Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem antes do Livro Bege enquanto Ibovespa aguarda temporada de balanços e eleições
A temporada de resultados nos Estados Unidos segue a todo vapor, com Tesla e Procter & Gamble entre os nomes esperados para o dia

É provável que todo mundo já tenha vivido uma situação na qual a cabeça quer, mas o corpo não deixa. Acontece muito entre atletas de alta performance em momentos de esforço extremo. Mas talvez seja mais comum entre pessoas sedentárias. O fato é que os investidores parecem estar diante de um dia assim nos mercados financeiros e bolsas internacionais nesta quarta-feira (19).
Depois de dois pregões seguidos de alta terem proporcionado algum alívio, as principais bolsas de valores tentam emplacar a terceira sessão no campo positivo, mas sem muita tração. Os investidores parecem querer dar continuidade ao rali, mas alguma coisa os detém.
Há quem alegue que o motivo é a tensão pela final da Copa do Brasil entre Corinthians e Flamengo, mas há uma justa controvérsia.
O melhor exemplo da manhã de hoje talvez seja o Nasdaq. Ele tem motivo para subir. A ação da Netflix dispara mais de 10% no pré-mercado depois de a empresa ter divulgado números trimestrais bem acima das expectativas. Ainda assim, o índice futuro da tecnologia norte-americana não sente uma disparada tão intensa.
Os demais índices futuros de Nova York e as principais bolsas da Europa seguem no mesmo tom. Apesar do rali intenso dos últimos dias, algo segura a corrida e as bolsas não conseguem emplacar ganhos mais substanciais.
Quem se beneficiou da corrida das bolsas no pregão da véspera foi o Ibovespa. O principal índice da bolsa brasileira fechou em alta de 1,87%, aos 115.743 pontos. O dólar à vista, por sua vez, recuou 0,91%, cotado em R$ 5,2547.
Leia Também
O que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta quarta-feira você confere a seguir:
Recessão é a âncora das bolsas
Segundo participantes do mercado, o que inibe os investidores na manhã de hoje é o temor de que uma recessão se avizinha das economias desenvolvidas.
Na Europa, a água no chope veio da inflação no Reino Unido. A alta dos preços acelerou-se de 9,9% em agosto para 10,1% em setembro, no acumulado do ano. Os preços dos alimentos, da energia e do transporte levaram a inflação ao consumidor britânico de volta ao nível mais elevado em 40 anos.
Nos Estados Unidos, as atenções estão voltadas para a divulgação do Livro Bege, o compêndio de indicadores econômicos que ajuda a orientar os diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução da política monetária do país.
O que dirá a publicação?
Os investidores temem que a economia em desaceleração e a alta de juros pelo Fed pesem sobre os resultados corporativos.
Mais do que isso: o futuro da política de juros do Federal Reserve depende de uma economia resiliente — ainda que os objetivos do Fed sejam manter a inflação controlada e garantir o emprego, é preciso levar diversos fatores em conta.
Por falar em resultados corporativos, as seguintes empresas divulgam seus resultados hoje: Procter & Gamble e IBM, antes da abertura dos negócios, Tesla e Alcoa, após o fechamento.
Ibovespa e a corrida eleitoral
Por aqui, a agenda esvaziada tende a manter o Ibovespa a reboque de Wall Street e à mercê do noticiário corporativo.
A 11 dias do segundo turno das eleições presidenciais, os investidores também estão de olho na movimentação das campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
No que se refere às pesquisas de intenção de voto, a pesquisa Genial/Quaest divulgada na manhã de hoje mostra Lula com 52,8% dos votos válidos e Bolsonaro com 47,2%.
Ainda nesta quarta-feira virão à tona o resultado da nova rodada do Datafolha.
Balanços das empresas
A temporada de resultados do terceiro trimestre das empresas só deve começar a tomar tração na próxima semana.
Enquanto isso, não deixe de conferir o calendário completo de balanços locais e, é claro, as expectativas para esta nova safra de resultados. Aqui vai uma provinha para aumentar a curiosidade do leitor: quem deve mais se beneficiar são as companhias dos setores de consumo e varejo.
Bolsas hoje: agenda do dia
- Economia: Monitor do PIB de agosto (8h)
- Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, faz palestra de abertura no Brasil Export 2022 - Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária (9h)
- Estados Unidos: Construções de moradias iniciadas e permissão de novas moradias (9h30)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo (11h30)
- Estados Unidos: Fed divulga o Livro Bege (15h)
- China: PBoC estabelece taxa de juro de referência (LPR) hoje (22h15)
- China: 20º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês continua (o dia todo)
Balanços do dia
Antes da abertura:
- Procter & Gamble (EUA)
- IBM (EUA)
Após o fechamento:
- Tesla (EUA)
- Alcoa (EUA)
Rumo ao Novo Mercado: Acionistas da Copel (CPLE6) aprovam a migração para nível elevado de governança na B3 e a unificação de ações
Em fato relevante enviado à CVM, a companhia dará prosseguimento às etapas necessárias para a efetivação da mudança
“Não acreditamos que seremos bem-sucedidos investindo em Nvidia”, diz Squadra, que aposta nestas ações brasileiras
Em carta semestral, a gestora explica as principais teses de investimento e também relata alguns erros pelo caminho
Bolsas disparam com Powell e Ibovespa sobe 2,57%; saiba o que agradou tanto os investidores
O presidente do Fed deu a declaração mais contundente até agora com relação ao corte de juros e levou o dólar à vista a cair 1% por aqui
Rogério Xavier revela o ponto decisivo que pode destravar potencial para as ações no Brasil — e conta qual é a aposta da SPX para ‘fugir’ do dólar
Na avaliação do sócio da SPX, se o Brasil tomar as decisões certas, o jogo pode virar para o mercado de ações local
Sequóia III Renda Imobiliária (SEQR11) consegue inquilino para imóvel vago há mais de um ano, mas cotas caem
O galpão presente no portfólio do FII está localizado na Penha, no Rio de Janeiro, e foi construído sob medida para a operação da Atento, empresa de atendimento ao cliente
Bolsa brasileira pode saltar 30% até o fim de 2025, mas sem rali de fim de ano, afirma André Lion. Essas são as 5 ações favoritas da Ibiuna para investir agora
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, o sócio da Ibiuna abriu quais são as grandes apostas da gestora para o segundo semestre e revelou o que poderia atrapalhar a boa toada da bolsa
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
A terça-feira (19) foi marcada por fortes perdas na bolsa brasileira diante do aumento das tensões entre Estados Unidos e o Brasil
As cinco ações do Itaú BBA para lucrar: de Sabesp (SBSP3) a Eletrobras (ELET3), confira as escolhidas após a temporada de resultados
Banco destaca empresas que superaram as expectativas no segundo trimestre em meio a um cenário desafiador para o Ibovespa
Dólar abaixo de R$ 5? Como a vitória de Trump na guerra comercial pode ser positiva para o Brasil
Guilherme Abbud, CEO e CIO da Persevera Asset, fala sobre os motivos para ter otimismo com os ativos de risco no Touros e Ursos desta semana
Exclusivo: A nova aposta da Kinea para os próximos 100 anos — e como investir como a gestora
A Kinea Investimentos acaba de revelar sua nova aposta para o próximo século: o urânio e a energia nuclear. Entenda a tese de investimento
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3