Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior tentam sustentar otimismo após ata do Fed; Ibovespa acompanha debate sobre ICMS e privatização da Eletrobras (ELET3)
A arrecadação federal de abril deve superar o recorde de março deste ano, de acordo com projeções do mercado
O amargo remédio contra o avanço da inflação nos Estados Unidos deve vir na dose certa esperada pelos investidores. Na tarde de ontem (15), o Federal Reserve impulsionou as bolsas pelo mundo ao divulgar a ata da sua mais recente reunião de política monetária.
A publicação aliviou o medo de que o aperto monetário dos EUA fosse mais intenso — uma alta de 75 a 100 pontos base nos juros já estava no radar dos analistas do mercado. Mas o Fed deixou as asas do falcão de lado por enquanto e anunciou novos aumentos nos juros de 0,50 pontos percentuais.
O alívio veio em boa hora: as bolsas dos Estados Unidos fecharam em alta de mais de 1% na sessão da última quarta-feira. Sobrou até um pouco de otimismo para o Ibovespa, que fechou praticamente estável aos 110.579 pontos, evitando encerrar mais um pregão no vermelho.
O dólar à vista, por sua vez, reduziu os ganhos a 0,18%, a R$ 4,8209.
Com a agenda mais esvaziada por hoje, o foco do dia vai para a leitura final do PIB do primeiro trimestre dos Estados Unidos. A publicação preliminar dos dados mostrou uma queda inesperada do produto interno bruto do país e a revisão dos dados pode dar um novo fôlego aos índices nesta quinta-feira (26).
Além disso, permanece no radar o último dia da reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e a participação da vice-presidente do Fed, Lael Brainard, em audiência da Câmara dos Representantes dos EUA.
Leia Também
Confira o que irá movimentar o dia do dólar, das bolsas e do Ibovespa hoje:
Bolsas pelo mundo: um sopro de alívio
O fechamento da sessão desta quinta-feira na Ásia e no Pacífico foi majoritariamente contaminado pela preocupação com o aperto monetário dos EUA. Entretanto, a perspectiva de novos estímulos à economia chinesa , anunciados ontem por Pequim após ameaças de uma nova onda de covid-19, sustentaram o otimismo da bolsa chinesa.
Na Europa, o cenário é mais positivo, com os índices por lá tentando sustentar a alta da abertura. O otimismo com a ata do Banco Central americano deve impulsionar as bolsas hoje, além das declarações de representantes do próprio Banco Central Europeu (BCE).
O morde-assopra do Federal Reserve
É verdade que a ata confirmou as expectativas do mercado de uma alta de 50 pontos-base nos juros para a próxima reunião.
Porém — e é um grande porém — o aperto monetário ainda deve acontecer e o Fed irá aumentar ainda mais os juros nas próximas reuniões. Parte desse cenário já está precificado pelas bolsas, mas a ficha de Wall Street pode cair e levar as bolsas junto.
Isso já aconteceu outras vezes, quando o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, anunciou um aperto monetário “dentro do esperado”: as bolsas sobem em um dia e caem no pregão seguinte.
Agora sim, os futuros de Nova York
Não é certo que isso acontecerá nesta quinta-feira, mas os índices futuros de Nova York operam em leve alta, ampliando os ganhos da sessão anterior.
O dado que deve movimentar o dia por lá é a leitura final do PIB do primeiro trimestre, que deve recuar 1,3% de acordo com as projeções. Além disso, os investidores aguardam os dados inflacionários, medidos pelo PCE e divulgados amanhã, para sustentar o otimismo de um aperto monetário dentro do esperado.
Bolsa local e os debates sobre o ICMS
De volta para terras brasileiras, a Câmara aprovou na noite de ontem o projeto de lei para fixar o teto do ICMS dos estados em 17% para a energia elétrica e os combustíveis.
A Casa Legislativa ainda inseriu um gatilho para compensar estados e municípios se e quando a queda da arrecadação superar os 5%. Porém, o aval do Ministério da Economia só veio com a condição de que o período máximo para validade desta proposta seja de seis meses.
Eletrobras, o capítulo final
Com o sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) finalmente aceso, a Eletrobras (ELET3) pisou no acelerador da privatização. A estatal deve protocolar entre hoje e amanhã (27) o registro para a oferta bilionária de ações no Brasil e nos Estados Unidos, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast.
Os registros na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sua correspondente norte-americana, a Securities and Exchange Commission (SEC), devem ser acompanhados pela entrega do formulário de referência com as principais informações financeiras, fatores de risco e atualizações sobre a empresa e a oferta.
A expectativa é de que a oferta possa alcançar os R$ 30 bilhões. Como resultado, a estatal deixará de ser controlada pelo governo.
E a arrecadação local no radar da bolsa
Por fim, a Receita Federal publica hoje os números da arrecadação federal a pouco menos de uma semana para acabar o prazo de declaração do Imposto de Renda referente ao ano de 2021 — saiba o que acontece se você não declarar a tempo.
As projeções do Broadcast apontam para uma mediana de R$ 187,889 bilhões em arrecadação no mês de abril. Na leitura anterior, os dados de março mostraram que os cofres públicos receberam R$ 164,147 bilhões dos contribuintes, a maior arrecadação para o mês na série histórica da Receita corrigida pela inflação, iniciada em 1995.
Agenda do dia
- Estados Unidos: Leitura final do PIB do primeiro trimestre (9h30)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Receita Federal: Arrecadação federal de abril (10h30)
- Receita Federal: Chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias concede entrevista sobre a arrecadação de abril (11h)
- Estados Unidos: Vice-presidente do Fed, Lael Brainard, testemunha perante Comitê de Serviços financeiros da Câmara dos Representantes (13h)
- Suíça: Último dia do Fórum Econômico Mundial, em Davos (dia todo)
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
