Esquenta dos mercados: Bolsas avançam antes da decisão de juros do Fed; Ibovespa acompanha balanços do dia
A carta em defesa da democracia, assinada por membros da sociedade civil, empresários, banqueiros, entre outros, também repercute no índice local hoje

Chegou o dia. É hoje que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anuncia sua decisão de política monetária. E as bolsas de valores recuperam terreno depois da aversão ao risco observada ontem.
Hoje, enquanto os investidores aguardam o resultado da reunião de política monetária do Fed, os mercados financeiros aproveitam para repercutir a temporada de balanços diante da expectativa dos balanços das big techs.
A expectativa de uma alta de juro de 75 pontos-base pelo Fed é vista como o ápice de uma semana que ainda reserva os números do PIB dos Estados Unidos e o índice de gastos com consumo pessoal, a métrica preferida dos banqueiros centrais norte-americanos para projetar a inflação.
“É certo que o Federal Reserve aumentará as taxas novamente hoje em mais 75 pontos-base. A única questão é o que vem a seguir, se veremos mais 50 ou 75 pontos-base em setembro”, disse Michael Hewson, analista da CMC Markets.
Diante da inflação mais alta em 40 anos, o Fed encontra-se no meio de um agressivo aperto monetário. O medo dos investidores é que o remédio mate o paciente.
Leia Também
O Fed reagiu tardiamente à alta dos preços e agora o risco é de que a desaceleração econômica se transforme em recessão.
Para além da decisão, prevista para às 15h, os investidores acompanharão com atenção — e tensão — a tradicional entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, que será concedida em seguida.
“Embora o Fed provavelmente ofereça alguma orientação sobre como seus diretores pensam que será a próxima reunião, a quantidade de dados prevista para esse intervalo significa que os investidores devem aguardar até que mais informações estejam disponíveis”, disse Tim Wessel, analista do Deutsche Bank.
Confira o que mais movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta quarta-feira:
Bolsas acompanham balanços das big techs
E enquanto os participantes do mercado aguardam a decisão do Fed, o foco se concentra na temporada de balanços. Mais precisamente nos resultados das gigantes da tecnologia no segundo trimestre.
Ontem, tanto a Microsoft quanto a Alphabet, dona do Google, apresentaram resultados — vale dizer, abaixo das expectativas dos analistas.
Hoje, depois do fechamento, será a vez da Meta Platforms, controladora do Facebook, divulgar seus números. Apple e Amazon publicam amanhã os seus respectivos balanços.
Credit Suisse em apuros
Na Europa, chama a atenção a leve alta das ações do Credit Suisse mesmo depois de o bancão ter reportado prejuízo de 1,593 bilhão de francos suíços, equivalente a US$ 1,66 bilhão. Os analistas de mercado esperavam perdas de 398,16 milhões de francos.
Em reação ao resultado, a direção do Credit Suisse anunciou a saída do CEO Thomas Gottstein, que estava no cargo desde 2020.
Seu antecessor, Tidjane Thiam, deixou a função em meio a um escândalo de espionagem. Gottstein será substituído por Ulrich Koerner, ex-CEO da divisão de gestão de ativos do bancão suíço.
Ibovespa e a corrida eleitoral
Com as atenções do mundo voltadas para a decisão de hoje do Fed, o investidor local deixa o cenário doméstico em segundo plano — mas isso não significa que as preocupações também ficaram.
Um manifesto em defesa da democracia foi assinado por mais de 3 mil representantes de diversas categorias sociais. Economistas, advogados públicos e privados, membros da sociedade civil, magistratura, ministério público, defensoria entre outras personalidades endossam o documento.
O movimento acontece em meio a tensões envolvendo os riscos de uma possível ruptura democrática com a proximidade das eleições de outubro.
Agências de consultoria de risco, como a Eurasia Group, afirmam que o Brasil pode viver um evento parecido com o que aconteceu no Capitólio dos EUA e que as falas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição, aumentam as chances de conflitos.
Veja Também: OS DESCONTOS DA BOLSA BRASILEIRA
Como isso afeta os negócios
A elevação do chamado “risco Brasil” coloca pressão sobre a curva de juros e afasta investidores estrangeiros do país. Em outros termos, isso significa que a quantidade de recursos disponíveis deve diminuir enquanto não forem solucionados esses “problemas eleitorias”.
Assim, o Ibovespa pode demorar a se recuperar e firmar uma marca acima dos 100 mil pontos. Vale ressaltar, ainda, que empresários e banqueiros também assinaram o documento em defesa da democracia.
Mais agenda para bolsa brasileira
No campo das publicações, o relatório mensal da dívida pública do Tesouro só deve ser divulgado pela tarde, com coletiva de imprensa do coordenador-geral de operações da dívida, Luís Felipe Vital, na sequência.
Ainda hoje, os balanços de Assaí, Klabin, Grupo Pão de Açúcar (GPA), Suzano, entre outros, movimentam o dia.
Agenda do dia
- FGV: Sondagem da indústria em julho (8h)
- Banco Central: Tesouro divulga relatório mensal da dívida em junho (14h30)
- Banco Central: Coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luís Felipe Vital, concede entrevista sobre RMD de junho (15h)
- Estados Unidos: Decisão de juros do Federal Reserve (15h)
- Estados Unidos: Coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell (15h30)
Balanços do dia
Antes da abertura:
- Klabin (Brasil)
Após o fechamento:
- Assaí (Brasil)
- EDP Brasil (Brasil)
- GPA (Brasil)
- Suzano (Brasil)
- Meta (EUA)
- Ford (EUA)
Sem horário específico:
- Rio Tinto (Reino Unido)
- Carrefour (França)
- Airbus (França)
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje