bilionária que não deu certo — e até Warren Buffett admite que o negócio ficou indigesto para os acionistas
Ibovespa cai com julgamento de Bolsonaro e PIB; Banco do Brasil (BBAS3) sofre e dólar avança
O Ibovespa encerrou o pregão com queda de 0,67%, aos 140.335,16 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou as negociações a R$ 5,4748, com alta de 0,64%
Petrobras (PETR4), Bradesco (BBDC4) e mais: 8 empresas pagam dividendos e JCP em setembro; confira
Oito companhias listadas no Ibovespa (IBOV) distribuem dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas em setembro
Agora seria um bom momento para a Rede D’Or (RDOR3) comprar o Fleury (FLRY3), avalia BTG; banco vê chance mais alta de negócio sair
Analistas consideram que diferença entre os valuations das duas empresas tornou o negócio ainda mais atrativo; Fleury estaria agora em bom momento de entrada para a Rede D’Or efetuar a aquisição
As três ações do setor de combustíveis que podem se beneficiar da Operação Carbono Oculto, segundo o BTG
Para os analistas, esse trio de ações na bolsa brasileira pode se beneficiar dos desdobramentos da operação da Polícia Federal contra o PCC; entenda a tese
XP Malls (XPML11) vende participação em nove shoppings por R$ 1,6 bilhão, e quem sai ganhando é o investidor; cotas sobem forte
A operação permite que o FII siga honrando com as contas à pagar, já que, em dezembro deste ano, terá que quitar R$ 780 milhões em obrigações
Mercado Livre (MELI34) nas alturas: o que fez os analistas deste bancão elevarem o preço-alvo para as ações do gigante do e-commerce
Os analistas agora projetam um preço-alvo de US$ 3.200 para as ações do Meli ao final de 2026; entenda a revisão
As maiores altas e quedas do Ibovespa em agosto: temporada de balanços 2T25 dita o desempenho das ações
Não houve avanços ou recuos na bolsa brasileira puxados por setores específicos, em um mês em que os olhos do mercado estavam sobre os resultados das empresas
Ibovespa é o melhor investimento do mês — e do ano; bolsa brasileira pagou quase o dobro do CDI desde janeiro
O principal índice de ações brasileiras engatou a alta em agosto, impulsionado pela perspectiva de melhora da inflação e queda dos juros — no Brasil e nos EUA
Agora é a vez do Brasil? Os três motivos que explicam por que ações brasileiras podem subir até 60%, segundo a Empiricus
A casa de análise vê um cenário favorável para as ações e fundos imobiliários brasileiros, destacando o valor atrativo e os gatilhos que podem impulsionar o mercado, como o enfraquecimento do dólar, o ciclo de juros baixos e as eleições de 2026
Ibovespa ignora NY, sobe no último pregão da semana e fecha mês com ganho de 6%
No mercado de câmbio, o dólar à vista terminou o dia em alta, rondando aos R$ 5,42, depois da divulgação de dados de inflação nos EUA e com a questão fiscal no radar dos investidores locais
Entram Cury (CURY3) e C&A (CEAB3), saem São Martinho (SMTO3) e Petz (PETZ3): bolsa divulga terceira prévia do Ibovespa
A nova composição do índice entra em vigor em 1º de setembro e permanece até o fim de dezembro, com 84 papéis de 81 empresas
É renda fixa, mas é dos EUA: ETF inédito para investir no Tesouro americano com proteção da variação do dólar chega à B3
O T10R11 oferece acesso aos Treasurys de 10 anos dos EUA em reais, com o bônus do diferencial de juros recorde entre Brasil e EUA
Ibovespa sobe 1,32% e crava a 2ª maior pontuação da história; Dow e S&P 500 batem recorde
No mercado de câmbio, o dólar à vista terminou o dia com queda de 0,20%, cotado a R$ 5,4064, após dois pregões consecutivos de baixa
FIIs fora do radar? Santander amplia cobertura e recomenda compra de três fundos com potencial de dividendos de até 17%; veja quais são
Analistas veem oportunidade nos segmentos de recebíveis imobiliários, híbridos e hedge funds
Batalha pelo galpão da Renault: duas gestoras disputam o único ativo deste FII, que pode sair do mapa nos dois cenários
Zagros Capital e Tellus Investimentos apresentam propostas milionárias para adquirir galpão logístico do VTLT11, locado pela Renault
Para o BTG, esta ação já apanhou demais na bolsa e agora revela oportunidade para investidores ‘corajosos’
Os analistas já avisam: trata-se de uma tese para aqueles mais tolerantes a riscos; descubra qual é o papel
Não é uma guerra comercial, é uma guerra geopolítica: CEO da AZ Quest diz o que a estratégia de Trump significa para o Brasil e seus ativos
Walter Maciel avalia que as medidas do presidente norte-americano vão além da disputa tarifária — e explica como os brasileiros devem se posicionar diante do novo cenário
É hora de voltar para as ações brasileiras: expectativa de queda dos juros leva BTG a recomendar saída gradual da renda fixa
Cenário se alinha a favor do aumento de risco, com queda da atividade, melhora da inflação e enfraquecimento do dólar
Dólar e bolsa sobem no acumulado de uma semana agitada; veja as maiores altas e baixas entre as ações
Últimos dias foram marcados pela tensão entre EUA e Brasil e também pela fala de Jerome Powell, do BC norte-americano, sobre a tendência para os juros por lá