Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais avançam após virada de ontem; Ibovespa aguarda novas pesquisas Ipespe e Datafolha
Os investidores aguardam ainda hoje a participação de Pualo Guedes em evento do FMI e do Banco Mundial
Imagine um jogo de futebol no qual seu time terminou o primeiro tempo perdendo por 0 x 3. Mas, numa reação heroica, não apenas virou o jogo como aplicou uma goleada. 5 x 3, 6 x 3, tanto faz. Foi mais ou menos isso o que aconteceu ontem com as bolsas em Wall Street.
Rick Rieder qualificou a quinta-feira como “um dos dias mais malucos” de sua carreira. O comentário do CIO da BlackRock foi feito em entrevista ao MarketWatch depois de as bolsas de Nova York terem protagonizado a maior virada no mercado em anos.
Depois de ter renovado os piores níveis em mais de dois anos com os dados de inflação pela manhã, o Dow Jones mudou de direção no meio do dia para registrar a sessão mais volátil desde abril de 2020 e fechar em alta de 2,83%. No índice S&P 500, a virada foi a maior desde dezembro de 2008.
Essa guinada repentina foi atribuída à expectativa do mercado com os balanços de alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos. O JP Morgan, o Citigroup, o Morgan Stanley e o Wells Fargo divulgam hoje seus resultados trimestrais.
Por aqui, o Ibovespa até tentou acompanhar a virada observada em Wall Street, mas o mau desempenho das empresas do setor de varejo, mineração e siderurgia não deixou e a bolsa brasileira fechou no vermelho pelo quarto pregão seguido.
O índice caiu 0,46%, aos 114.300 pontos, enquanto o dólar à vista teve leve alta de 0,02%, a R$ 5,2730.
Leia Também
Após brincarem de montanha russa, confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa no pregão de hoje:
Bolsas pela manhã: fim da diversão
Nesta sexta-feira (14), os índices futuros de Nova York amanheceram em queda com os investidores à espera dos balanços dos bancos e dos números das vendas no varejo nos Estados Unidos em setembro.
No outro lado do Atlântico Norte, as bolsas de valores da Europa abriram em alta. O alívio vem de especulações segundo as quais a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, estaria prestes a dar um cavalo-de-pau em suas controversas medidas fiscais.
Na noite de ontem, o ministro das Finanças do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, deixou o encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington e voltou para Londres para uma reunião emergencial de gabinete convocada para tratar do caos econômico no país.
Inflação do outro lado do mundo
Enquanto o dia mal amanhecia no Brasil, o tempo regular de pregão na Ásia se encerrava com uma boa notícia. A inflação da China atingiu o maior patamar em quase 30 meses, a 2,8% em setembro — mas aquém das expectativas e abaixo do teto oficial de 3%.
Com isso, Pequim tem espaço para continuar a injeção de dinheiro na economia, como vem fazendo nos últimos meses. As medidas visam conter os impactos na atividade após a pior fase da pandemia de covid-19.
Permanece no radar, por fim, altas pontuais de casos de covid-19 no país, que adotou uma política de “covid zero” para estabelecer lockdowns durante o avanço da doença.
Ibovespa e a política nacional
Diante da agenda local fraca, o Ibovespa deve reagir hoje às oscilações dos mercados estrangeiros e ao andamento das campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) com vistas ao segundo turno das eleições presidenciais.
Ontem (13), foram divulgados os números da mais recente pesquisa Atlas Intel. De acordo com o levantamento, Lula tem 51,1% das intenções de voto contra 46,5% de Bolsonaro. Brancos, nulos e indecisos somam 2,4%.
A margem é apertada, porém, as chances de o ex-presidente voltar a morar no Palácio do Planalto seguem como a tendência mais provável.
Mais pesquisas para o dia
Ainda hoje, as pesquisas de intenção de voto devem voltar ao radar do investidor. Os institutos que divulgam seus levantamentos hoje são o Datafolha e o Ipespe.
Por falar em institutos de pesquisa, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, tornou sem efeito as investigações abertas por determinação do Ministério da Justiça e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre os institutos de pesquisa eleitoral.
Diversas entidades passaram a questionar os institutos após grandes divergências entre os números apurados e o resultado das urnas. Porém, esses órgãos já identificaram seus pontos de falha e recalibraram as bases de dados para os novos levantamentos.
Bolsa hoje: agenda do dia
- IBGE: Volume de serviços em agosto (9h)
- Estados Unidos: Vendas no varejo (9h30)
- Estados Unidos: Diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, participa de painel na reunião anual do FMI e Banco Mundial (15h)
- Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, concede coletiva na sede da embaixada do Brasil em Washington (17h)
Balanços do dia
Antes da abertura:
- JP Morgan (EUA)
- Wells Fargo (EUA)
- Exxon Mobil (EUA)
- Citigroup (EUA)
- Morgan Stanley (EUA)
- UnitedHealth (EUA)
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
