Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior reagem a início da temporada de balanços nos EUA; Ibovespa aguarda assembleia da Petrobras (PETR4) e números do varejo
Nomes de peso, como BlackRock e JP Morgan divulgando seus dados do primeiro trimestre antes da abertura de mercados

A invasão à Ucrânia já passa de um mês e as perspectivas de paz para o conflito não são das melhores. No entanto, as medidas para mitigar os efeitos do ataque da Rússia ao país ganham contornos mais bem específicos, o que reduz a queda das bolsas nesta quarta-feira (13).
Na madrugada de hoje, a Agência Internacional de Energia (AIE) cortou as projeções de demanda e oferta da commodity nos próximos meses. A agência ainda destaca que a liberação de reservas para conter o preço do petróleo deve ajudar a evitar a disparada das cotações no médio prazo.
Por volta das 7h30, o preço do barril de petróleo Brent, a referência internacional, avançava 1,78%. Os temores envolvendo a continuidade da guerra lançaram as cotações novamente para um patamar acima dos US$ 100, negociados a US$ 106,52.
Por falar em petróleo, a Petrobras (PETR4) deve aprovar ainda hoje o nome de José Mauro Coelho para presidência do conselho da estatal. A assembleia de acionistas está marcada para às 15h, mas as perspectivas são de que não ocorram maiores ressalvas ao indicado.
Sendo a Petrobras uma das maiores empresas da bolsa brasileira, os papéis PETR3 e PETR4 devem ganhar destaque e movimentar os negócios por aqui.
No fechamento de ontem (12), o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,69%, aos 116.146 pontos. Por sua vez, o dólar à vista fechou negociado em R$ 4,66, uma queda de 0,08%.
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Saiba o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa hoje:
Inflação ao produtor e balanços: destaques nas bolsas lá fora
Após a inflação dos Estados Unidos ficar levemente acima das projeções é a vez do índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) ganhar os holofotes do dia.
A expectativa é de que o PPI avance 1,1% no mês, enquanto o núcleo de preços ao produtor deve subir outros 0,5% no mesmo período.
Na esteira dos acontecimentos no exterior, é dada a largada da temporada de balanços. BlackRock e JP Morgan divulgam seus resultados do primeiro trimestre deste ano antes da abertura de mercados.
As bolsas no exterior
Os negócios na Ásia fecharam majoritariamente em alta, apesar da covid-19 pesar na China. Do lado positivo, pesaram os fortes dados de exportação do país e a inflação dos Estados Unidos — que, mesmo alta, veio pouco acima das projeções.
Na Europa, os investidores aguardam a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), marcada para a quinta-feira (14). Com isso, os índices permanecem pressionados e caem nas primeiras horas do pregão.
Por último, os futuros de Nova York sobem, em busca de recuperação das perdas de ontem.
Ibovespa: varejo e Petrobras são destaques locais
De volta para terras brasileiras, os investidores acompanham a divulgação do varejo pelo IBGE.
Enquanto o varejo ampliado deve avançar 1,1% na base mensal e cair 1,6% na comparação anual, o índice restrito deve subir 0,2% e cair 1,3% nos últimos 12 meses. Ambas são medianas de expectativas do Broadcast.
Uma carta na manga da Petrobras
Além de José Mauro Coelho para presidência do conselho da estatal, a assembleia de acionistas de hoje também deve votar um novo estatuto para blindar novos chefes da estatal.
Em outras palavras, o conselho de administração pretende votar uma alteração no estatuto social e reforçar a governança da Petrobras. A proteção do diretor de Governança e Conformidade, por exemplo, passará a ser por quórum qualificado (ou seja, dois terços do conselho) e não mais por maioria simples (50% do conselho).
Passo a passo
Na noite de ontem, um comitê interno da Petrobras considerou que a indicação de José Mauro Ferreira Coelho, como membro do conselho de administração da companhia, preenche os requisitos necessários previstos em lei e não incorre em suas vedações.
Para o comitê, caso Coelho seja eleito na assembleia desta quarta-feira, sua indicação ao cargo de presidente da companhia estará apta para ser apreciada pelo conselho de administração.
Relembre o caso: dança das cadeiras da Petrobras
Vale lembrar que os indicados originais ao cargo desistiram das posições há poucos dias. O economista Adriano Pires, que era o nome da União para a presidência da Petrobras, disse "não" ao cargo por "motivos pessoais".
Já Rodolfo Landim, apontado pelo governo federal para comandar o Conselho de Administração da Petrobras, abriu mão do posto para permanecer apenas como presidente do Clube de Regatas do Flamengo.
Landim anunciou a desistência depois de o clube perder a final do campeonato carioca para o Fluminense. Na ocasião, ele afirmou que o seu foco continuaria sendo o Flamengo; no entanto, ao longo do fim de semana começaram a circular as primeiras notícias quanto aos possíveis conflitos de interesse envolvendo os executivos indicados pelo governo.
A carta na qual Pires anunciou sua desistência aborda o problema: "Ficou claro para mim que não poderia conciliar meu trabalho de consultor com o exercício da Presidência".
Agenda do dia
- IBGE: Varejo restrito e ampliado de fevereiro (9h)
- Estados Unidos: PPI e Núcleo do PPI de março (9h30)
- Estados Unidos: Janet Yellen, Secretaria do Tesouro, participa de evento do Atlantic Council (11h)
- Petrobras (PETR4): Assembleia para eleição do Conselho da estatal (15h)
Balanços
Antes da abertura
- BlackRock (Estados Unidos)
- JP Morgan (Estados Unidos)
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A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
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