Libra salta contra o dólar após notícia de que Reino Unido pode dar mais um passo para trás no pacote de Liz Truss
A imprensa britânica noticia que o governo articula cortes em parte do pacote bilionário de corte de impostos, mas porta-voz da primeira-ministra nega; entenda a história
A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, parece estar preparada para dar mais um passo para trás no plano de corte de impostos. A notícia de que o governo pode descartar partes do pacote ajudou a libra esterlina, que deu um salto em relação ao dólar nesta quinta-feira (13).
Por volta de 13h45, a moeda britânica subia 2,16% em relação ao dólar, a US$ 1,1344. Em relação ao real, a libra avançava 2,06%, a R$ 5,9728.
No mercado de dívida — que andou agitado nos últimos dias, depois da intervenção do Banco da Inglaterra (BoE) — os títulos de longo prazo do governo do Reino Unido, conhecidos como Gilts, subiram acentuadamente, empurrando os juros projetados por esses papéis para pouco mais de 4,41%.
De acordo com a Sky News, discussões estão em andamento em Downing Street sobre a possibilidade de reconsiderar alguns dos cortes de impostos anunciados pelo ministro das Finanças britânico, Kwasi Kwarteng, em 23 de setembro e que abalaram o mercado.
- Leia também: Três dias para evitar o colapso: entenda o ultimato do BC do Reino Unido aos fundos com problemas financeiros
Libra sente os efeitos do plano de Truss
Truss vinha insistindo no plano econômico radical mesmo após as primeiras reações negativas do mercado, que despencou depois de ser tomado por uma onda de vendas da libra e da fuga dos títulos do Reino Unido.
Visando uma tendência de crescimento de 2,5%, a proposta reduziria os tributos em 45 bilhões de libras (R$ 261,5 bilhões, no câmbio atual) até 2026. O problema é que, para a execução do plano, o governo britânico teria que tomar mais empréstimos, aumentando o endividamento.
Com o anúncio do plano, a moeda britânica chegou a renovar mínimas históricas em relação ao dólar, enquanto os juros projetados pelos títulos do governo ficaram acima dos da Itália e da Grécia — que estão entre os mais elevados da Europa —, forçando uma intervenção do banco central britânico.
Governo recua, mas nem tanto
Vendo o caos que se instalou nos mercados, o governo de Truss, na semana passada, deu o primeiro passo para trás.
Kwarteng reverteu um plano para eliminar a alíquota máxima de 45% do imposto de renda pago sobre ganhos acima de 150 mil libras (R$ 901,8 mil) por ano.
Mais cedo, no entanto, o ministro das Finanças britânico chegou a dizer que está “totalmente focado em entregar o plano de crescimento” e que “não vai a lugar nenhum”, após insinuações de que ele e a primeira-ministra deveriam abrir mão dos cargos.
O porta-voz oficial de Truss disse à CNBC que a posição do governo não mudou quando questionado sobre os relatórios das reversões.
*Com informações da Sky News e da CNBC
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